SóProvas



Questões de Relações Internacionais

  1. Questões de Conceitos básicos, Paradigmas teóricos e aspectos históricos.
  2. Questões de Atores e Instituições
    1. Questões de Brasil e evolução e especificidades de sua política externa.
    2. Questões de Brasil e relações com países e organizações internacionais da América.
    3. Questões de Brasil e relações com países e organizações internacionais da Europa.
    4. Questões de Brasil e relações com países e organizações internacionais da Ásia e do Oriente Médio.
    5. Questões de Brasil e relações com países e organizações internacionais da África.
    6. Questões de Relações Internacionais na Ásia e no Oriente Médio
    7. Questões de Brasil e relações com organismos intercontinentais e globais
    8. Questões de Relações Internacionais na América
    9. Questões de Relações Internacionais na Europa
    10. Questões de Relações Internacionais na África
  3. Questões de Processos
    1. Questões de Globalização, Nacionalismos, Identidades e Multiculturalismo
    2. Questões de Segurança, Terrorismo, Desarmamento, Espionagem e Narcotráfico
    3. Questões de Meio Ambiente, Pobreza, Fome e aspectos econômicos

ID
31114
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A partir de 1967, o governo Costa e Silva procedeu a uma reformulação das diretrizes fundamentais da política externa brasileira, determinando um curso que permaneceria inalterado, em sua essência, até o final do regime militar. A unidade de ação que se verifica a partir de então embasou-se na importância central conferida à doutrina de fronteiras ideológicas, que, como condicionante das estratégias a serem adotadas, definia as prioridades externas.

Alternativas
Comentários
  • Essa doutrina de fronteiras ideóligicas pertenceu ao governo de CASTELO BRANCO e não de COSTA E SILVA.A banca tentou confundir o candidato.
  • A doutrina de fronteiras ideológicas foi um dos fundamentos da política externa do governo Castelo Branco (e não do governo Costa e Silva)  e se caracterizava por uma visão firmemente bipolar do mundo no contexto da Guerra Fria e por um posicionamento inequívoco ao lado dos EUA nesse contexto. As ideologias no caso eram encabeçadas por URSS e EUA. 

    A partir de Costa e Silva, nossa diplomacia dá uma guinada em direção à reassunção dos fundamentos da PEI – Política Externa Independente, que marca os governos Quadros e Goulart – que haviam sido abandonados por Castelo Branco a partir de 1964. Essa política reassumida por Costa e
    Silva vai se manter, em sua essência, até o fim do regime militar.

  • Durante o Governo Castelo Branco ocorreu o que os analistas chamam de "passo fora da cadencia". Que é justamente o abandono da PEI e de uma busca pela autonomia por distanciamento. O presidente Castelo Branco tem uma política externa menos pragmática e com traços fortemente ideológicos, alinhando-se aos EUA em suas posições. Com o governo de Costa e Silva o Brasil volta a adotar uma política externa independente, pratica que se mantem até o fim dos governos militares na decada de 80.


ID
31117
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Alguns aspectos do "pragmatismo responsável" adotado pelo governo Geisel, como a busca da autonomia decisória na política externa, encontravam antecedentes em idéias e práticas políticas anteriores ao regime militar brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • A "barganha nacionalista " do segundo governo Vargas buscou superar as limitações decorrentes do alinhamento automático com os EUA empreendida no governo Dutra. A estratégia de mais autonomia nas relações internacionais abriu canais de dialogo com a África, Ásia, América Latina e Oriente Médio.

  •  Apenas completando o comentário da colega, a chamada Política Externa Independente dos governos Quadros e Goulart também se apresenta como antecedente pré-regime militar importante de práticas políticas que buscavam maior autonomia decisória na política externa brasileira.

