O TAT é a técnica de construção de história mais utilizada e tem sido largamente aplicado em pesquisas de personalidade, principalmente, pelas suposições implícitas na sua interpretação, como por exemplo, a auto-identificação com o herói e o significado pessoal de respostas comuns. Trata-se de um teste projetivo temático que revela conteúdos da personalidade, tais como: a natureza dos conflitos, desejos, reações ao ambiente externo e mecanismos de defesa (ANASTASI, 1976).
O referido Teste é composto por 31 pranchas, que apresentam figuras em preto e branco, e uma prancha em branco. As imagens são representadas por reproduções de quadro ou gravuras com significado sempre ambíguo, a exceção da prancha de número 16 que está completamente em branco, favorecendo, dentre outras, a projeção da imagem ideal que o sujeito tem de si mesmo. Ao sujeito é solicitado criar uma história para cada uma dessas pranchas, relatando como o acontecimento apresentado surgiu, o que ocorre no momento, o que pensam e sentem os personagens, qual o final da história e seu título.
Exposto
a esse material, o indivíduo, sem perceber, identifica-se com uma
personagem por ele escolhida (o protagonista) e, com total liberdade, comunica, por
meio de uma história completa, sua experiência perceptiva, mnêmica,
imaginativa e emocional. É a partir da identificação do protagonista que é possível conhecer quais
situações e relações sugerem ao indivíduo temor, desejos,
dificuldades, assim como as necessidades e pressões fundamentais na
dinâmica subjacente de sua personalidade.
A suposição básica de avaliação de Murray era que o herói ou personagem central da história representa a pessoa que está contando a história, e que as necessidades, as pressões e o tema do herói de fato caracterizam a pessoa que cria o relato.
HALL, Calvin Springer; LINDZEY, Gardner; CAMPBELL, John B. Teorias da personalidade. 4. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2000.