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ID
860869
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-ES
Ano
2012
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito da atuação do governo nas finanças públicas e das formas de intervenção da administração na economia, julgue os seguintes itens.

A oferta de bens e serviços públicos é financiada basicamente por meio de impostos. Ao saber que não poderá ser excluído do consumo de determinado bem público, o indivíduo tem poucos incentivos para contribuir voluntariamente com seu financiamento, o que gera um problema denominado carona e justifica, economicamente, a necessidade de cobrança compulsória.

Alternativas
Comentários
  • Pergunta: A oferta de bens e serviços públicos é financiada basicamente por meio de impostos. Ao saber que não poderá ser excluído do consumo de determinado bem público, o indivíduo tem poucos incentivos para contribuir voluntariamente com seu financiamento, o que gera um problema denominado carona e justifica, economicamente, a necessidade de cobrança compulsória.

    R :: O problema do free-riding (carona) é muito discutido na economia, em especial na área de finanças públicas e teoria de mercados. Os caronas são agentes que consumem mais do que a parcela justa de recursos. O problema dos caronas é como evitar ou impor um limite a este consumo. Um exemplo é o gasto com segurança: nenhuma pessoa de um país pode ser excluído do benefício da segurança, nem mesmo aqueles que não pagam impostos ou que são contrários a existência dela. As pessoas que não precisam de segurança, então, não iriam querer pagar impostos, o que justifica a cobrança compulsória. Por outro lado, as pessoas que precisam de maior segurança são caronas, pois se beneficiam de impostos gerados por outros que não precisam daquele serviço. Gabarito: certo.

    Fonte: http://cesartiburcio.wordpress.com/.
  • O comportamento free rider

     A microeconomia define o comportamento free rider como sendo aquele em que um ou mais agentes econômicos acabam usufruindo de um determinado benefício proveniente de um bem, sem que tenha havido uma contribuição para a obtenção de tal. Esse problema surge na provisão de um bem público, já que o mesmo tem como características a não-rivalidade e a não-exclusividade, ou seja, a ele não pode ser atribuído um direito de propriedade. Dessa forma, “os indivíduos não têm incentivos a pagar tanto quanto o bem realmente vale para ele”. E é justamente por isso que a provisão de bens públicos é menor que a socialmente desejada.

    http://pensandoemeconomia.blogspot.com.br/2008/02/o-comportamento-free-rider.html
  •  O problema do free-riding (carona) é muito discutido na economia, em especial na área de finanças públicas e teoria de mercados. Os caronas são agentes que consumem mais do que a parcela justa de recursos. O problema dos caronas é como evitar ou impor um limite a este consumo. Um exemplo é o gasto com segurança: nenhuma pessoa de um país pode ser excluído do benefício da segurança, nem mesmo aqueles que não pagam impostos ou que são contrários a existência dela. As pessoas que não precisam de segurança, então, não iriam querer pagar impostos, o que justifica a cobrança compulsória. Por outro lado, as pessoas que precisam de maior segurança são caronas, pois se beneficiam de impostos gerados por outros que não precisam daquele serviço.

    Muito bom o comentário da colega, só copiei para revisar depois.
  • A questão tratou do fato de os bens públicos serem não-excludentes. Não se pode privar uma pessoa de ter acesso ao Judicário, por exemplo.

  • Apenas a título de ilustração da situação do free rider

    Imagine uma ilha, em que há um grupo de indíviduos vivendo de forma completamente isolada da civilação. Nesta ilha, não há iluminação publica. Um dos moradores A propõe que comprem um painel solar para gerar energia para um poste. Alguns moradores concordam com a compra do painel, outros não. É instalado os postes para iluminar as calçadas. 

    O benefício da iluminação é de todos, porém apenas os que concordaram com a instalação é que a financiaram.

     

    Outro bom exemplo é o dos guardas de rua pagos por associação de moradores. Ninguém é obrigado a pagar, mas ter uma guarita na sua rua já aumenta a segurança, mesmo que você não pague. Imaginem que o custo de manter um guarda seja 1000 $. Há 10 casas na rua. Cada uma deveria contribuir com 100$. Porém 2 delas não contribuem. O valor passa a ser 125$ para cada um. Os que estão pagando percebem que os que não pagam são beneficiados pela segurança sem serem onerados. Mais 3 decidem não contribuir mais, o valor passa a ser 200$. Um daqueles que contribuia decide não pagar mais porque 200$ é muito caro. Cada vez que um sai, onera os que ficam no acordo. A medida que vai encarecendo, menos estão aptos a contribuir... até que não tenha mais guardas na rua.