SóProvas



Questões de Brasil e relações com países e organizações internacionais da Ásia e do Oriente Médio.


ID
31144
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações do Brasil com alguns dos seus principais parceiros
passaram por ajustes a partir da década de noventa do século
passado. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Assistiu-se a intenso processo de atualização e dinamização das relações econômicas do Brasil com a Ásia a partir da década mencionada, sendo esse relacionamento de alta prioridade para o Brasil. Contudo, ao contrário do que hoje ocorre nas relações entre a América do Sul e os países Árabes, ainda não existe, no plano birregional, foro específico para o diálogo entre países da América Latina e da Ásia.

Alternativas
Comentários
  • Há, sim. O FOCALAL (Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste), criado em 1999, com a primeira reunião em 2001, em Santiago. Em 2007, Brasília sediou a III Reunião Ministerial.
  • Há, sim. O FOCALAL (Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste), criado em 1999, com a primeira reunião em 2001, em Santiago. Em 2007, Brasília sediou a III Reunião Ministerial.
  • FOCALAL ou FEALAC.

    A última reunião foi em junho de 2013, em Bali - VI Reunião. Culminou na declaração de Uluwatu. Vários assuntos tratados tais como sobre micro e pequenas empresas ; cooperação sul-sul ; respeito da soberania, Estado empresário...

    We recognize the potential of the South-South Cooperation and Triangular Cooperation (SSTC) as mechanisms that allow the sharing and promotion of the strengths and institutional capabilities of the countries of both regions, based on solidarity and guided by the principles of respect for national sovereignty and free from any conditionalities, to contribute to their social and economic development and to strengthen linkages between the governments, academic, productive, entrepreneurial and other relevant sectors of the region.

    "We believe that Micro, Small, Medium Enterprises (MSMEs) are the backbone of the FEALAC economies and the largest source of domestic employment across all economic sectors in both rural and urban areas!"

    http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/declaracao-de-uluwatu-vi-reuniao-de-chanceleres-do-forum-de-cooperacao-america-latina-asia-do-leste-focalal-bali-13-a-14-de-junho-de-2013
  • O Fórum de Cooperação América Latina–Ásia do Leste (FOCALAL) foi criado por iniciativa do Chile e de Singapura, em 1999, com os objetivos de estimular a interação e o conhecimento mútuo entre as duas regiões; promover maior diálogo político e intensificar a cooperação, de forma a fomentar a coordenação entre os membros.

    A criação do FOCALAL veio ao encontro do objetivo brasileiro de ampliar e aprofundar suas relações com a Ásia nas esferas diplomática, econômica e comercial. O Fórum contribui para o fortalecimento e para a dinamização das relações birregionais, uma vez que constitui o mecanismo mais abrangente de cooperação envolvendo a Ásia de Leste e a América Latina. Congrega hoje 36 países: 20 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Uruguai e Venezuela) e 16 da Ásia do Leste (Brunei, Camboja, China, Singapura, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia, Japão, Laos, Malásia, Mongólia, Myanmar, Tailândia, Vietnã, Austrália e Nova Zelândia).

    São princípios básicos do FOCALAL: (i) o respeito à soberania e à integridade territorial de cada país; (ii) a não interferência em assuntos internos dos outros Estados; (iii) a igualdade, o benefício mútuo e a promoção do desenvolvimento; (iv) o respeito à diversidade cultural e social; e (v) a prevalência do consenso no processo decisório.

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3677-forum-de-cooperacao-america-latina-asia-do-leste-focalal


ID
31153
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Brasil e Índia mantêm ativo diálogo político e empenham-se na coordenação de posições em foros multilaterais. Atuam conjuntamente, por meio do G-20, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), e integram o G-4, grupo que propugna a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Alternativas
Comentários
  • O G-20 é um grupo de países em desenvolvimento criado em 20 de agosto de 2003, na fase final da preparação para a V Conferência Ministerial da OMC, realizada em Cancun, entre 10 e 14 de setembro de 2003. O Grupo concentra sua atuação em agricultura, o tema central da Agenda de Desenvolvimento de Doha.