  • A grosso modo Dutra e Castelo Branco tinha uma linha ideológica de Politica Externa de alinhamento com os Estados Unidos.
  • "Hoje, sabe-se que muito do pensamento estratégico associado à política externa do governo Geisel precedeu a posse do novo governo em março de 1974 – alguns de seus antecedentes apareceram nos anos da Política Externa Independente (1961–1964) e nos governos dos generais Costa e Silva (1967–1969) e Médici (1969–1974). Há linhas oriundas do Estado Novo (1937–1945) e da gestão de Juscelino Kubitschek (1956–1961). Em perspectiva de longa duração, os anos Geisel situam-se confortavelmente na tendência geral a maior e mais veloz asserção da autonomia nacional face aos estritos limites impostos pelo sistema internacional da Guerra Fria. Visto dessa maneira, o pragmatismo coincide com o auge do modelo brasileiro de diversificação de parcerias."

    Origens e direção do Pragmatism o Ecumênico e Responsável (1974-1979)
  • Conceito

    "Para se obter uma ideia precisa do que foi a diplomacia do Pragmatismo Responsável faz-se necessário analisar a expressão em seu significado semântico puro e ao mesmo tempo colocá-la no contexto em que foi elaborada, no meio da década de 1970, com os desafios que o Brasil enfrentava à época. Da palavra "pragmatismo" extraímos a noção de que o Brasil conduziria sua política externa desvinculada de princípios ideológicos, em um momento ainda bastante marcado pela Guerra Fria; a expressão "ecumênico", vinda de ecumenismo, é utilizada para descrever o processo de busca de unidade, externando a ênfase que o governo dava ao consenso de todos setores da sociedade em atingir um objetivo comum de desenvolvimento; tal pragmatismo seria ainda conduzido de modo responsável, buscando inserir o país internacionalmente, servindo sobretudo aos interesses nacionais."

     

    Fonte: http://www.infoescola.com/historia/pragmatismo-ecumenico-e-responsavel/

     

  • O Pragmatismo Responsável e Ecumênico:

     

            Pragmatismo: seria a busca de vantagens no cenário internacional, independente do regime e da ideologia.

            Responsável: diz respeito às questões ideológicas que não contaminariam a política externa

            Ecumênico: seria a implantação de parcerias desejadas em escala planetária, para além do âmbito hemisférico.

     

    (Fonte: VIZENTINI, 1998, p.208)


ID
31120
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A dívida externa assumiu relevância na ação internacional do Brasil a partir do início da década de 1980, sendo tratada de acordo com duas estratégias: a primeira, de orientação economicista, afastava a diplomacia das negociações acerca do tema e favorecia a busca de soluções monetaristas, negociadas bilateral e diretamente com a comunidade financeira internacional; a segunda, configurada no Consenso de Cartagena de 1984, propugnava um tratamento político da questão que equacionasse o pagamento da dívida com o crescimento econômico da América Latina. Prevaleceu, desde o início, esta última estratégia.

Alternativas
Comentários
  • A resposta desta questão está em A Ordem do Progresso.
    é isso.
    Abraços
  • (...) já nasceu débil e inoperante o Consenso de Cartagena, em22 de junho de 1984, como foro político de encaminhamento de soluções concertadas pela América Latina para o impasse da dívida externa. O Itamaraty teve de veicular a posição do governo brasileiro, de inspiração monetarista, contrária ao tratamento político e por negociações bilaterais em separado.  AMADO CERVO e CLODOALDO BUENO, HPEB

  • ERRADA

     

    2 linhas de ação p/ tratar da dívida externa nesse período: Economisista e Política

    Economisista --> dava aos ministérios c/ pautas econômicas a função de negociar a dívida (Foi a mais utilizada)

    Política --> dava ao Itamaraty essa função.

     

    Fonte: Meus Resumos


ID
31123
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca das principais linhas de ação e vertentes da política externa brasileira desde 1967, julgue (C ou E) os seguintes itens.

A política externa brasileira era formulada, a partir do início da década de 1970, com a finalidade última de serem superadas dependências e de ser reforçada a autonomia do país. A área energética foi alvo de medidas que se enquadravam nessa linha de ação, sendo exemplo de tais medidas o acordo de cooperação nuclear com a República Federal da Alemanha firmado em 1975.

Alternativas
Comentários
  • "Após alguns entendimentos iniciais com os Estados  Unidos, em nome da não proliferação nuclear - o Brasil se negara a assinar o TNP, Tratado de Não Proliferação -, os Estados Unidos recusaram-se a prestar qualquer assistência no campo da energia nuclear e vetaram a venda de equipamentos sensíveis para Brasília. O país, então, voltou-se para a Alemanha Federal, com quem assinou, sob protestos de Washington, um amplo acordo de cooperação nuclear, origem das usinas brasileiras.” (Daniel Aarão Reis, História do Brasil Nação, v. 5, p. 148)

  • Certa.

