| Cognitivismo | Comportamentalismo |
Relação Homem-Mundo | Dualista: existe o mundo interior (da mente) e o mundo exterior (do corpo). | Monista: não há mundo interior e nem exterior, mas apenas relações contextuais organismo-ambiente. |
Comportamento | Atos observáveis. Tudo mais, como pensamentos, são “processos cognitivos” | Atos observáveis e também os encobertos. Pensar, sentir, imaginar, etc, são comportamentos, pois são ações que ocorrem em contextos de determinação. |
Cérebro | Fundamental para compreender a cognição. A chave para o entendimento do humano. | Pode ser muito importante em alguns casos entender da Fisiologia cerebral (como de lesões neurais). No mais, ele é entendido como parte das contingências, um conjunto de variáveis que interage com outras. |
Mente | Algo real, e objeto central de estudo. Estudar a mente é desvendar o ser humano. | Uma metáfora para comportamentos sutis, como o pensar, recordar, perceber, etc. Focar muito a mente é um problema, pois se perde de vista as contingências que determinam o comportamento. |
Emoções | Causam comportamentos. Ex: João riu porque ficou alegre. | Tanto emoções quanto comportamentos são causados por contingências. Ex: João ganhou um doce, o que o deixou alegre e o fez rir. |
Terapia | Mudar a mente: a forma como a pessoa pensa, fala, modela mentalmente o mundo, etc. Mudança de dentro para fora. | Mudar as contingências da vida da pessoa. (As emoções, pensamentos, etc, seguem as contingências). Mudança de fora para dentro (se bem que não existe “fora” e “dentro”, como exposto anteriormente, lembra?). |
Abordagem híbrida: cognitivo-comportamental | Aceitam numa boa, até porque a “herança comportamental” (procedimentos eficazes) é muito bem-vinda. | Não aceitam, porque isso representa misturar duas abordagens epistemologicamente inconciliáveis (como procurei demonstrar que são, nesta tabela). |