    O G-20 tem uma vasta e equilibrada representação geográfica, sendo atualmente integrado por 23 Membros: 5 da África (África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue), 6 da Ásia (China, Filipinas, Índia, Indonésia, Paquistão e Tailândia) e 12 da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru,Uruguai e Venezuela).

    G4 é uma aliança entre Alemanha, Brasil, Índia e Japão com a proposta de apoiar as propostas uns dos outros para ingressar em lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diferentemente de outras alianças similares como o G7 e o G8, onde o denominador comum é a economia ou motivos políticos a longo termo, o objetivo é apenas buscar um lugar permanente no Conselho.

  • Só como curiosidade, apesar de Brasil e Índia estarem juntos no G-20 comercial, Índia NÃO apoia grupo de Cairns, de exportadores de produtos agrícolas, porque protege seu mercado nacional em função da alta população rural e dependente da agricultura.


ID
31156
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

A cooperação bilateral, em matéria de defesa e tecnologias nuclear e aeroespacial, é impossibilitada pelo fato de a Índia não ser signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e, ao contrário do Brasil, não ter aderido ao Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (RCTM), que proíbe a cooperação com países não-membros.

Alternativas
Comentários
  • As normas de cooperação do RCTM recomendam cautela nas cooperações envolvendo tecnologias sensíveis, porém não proíbem expressamente a cooperação ente países não -membros:

    The MTCR Guidelines specifically state that the Regime is "not designed to impede national space programs or international cooperation in such programs as long as such programs could not contribute to delivery systems for weapons of mass destruction." MTCR partners are careful with SLV equipment and technology transfers, however, since the technology used in an SLV is virtually identical to that used in a ballistic missile, which poses genuine potential for missile proliferation.

    http://www.mtcr.info/english/guidelines.html

  • Outro trecho do site oficial do MTCR que confirma o comentário acima:

    "MTCR partner countries are keen to encourage all countries to observe the MTCR Guidelines on transfers of missiles and related technology as a contribution to common security.A country can choose to adhere to the Guidelines without being obliged to join the group and a number have done so. MTCR and its members welcome opportunities to conduct technical exchanges and broader dialogues on proliferation issues with such countries."

    Fonte: http://www.mtcr.info/english/trade.html
  • A questão está desatualizada. A Índia aderiou ao RCTM em junho de 2016.

  • Além de a questão estar desatualizada como a colega citou abaixo, é importante destacar que o Brasil e a Índia possuem cooperação ativa na área de defesa e na área espacial, como é exemplificado pela criação do Comitê Conjunto de Defesa Brasil-Índia, em 2006, e pelo Acordo Espacial de 2007.

  • Errado

    A Índia participa do MTCR, mas não ainda do NSG, por oposição da China


ID
31159
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

No campo energético, destacam-se o Programa de Trabalho sobre Biocombustíveis e os acordos entre a Petrobras e empresas indianas para atuarem conjuntamente na exploração, produção e comercialização de gás, petróleo e derivados em ambos os países e em outras regiões.

Alternativas
Comentários
  • India became a Petrobras partner in 2007, after the company signed a partnership agreement with ONGC in New Delhi. Six deepwater exploratory blocks will be operated, three in Brazil and three off the Eastern Coast of India.

    The agreement also foresees cooperation in several oil industry activities, the highlight being offshore exploration & production in India, Brazil, and in other countries. The Indian operator acquired a 15% share in the Ostra, Abalone, Argonauta and Nautilus fields, in the Campos Basin, in which our company holds a 35% share.

    www.petrobras.com


ID
31162
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2008
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Índia destaca-se como parceira de crescente importância
política e econômica para o Brasil. Considerando o atual estágio
e a agenda das relações bilaterais, julgue (C ou E) os itens abaixo.

