Geralmente, o governo deve tomar ações para estimular a concorrência perfeita atuando (regulando) para reduzir as falhas de mercado. Numa situação de concorrência perfeita, temos infinitos vendedores e infinitos compradores. A tendência é de igualar o preço cobrado pelo produto/serviço com o custo marginal* (P = Cmg)
No caso de um monopólio natural, o governo deve atuar de forma um pouco diferente...
O monopólio natural é uma situação que a empresa tem alto custo fixo, mas que a economia em escala compensa o gasto (infraestrutura de serviço de fornecimento de água) e que o valor do custo marginal é praticamente zero. Ou seja, o custo de produzir/servir 100 ou 150 não faz muita diferença.
Perceba neste caso que, se o governo igualar o preço com o custo marginal (que é praticamente zero), as empresas não terão lucros. Por isso, o governo tenta igualar o preço com o custo médio** (P = Cmed)
Assim, para um monopólio natural, muitas vezes o governo defende o mercado, garantindo baixos custos (quanto mais produzir/servir menor será o custo médio para cada consumidor), além de tentar "barrar" entrada de outras empresas.
Até porque se outras empresas entram no mercado, elas terão alto custo de entrada, barreira de saída (risco de prejuízio irreversível) e terão de dividir o mercado com a empresa já existente dominante.
*Custo marginal = acréscimo de custo para produzir um produto adicional
**Custo médio = Custo total / Quantidade produzida ou servida