Os testes gráficos adquirem um papel central dentro do psicodiagnóstico porque detectam níveis profundos de integração e estruturação e apóiam-se no fato de que o desenho surge, na evolução, como expressão da necessidade infantil de recriação dos objetos internos e do mundo interno, sentido profundo que conserva na vida adulta
Os testes gráficos, ou seja, os que envolvem desenhos que são utilizados para avaliação psicológica, são caracterizados pela simplicidade e rapidez de aplicação e pela economia de material, geralmente folha, papel, lápis e lápis coloridos.
Podem ser divididos entre os expressivos e os projetivos. Os expressivos envolvem cópias de modelos ou realização de traçados repetidos.
Os projetivos são caracterizados pela realização mais livre de desenhos e acompanhados por complementação verbal. A avaliação e a interpretação destes materiais requerem mais preparo e estudo do profissional que os utiliza. São necessários conhecimentos dos aspectos do desenho a serem avaliados, dos conceitos psicanalíticos, do desenvolvimento psicológico e noções de psicopatologia. Os testes são úteis em avaliações clínicas, escolares, hospitalares e na área judicial e são de uso específico do psicólogo.
Partindo de tal explicação breve, sobre o que são testes gráficos, fica mais fácil compreender a questão da FCC. Em suma, Ana Madruga, a questão aponta como característica dos testes gráficos, a possibilidade do sujeito ao realizá-los exteriorizar seu mundo interno (externalizando sua necessidade infantil) quando realiza tais testes em seu momento adulto atual.