SóProvas


ID
876454
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Contabilidade Geral
Assuntos

Com relação ao efeito contábil das transações realizadas por uma
companhia aberta, julgue os itens a seguir.

A baixa de uma duplicata cujo valor está totalmente provisionado não impactará o resultado contábil da empresa, que deverá lançar um débito na conta retificadora de ativo em que está registrado o valor acumulado da provisão.

Alternativas
Comentários
  • a Conta Provisão já foi reconhecida previamente. No momento do reconhecimento da Provisão, há o reconhecimento da despesa. Assim, quando é reconhecida a certeza do não recebimento de determinada duplicata, tal duplicata é baixada em contrapartida com a conta Provisão.

    Debita Provisão (PDD)
    Credita Duplicatas a receber.
  • Acho que está questão é passível de anulação.
    Não existe mais a conta de provisão para perdas no subgrupo Clientes (duplicatas a receber), conforme o Manual de Contabilidade Societária, página 54, esta conta foi substituida pela PECLD - Perdas Estimadas de Crédito de Líquidação Duvidosa.
    Obs.: Provisão só existe para o passivo.
    Além disso, cadê o crédito?
    Não concordo com a clareza da questão.
  • A gente não pode se prender totalmente a nomenclatura utilizada pela banca. Apesar do nome da conta ter mudado, a sua natureza é a mesma.
    Há muitas questões que a banca utiliza nomenclatura antiga e nem por isso anula. Portanto não acho que é possível de anulação não, visto que o conceito está correto.
  • a questão não esta clara...nao diz se a baixa da duplicata foi pelo recebimento do valor. Caso tenha recebido, o lançamento correto é débito em provisão e credito na conta de resultado e, nesse caso, impacta o resultado da empresa....
  • O enunciado não está claro, pois não deixa claro se a baixa da duplicata é (Recebimento ou Pagamento).

    Se é a baixa de uma duplicata devido ao recebimento de um título, cuja provisão para devedores duvidosos foi feita anteriormente, concordo com o gabarito. Mas, essas informações não estão claras.
  • Cara Carina,

    1 - Conforme já mencionado pela Raissa, o conceito da conta está correto. Não devemos nos prender às nomenclaturas das contas, pois é exatamente aí que a banca tenta nos confundir.

    2 - Quanto à observação de que "Provisão é só no Passivo", seguem alguns exemplos de Provisão do Ativo:
    - Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado;
    - Provisão p/ Devedores Duvidosos (ou Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa)
    - Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos;
    - Provisão p/ Ajuste ao valor Recuperável (ou Provisão para Perdas)
    (Contabilidade Geral - Ed Luiz Ferrari - p. 249)

    3 -  A falta de especificação do crédito não torna a questão errada, pois não esta falando de escrturação completa, apenas do tratamento de uma conta de provisão do ativo.
  • Caro Gilvan,

    Provisão para não pagamento pela empresa?
    Não existe esta provisão.

    A questão só pode estar tratando do não Recebimento de Cliente.
  • questão correta.

    Simplesmente o reconhecimento da despesa já havia sido feito no resultado. Resumindo: o credor já tinha reconhecido todo o valor a receber como provisão para créditos de liquidação duvidosa e, quando entendeu  que a dívida era, realmente, incobrável, baixou a duplicata no ativo em contrapartida à provisão (redutora do ativo).

    Duplicatas a receber - 100

    Reconhecimento da liquidação duvidosa - neste momento, altera-se o resultado.

    D - Despesa Créditos liquidação duvidosa - 100 (resultado)

    C - Provisão p/ créditos liq. duvidosa (redutora do ativo) - 100

    Dívida INCOBRÁVEL: baixa da duplicata a receber.

    D - Provisão p/ créditos liq. duvidosa - 100

    C - Duplicatas a Receber - 100

     

  • Errei por considerar que pode impactar sim; pois caso não houvesse a baixa (ou seja, caso a dívida fosse devidamente quitada pelo nosso cliente), a conta PDD (ret. do ativo) seria debitada e em contrapartida a conta receitas de duplicatas (resultado) seria -- na possibilidade de a conta PDD fechar o período positiva -- creditada. 