Nos últimos anos, observa-se forte incremento do intercâmbio comercial entre Brasil e Índia, o que tem estimulado a expansão do Acordo MERCOSUL-Índia, instrumento que ampara o comércio bilateral.

Alternativas
Comentários
  • "Por ocasião da visita presidencial a Nova Delhi em 25 de janeiro de 2004, foi assinado o Acordo de Comércio Preferencial entre MERCOSUL e Índia - Acordo-Quadro, que prevê uma primeira etapa de concessões de preferências tarifárias fixas, como um passo inicial rumo à criação de uma Área de Livre Comércio entre os países."

    O Acordo de Preferências Tarifárias Fixas entre o Mercosul e a Índia, composto de uma parte normativa, listas de oferta do Mercosul e da Índia, regras de origem, medidas de salvaguardas e solução de controvérsias. Aguarda-se então o processo de internalização do Acordo, para sua entrada em vigênciahttp://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1405&refr=405 .

  • Em primeiro lugar, o incremento comerical observado, desde 2003, entre Índia e países do Mercosul (especialmente com o Brasil) não pode, de maneira alguma, ser considerado forte. O incremento tem sido lento e gradual. Há um potencial comercial muito grande ainda para ser explorado.

    Em segundo lugar, o Acordo de Preferências Tarifária Mercosul-Índia é de 2004, fruto da visita de Lula à Índia em 2003. No entanto, esse acordo só entra em vigor em 2009. Portanto, o incremento comercial que houve entre a Índia e países do Mercosul entre 2003-2009 não é devido ao APT Mercosul-Índia (2004).

    observação: vale a pena lembrar que:
         * o APT Mercosul-Índia (vigor em 2009) foi o 1º acordo de preferências tarifárias com país de fora da ALADI;
         * o ALC Mercosul-Israel (vigor em 2010) foi o 1º acordo de livre comércio com país de fora da ALADI;
         * o APT Mercosul-SACU (-) ainda não está vigente, pois está em processo de ratificação no CN;
         * o ALC Mercosul-Egito (-) ainda não está não vigente, pois está em processo de ratificação no CN;
  • E mesmo que não houvesse todos esses erros, poderíamos dizer que o comércio bilateral Brasil-índia é AMPARADO pelo acordo comercial do MERCOSUL-Índia?
  • Qual é o erro exatamente?

  • Atualizando o comentário do Giovanni Basso...

    *O APT MERCOSUL-SACU entrou em vigor em 2016

    *O ALC MERCOSUL-Egito ainda não está vigente. Já foi aprovado pelo Brasil (DL 216/15), e se encontra em fase de internalização com os demais membros do Mercosul.

  • Acredito que a questão esteja desatualizada. O comércio entre Brasil e Índia cresceu fortemente no sec XXI. Além disso, a expansão do APT foi tema recente, conforme o site do Itamaraty expõe:

    "O tema da ampliação do ACP MERCOSUL -Índia foi tratado durante a III Reunião de Administração Conjunta do Acordo, realizada em Brasília, em 29/9/2016. Durante a reunião, foram definidos cronograma e metodologia para levar adiante a expansão da cobertura do ACP, que prevê a inclusão de novos produtos no escopo do Acordo. A Presidência Pro Tempore do Mercosul, a cargo do Brasil no segundo semestre de 2017, objetiva concluir a primeira rodada negociadora para a expansão do acordo com a Índia. "

    Essa expansão certamente tem relação com a aproximação dos 2 países (ainda mais considerando que a presidência Pro Tempore brasileira já declarou o foco em fortalecer esses laços comerciais), em consequência ao foco nas cooperações Sul-Sul do Brasil.

  • Realmente a questão está desatualizada. Ela é de 2008 e o ACP mercosul-india foi assindo em 01.06.09...

