em português de portugal:
Em termos organizativos a comunicação assume um carácter mais formal ou informal, embora não se possa delimitar com exactidão a sua fronteira. Leia-se o formal como tudo o que é planeado e que constitui objecto de um acordo e o informal como as relações espontâneas e flexíveis entre os membros da organização, orientados por sentimentos e interesses pessoais ou de grupo.
A comunicação informal distingue-se da formal porque, enquanto esta é estruturada e imposta, a informal é espontânea, criada livremente, a partir da proximidade, afectividade e interdependência, coexistindo com o sistema formal, no sentido de satisfazer uma necessidade à qual este não responde.
Os fluxos de comunicação são tradicionalmente classificados de acordo com as relações hierárquicas, distinguindo-se a comunicação descendente, ascendente, horizontal e funcional ou oblíqua.
A comunicação descendente parte dos níveis hierárquicos superiores e dirige-se aos escalões inferiores. A direcção do fluxo segue então o padrão de autoridade das diversas posições hierárquicas. Esta pode assumir a forma escrita ou verbal e constituir um fluxo contínuo, visando a integração de todos os seus elementos.
A comunicação ascendente circula no sentido inverso, da base para o topo, passando pelos escalões intermédios. Contudo, nem sempre se desenrola plena e espontaneamente, terminando muitas vezes no superior imediato. Como referem Katz e Kahn (1978), quando a estrutura organizacional é muito pesada no topo e o controlo é exercido através de pressões e sanções, maiores serão os estrangulamentos da informação ascendente.
A comunicação horizontal ocorre entre indivíduos situados no mesmo nível hierárquico, entre os diferentes sectores, serviços ou especialidades.