    O contexto da política externa brasileira dos anos 1970 é marcado pela diversificação de parceiros comerciais e pelo não alinhamento com os EUA. Havia, no entanto, certa dependência tecnológica brasileira em relação aos americanos, que precisava ser superada. Diante da lentidão na transferência de tecnologia atômica, para fins pacíficos, por parte dos Estados Unidos, o Brasil assina em 1975 o Acordo de Cooperação Nuclear com a Alemanha, para diversificação das fontes de energia. O acordo de 1975 com a Alemanha previa a implementação.

    fonte : 7000 questões do cespe


ID
31126
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Em 2008, comemoram-se cinqüenta anos do lançamento da
Operação Pan-Americana (OPA), que teve início com a troca de
cartas pessoais entre os presidentes Juscelino Kubitschek e
Eisenhower, em 28 de maio e 5 de junho de 1958. A respeito da
OPA, julgue (C ou E) os itens seguintes.

O objetivo central da OPA foi o combate ao subdesenvolvimento econômico da América Latina, visto como o principal problema do continente.

Alternativas
Comentários
  • SEGUNDO JUSCELINO KUBITSCHEK, A OPA ERA " O MEIO DE TORNAR MAIS SÓLIDA A DEMOCRACIA NESTA ÁREA DO MUNDO EM QUE A DEMOCRACIA TEM OS SEUS ÚLTIMOS BASTIÕES [...] SABEMOS TODOS QUE NÃO HÁ DEMOCRACIA ONDE HÁ MISÉRIA.

    CERVO E BUENO, HPEB

  • Questão tola. Não existe corelação entre democracia e desenvolvimento! a China é um exemplo.
  • A China é a exceção. E existe sim correlação entre democracia e desenvolvimento.

  •  

    Conceito

    Operação Pan-americana (OPA), lançada pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1958, teve o conflito bipolar entre as superpotências (Estados Unidos e União Soviética) como cenário internacional.

    Após o então vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, ter sofrido tentativa de agressões por parte de manifestantes de esquerda, na Venezuela[1], o governo brasileiro propôs a Operação Pan-americana, que tinha por base a ideia de que apenas a eliminação da miséria no continente americano propiciaria a contenção do comunismo e a expansão da democracia.

    A miséria seria reduzida por meio de desenvolvimento econômico associado à cooperação internacional, ou seja, com capitais da superpotência do norte, os Estados Unidos.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Pan-Americana

  • Na verdade o objetivo principal da OPA era, através do desenvolvimento econômico, evitar a propagação do comunismo no continente, e não o combate da pobreza como um fim em sí. ERREI achando que era pegadinha. Segue a luta!
  • Certa.

    A Operação Pan-Americana (OPA) foi uma proposta de cooperação internacional entre a América Latina e os Estados Unidos que, como afirma o item, visava a lutar contra o subdesenvolvimento econômico na América Latina. O objetivo da Operação, proposta pelo então presidente brasileiro Juscelino Kubitschek em 1958, foi combater não apenas o subdesenvolvimento econômico, mas o subdesenvolvimento em sentido global. O lançamento da iniciativa aconteceu logo após a malsucedida visita do vice-presidente americano Richard Nixon à América Latina, na qual houve demonstrações de antiamericanismo em diversos países do continente. Além disso, havia no continente uma ampla insatisfação com as linhas de cooperação para o desenvolvimento levadas a cabo pelos Estados Unidos. A OPA teve início pela troca de cartas pessoais entre Juscelino e o então presidente americano Dwight Eisenhower. A OPA consistia na aplicação de capital privado em áreas atrasadas do continente, no aumento de volume de crédito das entidades internacionais, na assistência técnica, entre outros. Juscelino enfatizava a importância dos capitais públicos, em razão do elevado montante necessário para os setores básicos e os de infraestrutura.

    fonte : 7000 questões do cespe