  • Pra quem não tá entendendo as siglas que os colegas referem nos comentários:
    APT = Acordo de Preferências Tarifárias

    ACP = Acordo de Comércio Preferencial


ID
31597
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Uma das mais antigas civilizações da humanidade, a China
tornou-se comunista em 1949, aproximou-se e afastou-se da URSS,
conheceu momentos críticos e, a partir da morte de Mao Zedong e
da ascensão de Deng Xiaoping (anos 1970-1980), promoveu
significativa mudança de rota. Incorporou-se ao sistema político
internacional ao ser admitida na ONU e, mais recentemente, ao
entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC), às normas
que presidem a economia global. A respeito da experiência chinesa,
julgue (C ou E) os itens abaixo.

A presença de uma comitiva recorde, composta por mais de 400 empresários, que acompanharam o presidente Lula em sua viagem à China, em 2004, aponta para o interesse objetivo de estreitamento dos laços comerciais entre os dois países. Nesse sentido, observa-se que, enquanto o Brasil é o principal exportador mundial de soja, a China é a maior importadora desse produto

Alternativas
Comentários
  • http://www.abin.gov.br/modules/articles/article.php?id=1739
    O Brasil era e ainda é o segundo maior exportador de soja, o primeiro é os EUA. No mais a questão está correta.
    Enfim... CESPE é CESPE... Bons estudos.

  • Foi exatamente o que pensei a resolver a questão, os EUA não só é o maior exportador mundial de soja, como também é de outras comodities, como o milho e o trigo. Creio que seja o maior exportador de comodities mundial.
  • A perspectiva para o Brasil ultrapassar os EUA como maior exportador de soja é 2025.

  • ATUALIZAÇÃO:

    Brasil retoma posição de maior exportador de soja do mundo.

    https://noticias.r7.com/economia/brasil-retoma-posto-de-maior-produtor-de-soja-do-planeta-09072020-1#:~:text=Brasil%20%C3%A9%20o%20maior%20produtor%20de%20soja%20do%20mundo&text=No%20total%2C%20o%20Brasil%20dever%C3%A1,de%202019%2C%20conforme%20o%20IBGE.

  • Atualizando:

    Desde 2020, o Brasil é o maior exportador de soja do mundo

    Além disso, é o maior exportador de gado e café

    https://www.revistarural.com.br/2021/06/02/brasil-e-o-maio-produtor-e-exportador-de-soja-cafe-e-carne-bovina/


ID
31618
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2007
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Múltiplos fatores conjugam-se para fazer do Oriente Médio foco
permanente de tensão e de conflitos, cujas repercussões não ficam
restritas à região. No que concerne a esse quadro, que o início do
século XXI não altera em relação ao que o antecedeu, julgue
(C ou E) os itens seguintes.

Bem mais que eventual importância estratégico-militar, o problema representado pela definição do status de Jerusalém é mais amplo e mostra-se até hoje incontornável: internacionalizada pela ONU, reivindicada como capital por israelenses e palestinos e sede das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo).

Alternativas
Comentários
  • Segundo a banca, "No item, afirma-se que Jerusalém é a 'sede das três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo)'. Diferentes acepções da palavra 'sede' fazem com que o item apresente ambigüidade insuperável. Assim, fez-se necessária a anulação do item."
  • para complementar o comentario anterior é necessário aludir ao fato de que o termo sede do cristianismo pode ter seu polo defendido em Roma (Vaticano).

  • Gabarito preliminar era certo, foi anulada por causa da ambiguidade da palavra "sede".


