Analisemos cada opção, à
procura da única correta:
a) Errado: pelo contrário, a
autoexecutoriedade constitui o atributo por meio do qual os atos
administrativos, em regra, podem ser colocados em prática independentemente de
prévia aquiescência do Poder Judiciário.
b) Certo: de fato, a
Administração pode fazer uso dos meios coercitivos que se revelarem proporcionais
e adequados à solução do caso concreto, a menos que a lei imponha a necessidade
de prévia anuência do Poder Judiciário. Apenas para citar um exemplo, pense-se
na dissolução de uma manifestação em que os participantes estejam descambando
para atos de violência. É claro que o Poder Público poderá lançar mão dos meios
adequados ao controle da manifestação, em ordem a fazer cessar a prática de
atos de vandalismo, sem que necessite, previamente, de autorização judicial
para assim proceder.
c) Errado: não é correto dizer
que o decreto expropriatório seja sempre autoexecutório, tendo em vista que,
caso não haja concordância do expropriado com o valor ofertado, a Administração
Pública terá de recorrer ao Poder Judiciário para despojá-lo do bem.
d) Errado: como preleciona
nossa doutrina, a autoexecutoriedade decorre de duas situações: a primeira é
quanto há expressa previsão legal; a segunda, deriva de situações emergenciais,
nas quais a inércia do Poder Público pode ocasionar danos ainda maiores ao
interesse pública. Neste sentido, a doutrina de Maria Sylvia Di Pietro:
"No Direito Administrativo, a autoexecutoriedade não existe, também, em
todos os atos administrativos; ela só é possível: 1. quando expressamente
prevista em lei (...) 2. quando se trata de medida urgente que, caso não
adotada de imediato, possa ocasionar prejuízo maior para o interesse
público;" (Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 208).
e) Errado: em estando correta
a opção "b", elimina-se a presente alternativa.
Resposta: Alternativa B.