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O processo de renovação crítica do Serviço Social é atrelado ao circuito sócio-político e histórico da América Latina anos de 1960; períodomarcado pela efervescência dos movimentos sociais, determinado tanto pela crise mundial do padrão de acumulação capitalista, gerados após a II Guerra, como à inserçãodos países latinos na nova divisão internacional do trabalho com a implantação dapolítica econômica desenvolvimentista que veio para ampliar as contradições e asdesigualdades sociais. Em meio a toda essa efervescência política, destaca-se ainda os impactos da Revolução Cubana e os movimentos políticos vinculados ao socialismo e ao marxismo como a experiência do Chile
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Com base em J. P. Netto (Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17ª edição. São Paulo: Cortez, 2015), o movimento de reconceituação latino-americano, o qual foi uma expressão do movimento mundial de erosão do Serviço Social tradicional, foi diretamente influenciado pelo contexto histórico, político e social dessa região e das proximidades. Na década de 1960, a emergência de novos atores e movimentos sociais no cenário político e a própria Revolução Cubana em 1959, que representava uma vitória do socialismo naquele período e um perigo iminente para o imperialismo norte-americano, foram grandes influências para o movimento de reconceituação. Assim, o questionamento central que a categoria profissional do Serviço Social realizava era sobre qual o papel da profissão na busca pela ultrapassagem do subdesenvolvimento dessa região. Com isso, novos questionamentos foram surgindo, como de que modo o Serviço Social estava contribuindo ao responder as sequelas da questão social, se tais respostas eram eficazes, se a prática profissional estava adequada ao contexto específico dos países e regiões latinas.
RESPOSTA: CERTO
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A reconceptualização está intimamente vinculada ao circuito sociopolítico latino-americano da década de sessenta: a questão que originalmente a comanda é a funcionalidade profissional na superação do subdesenvolvimento. Indagando-se sobre o papel dos profissionais em face das manifestações da “questão social”, interrogando-se sobre a adequação dos procedimentos profissionais consagrados às realidades regionais e nacionais, questionando-se sobre a eficácia das ações profissionais e sobre a eficiência e legitimidade das suas representações, inquietando-se com o relacionamento da profissão com os novos atores que emergiam na cena política (fundamentalmente ligados às classes subalternas) – e tudo isso sob o peso do colapso dos pactos políticos que vinham do pós-guerra, do surgimento de novos protagonistas sociopolíticos, da revolução cubana, do incipiente reformismo gênero Aliança para o Progresso –, ao mover-se assim, os assistentes sociais latino-americanos, através de seus segmentos de vanguarda, estavam minando as bases tradicionais da sua profissão. (Ver Netto)
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Autor: Victória Sabatine , Mestre em Serviço Social (UFJF), Doutoranda em Serviço Social pela UFRJ, Assistente Social e Professora de Serviço Social
Com base em J. P. Netto (Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. 17ª edição. São Paulo: Cortez, 2015), o movimento de reconceituação latino-americano, o qual foi uma expressão do movimento mundial de erosão do Serviço Social tradicional, foi diretamente influenciado pelo contexto histórico, político e social dessa região e das proximidades. Na década de 1960, a emergência de novos atores e movimentos sociais no cenário político e a própria Revolução Cubana em 1959, que representava uma vitória do socialismo naquele período e um perigo iminente para o imperialismo norte-americano, foram grandes influências para o movimento de reconceituação. Assim, o questionamento central que a categoria profissional do Serviço Social realizava era sobre qual o papel da profissão na busca pela ultrapassagem do subdesenvolvimento dessa região. Com isso, novos questionamentos foram surgindo, como de que modo o Serviço Social estava contribuindo ao responder as sequelas da questão social, se tais respostas eram eficazes, se a prática profissional estava adequada ao contexto específico dos países e regiões latinas.
RESPOSTA: CERTO
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No Serviço Social, a concepção materialista da história e os aportes de Karl Marx surge em meados de 1960, no contexto das lutas históricas, que vão desde a Revolução Cubana de 1959 até as revoluções sandinistas e chilenas, nos anos de 1970.