ID
36781
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Assinale a opção correta, levando em conta a evolução e a agenda recente das relações entre Brasil e China.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADO - tais fatos (relação do Brasil com Taiwan e DH) não impedem a parceria progressiva entre Brasil e China.
    B) ERRADO - A China, apesar de ser integrante do BRIC, não apóia expressamente a entrada do Brasil no CS da ONU. Em relação à OMC, o Brasil foi um dos primieros países a reconhecer a China como uma economia de mercado e jamais utilizou as salvaguardas especiais, dando preferência ao VER (restrições voluntárias de exportações).
    C)ERRADO - Brasil e China atuam conjuntamente apenas na produção de tal tacnologia. O lançamento ainda fica sob responsabilidade exclusivamente chinesa.
    D)ERRADO - O comércio entre Brasil e China vem aumentando significativamente. Ao contrário do que diz a assertiva, o Brasil ainda é comercialmente superavitário, mesmo que em margens cada vez menores.
    E) CERTO
  • A China apoia sim a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. E este apoio foi ratificado na recente visita da Presidente Dilma ao País. De acordo com o comunicado conjunto assinado pelos dois países:

    "A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, como maior país em desenvolvimento do hemisfério ocidental, tem desempenhado nos assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas".

    O que a China nunca fez foi, digamos, se esforçar muito para que o Brasil conseguisse a vaga. Isso porque o Brasil pleiteia sua entrada no CSNU através do G4, grupo que tem o Japão como um de seus membros. Aí, já viu....
  • Ótima questão. A questão B está errada pois ainda há divergências de interesses, como é o caso do CS/ONU. A C está errada, em primeiro lugar porque a dimensão mais importante da relação sino-brasileira ser a comercial, e em segundo porque o lançamento é feito pela China. Com exceção da E, que aborda i superavit brasileiro, ainda que consiga isso por meio de produtos primários, as demais são nitidamente incorretas.
  • Ótima questão!


ID
92899
Banca
ACEP
Órgão
BNB
Ano
2004
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Governo brasileiro vem tratando com especial interesse a intensificação das relações comerciais com a China. Identifique e marque a alternativa com características que NÃO dizem respeito à economia da China:

Alternativas
Comentários
  • Na verdade um dos pilares da competitividade chinesa no mercado internacional são os baixos salários.
  • Gab A. Baixo salário e mão de obra mais barata ainda!


ID
103063
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com referência à política externa brasileira, julgue C ou E.

O Brasil tem-se notabilizado, cada vez mais, como prestador de cooperação técnica, que passou a ser direcionada, sobretudo, para os países do Oriente Médio, em respeito aos compromissos assumidos na Cúpula América do Sul - Países Árabes.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    - a Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA) foi proposta pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 e criada formalmente em maio de 2005.

    Objetivos:

    · promover maior aproximação, confiança, diálogo político, entendimento e cooperação entre os Estados-Membros;

     - explorar as potencialidades de cooperação técnica;

    · articular posições comuns sobre questões políticas e econômicas de relevância mundial, com vistas ao trabalho conjunto em diferentes foros internacionais, em prol dos interesses mútuos.

  • Errada. A cooperação técnica é sobretudo (geralmente, principalmente, na maior parte das vezes, mormente) no continente Africano. O fundo IBAS investe ativamente nestes projetos.
  • O erro da questão está na afirmação de a cooperação técnica se dá sobretudo para os países ao Oriente Médio. Isto não é verdade, pois esta cooperação ocorre muito mais com os paises Africanos ou, até mesmo, asiáticos. Importante ressaltar que Ao propor a criação do Mecanismo, o Presidente Lula tinha por objetivo aproximar os líderes políticos das duas regiões, desenvolvendo no âmbito da ASPA tanto ações de coordenação política quanto de cooperação técnica e cultural.


ID
275551
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Entre as características da política externa brasileira
contemporânea, inclui-se

a maior aproximação comercial com a China, em relação à década passada, evidenciada pelo fato de esse país ter recentemente assumido a condição de principal parceiro comercial do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • A China tornou-se nosso principal sócio comercial e maior mercado de exportações desde 2009, cujo intercâmbio comercial totalizou U$ 76 bilhões. As exportações brasileiras somaram U$ 40 bilhões.

ID
275557
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Entre as características da política externa brasileira
contemporânea, inclui-se

a expansão da cooperação científica e técnica prestada pelo Brasil a países asiáticos e africanos, por intermédio, por exemplo, da criação de Laboratórios Virtuais (LabEx) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), em países desses continentes.