    No entanto, essa é apenas uma opção para a empresa, a qual poderia simplesmente complementar, se necessário, a conta PDD para atingir o percentual coberto (normalm. considerado 3% dos créditos a receber) para o exercício seguinte. E dessa forma poderíamos entender que não haveria impacto -- direito, pois haveria indireto sim, uma vez que a empresa renheceria uma despesa com PDD menor no exercício seguinte, caso a dívida tivesse sido paga -- no resultado.

    Apreciados os pontos acima, penso que o raciocínio da banca tenha sido o seguinte:
    D - PDD (ret. do ativo)
    C - Duplicatas a receber (ativo)
    De forma que não houve impacto no resultado.

    Agradeço se alguém com mais conhecimentos de contabilidade puder validar a análise que fiz acima.

  • Talis, o meu raciocínio foi parecido com o seu.

    Quando é feito um lançamento em uma conta de perda estimada com clientes podemos ter três situações. A primeira no qual a perda se confirma. Nesse caso não há lançamento em conta de resultado. Podemos ter uma situação no qual a perda é maior do que a estimativa feita e outra situação no qual a perda é menor que a estimativa feita. Só para exemplificar vamos imaginar uma situação no qual a perda é menor do que a estimativa feita.

    Venda

    D- Cliente (Ativo) - 100

    C- Receita de vendas (Ativo) -100

    Estimativa de perda

    D - Despesa com Perda estimada com clientes (Resultado) - 5

    C - Perda estimada com clientes (Retificadora do ativo) - 5

    No recebimento

    D - Caixa - 98

    C - Clientes - 98

    Se a opção for a reversão da perda estimada com clientes teremos:

    D - Perda estimada com clientes - 3

    C - Receita com reversão de perda estimada com clientes - 3

    Ou seja, teremos impacto no resultado contábil da empresa. 

    É muita imaginação pensar nisso? Entendo que não. O que acho que não pode acontecer é termos que inferir o que a banca está pensando. Ela tem que deixar claro na questão o que ela quer. No final das contas a baixa da duplicata se dará contra a conta de estimativa de perdas ou contra uma conta de resultado. Se for contra uma conta de resultado a questão está errada.

    Alguém tem um pensamento diferente aqui?

     

  • CORRETO

    Suponhamos que eu tenho uma empresa que vende cursos XYplus z ;

    Vendi alguns materiais para o João no valor de 500 reais a prazo, porém, já tenho uma experiência com ele e sei que ele não paga, ou seja, "é caloteiro ":

    Clientes/ duplicatas a receber -> saldo -> 500

    Contabilização da "provisão" da perda estimada :( fato modificativo, ou seja, altera o Pl é o resultado )

    D - Despesa com créditos liquidação duvidosa ......................500,00 ( resultado )

    C - Perda estimada para créditos liquidação duvidosa ..........500,00 ( retifica a conta duplicatas a receber )

    Passou-se o tempo, é o provável virou certeza,o João não me pagou. Ou seja, eu tenho que baixar a duplicata e dar baixa na respectiva perda estimada para créditos de liquidação duvidosa;

    Contabilização da perda:

    D -perda estimada para créditos de liquidação duvidosa................... 500,00

    C - Duplicatas a Receber ...................................................................500,00

    É um fato permutativo, ou melhor, não impacta o resultado, pois envolve apenas contas patrimoniais isso no caso de estar totalmente provisionada como dito na questão.

    Provisão para ativos não é empecilho para o cespe:

    (CESPE -"" 2018"" - Polícia Federal)Para uma empresa que realize vendas a prazo e constitua "provisão para créditos de liquidação duvidosa", essa provisão deverá ser adicionada ao lucro líquido na apuração do lucro real. Correto!

  • Fato permutativo

    o que impactou o patrimonio da entidade,negativamente, foi no momento de registrar a provisão.

  • Neste caso:

    Provisão = PECLD

  • a CESPE sempre faz gracinha com o termo " provisão", isso se constata em diversas questões. A dica é, SE a questão não for diretamente sobre provisões, seja bem leniente com essa terminologia, releve. Em muitas questões a CESPE utiliza o termo provisão no seu sentido mais amplo, como se fosse um valor "separado" para as perdas prováveis de acontecer. No caso da questão a perda provável seria do direito (ativo) de receber a duplicata (duplicata a receber- o que tb não ficou claro).