- ID
- 935572
- Banca
- FCC
- Órgão
- ANS
- Ano
- 2007
- Provas
-
- FCC - 2007 - ANS - Especialista em Regulação
- FCC - 2007 - ANS - Especialista em Regulação - Direito
- FCC - 2007 - ANS - Especialista em Regulação - Enfermagem
- FCC - 2007 - ANS - Especialista em Regulação - Estatística
- FCC - 2007 - ANS - Especialista em Regulação - Medicina
- FCC - 2007 - ANS - Especialista em Regulação - Odontologia
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao
texto transcrito abaixo.
Vários historiadores têm procurado entender a
originalidade da monarquia brasileira vinculando-a à
chegada da família real ao Brasil em 1808. De fato, é no
mínimo inusitado pensar numa colônia sediando a capital
de um império. Chamada por Maria Odila Leite da Silva
Dias de a “internacionalização da metrópole”, a instalação
no Brasil da corte portuguesa, que fugia das tropas
napoleônicas, significou não apenas um acidente fortuito,
mas um momento angular da história nacional e de um
processo singular de emancipação. Fuga ou golpe político,
o fato é que com D. João e sua família, e contando com a
ajuda inglesa, transferiram-se para o país a própria corte
portuguesa — cujo número estimado de pessoas chegava a
20 mil, sendo que a cidade do Rio possuía apenas 60 mil
almas — e várias instituições metropolitanas. Mas não era
só: comerciantes ingleses e franceses, artistas italianos e
naturalistas austríacos vinham junto com os baús. Difícil
imaginar choque cultural maior.
Transformado em reino unido já em 1815, o Brasil
passou a distanciar-se, aos poucos, de seu antigo estatuto
colonial, ganhando uma autonomia relativa jamais
conhecida naquele contexto. A partir de então, o Rio de
Janeiro tornou-se capital de Portugal e de suas possessões
na África e na Ásia, e os portos brasileiros se abriram ao
comércio britânico (seguindo o acerto feito com a Inglaterra,
que assegurou o transporte da corte, mas o trocou por esse
acordo comercial). Tais fatos alteraram radicalmente a
situação da colônia portuguesa na América.
(Adaptado de SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do
imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999, p. 35-36.)
O desenvolvimento argumentativo do texto permite afirmar corretamente que