Alternativas
Comentários
  • Correto. Na área da agricultura, destaca-se a atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na oferta de capacitação e realização de ações conjuntas com países africanos, com foco na transferência de tecnologias, mediante o compartilhamento de conhecimentos e de experiências no campo do desenvolvimento tecnológico da agropecuária, agrofloresta e meio ambiente. A empresa abriu Escritório Regional para a África, sediado em Acra, Gana, o qual iniciou suas atividades em 2007 e foi formalmente inaugurado pelo Presidente Lula em abril de 2008.



    Ademais, o Brasil desenvolve cooperação com países como o Afeganistão, com vistas a ajudar na reconstrução do país, pela introdução de novos cultivos e contribuir para a substituição do cultivo de papoula para produção de ópio. O Afeganistão manifestou interesse na cooperação brasileira para constituir um instituto de pesquisas agropecuária nos moldes da EMBRAPA, em estabelecer programas de apoio à agricultura familiar e melhorar as técnicas de cultivo afegãs.

  • Gabarito: CERTO

     

    Complementando ...

     

    Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata - Prova 1

     

    A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) tem sido, tradicionalmente, o principal agente brasileiro de cooperação em segurança alimentar e nutricional no âmbito da CPLP. CERTO

  • CERTO.

     

    A EMBRAPA está promovendo a expansão da cooperação técnica e científica para países africanos e asiáticos por intermédio de vários programas, dos quais a criação de Laboratório Virtuais (Labex). O objetivo dos Laboratórios Virtuais é promover o conhecimento mútuo do estado da arte das ciências agrárias, além de enriquecer a cooperação científica, tecnológica e de inovação. Atualmente, a EMBRAPA possui laboratórios virtuais na Coreia do Sul, na China, no Senegal, em Gana, no Mali, em Moçambique, além de França, Reino Unido, Panamá, Equador, Colômbia, Venezuela e Estados Unidos. A iniciativa, que visa fomentar a cooperação científica com outros países, teve início em 1998, com a abertura do Labex Estados Unidos.

     

     

    "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."


ID
712135
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação ao BRICS, ao BASIC e ao IBSA e a assuntos correlatos, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Correta: os blocos de fato possuem membros em comum (Índia, Brasil e África do Sul nos três) e discutem temas diversos relacinados à vida social, econômica e política (trasnversais). Entretanto, possuem fundamentações diversas. O BRICS tem vertente econômica e política (ex.: reformulação do FMI, reforma do CS da ONU, governança e segurança na internet e o Novo Banco de Desenvolvimento). O BASIC visa promover uma ação coordenada entre os países integrantes nos Acordos-Quadro de mudança climática. Por fim, o IBSA (ou IBAS) é um forum de diálogo entre as maiores democracias multiétnicas, visando promover cooperação técnica entre eles e dedicados a assuntos de desenvolvimento, especialmente no que concerne ao OD's pós-2015.


ID
712165
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2012
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Assinale a opção correta a respeito das relações diplomáticas entre Brasil e China.

Alternativas
Comentários
  • a) a embaixada da China no Brasil só foi acordada em 1974;

    b) Macau nunca foi Estado independente;

    c) correta;

    d) na ocasião, vice presindete fazia visita diplomática à China;

    e) o Brasil acompanhou o posicionamento americano à época, de manter Taiwan no CS, até 1971.

  •  Em 20 de outubro de 1971, o Brasil votou contra a admissão da RPC na ONU como legítima ocupante do assento destinado à China e da consequente retirada de Taiwan.

    Fonte: A política externa do regime militar brasileiro. Porto Alegre: Ed. Universidade UFRGS, 1998, p. 61-67. O Brasil e a China

  • Sobre o item A - o Brasil possuía relações com a China desde 1881, quando foi firmado o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre impérios, tendo as relações sido rompidas em 1949 com a Revolução Chinesa. As relações somente serão reestabelecidas em 1974, quando o governo de Geisel reconhece a RPC e rompe com Taiwan.


ID
740590
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os próximos itens, a respeito das relações do Brasil com os países do leste da Ásia

No âmbito da cooperação em ciência e tecnologia, Brasil e China decidiram recentemente interromper o programa espacial “Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres” (CBERS), mantido entre ambos os países desde a última década do século passado.

Alternativas
Comentários
  • "Em 2002, foi assinado um acordo para a continuação do programa CBERS, com a construção de dois novos satélites - os CBERS-3 e 4, com novas cargas úteis e uma nova divisão de investimentos de recursos entre o Brasil e a China - 50% para cada país. Porém, em função de o lançamento do CBERS-3 ser viável apenas para um horizonte em que o CBERS-2 já tivesse deixado de funcionar, com prejuízo para ambos os países e para os inúmeros usuários do CBERS, o Brasil e a China, em 2004, decidiram construir o CBERS-2B e lançá-lo em 2007. O CBERS-2B operou até o começo de 2010. 

    Os satélites CBERS-3 e 4 representam uma evolução em relação aos satélites CBERS-1, 2 e 2B. Para os CBERS-3 e 4, serão utilizadas no módulo carga útil quatro câmeras (Câmera Pancromática e Multiespectral - PAN, Câmera Multiespectral Regular - MUX, Imageador Multiespectral e Termal - IRS, e Câmera de Campo Largo - WFI) com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados. A órbita dos dois satélites será a mesma que a dos CBERS-1, 2 e 2B.
    O CBERS 3 foi lançado em 9 de dezembro de 2013, mas devido a uma falha ocorrida com o veículo lançador Longa Marcha 4B, o satélite não foi colocado na órbita prevista, resultando em sua reentrada na atmosfera da Terra.
    Após a falha do lançamento, Brasil e China decidiram antecipar o lançamento do CBERS-4 - originalmente previsto para dezembro de 2015 - para dezembro de 2014.Assim, em 07 de dezembro de 2014 o CBERS-4 foi lançado com sucesso da base de Taiyuan, localizada a 700 km de Pequim."

    FONTE: http://www.cbers.inpe.br/sobre_satelite/historico.php

  • Para conhecimento, já que o documento abaixo é datado de 2013 (depois da quetão).

    Em 2013, foi acordado entre o Brasil e a China o Plano Decenal de Cooperação Espacial 2013-2022, que prevê a continuidade do Programa CBERS e amplia a cooperação espacial a outros setores, como satélites meteorológicos, serviços de lançamento e formação de pessoal.


ID
740593
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2011
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Julgue os próximos itens, a respeito das relações do Brasil com os países do leste da Ásia

No âmbito das relações do Brasil com os países da península coreana, o Brasil abriu, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, embaixada em Pyongyang, ocasião em que apoiou as reivindicações territoriais norte-coreanas em relação à Coreia do Sul e o direito norte-coreano de desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos.

Alternativas
Comentários
  • "Colin lembrou que a embaixada brasileira foi aberta no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas que as relações foram estreitadas a partir do governo Lula (PT). “No Continente Asiático, China, Japão e Coréia têm uma relação econômica e politicamente importante com o Brasil”, salientou." (Fonte: http://www.camarablu.sc.gov.br/embaixador-do-brasil-na-coreia-do-norte-fala-sobre-carreia-diplomatica/)

  • ERRADO

     

    As relações diplomáticas entre o Brasil com a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) foram estabelecidas de 2001. A Embaixada do Brasil em Pyongyang foi instalada em 2009* e a Embaixada da Coreia do Norte em Brasília foi inaugurada em 2005. O Brasil é o único país latino-americano com Embaixadas residentes nas duas Coreias.

     

    *Governo Lula. 

     

    O Brasil estimula o diálogo e a negociação como meios para alcançar paz e estabilidade na Península Coreana e considera que ambas as Coreias devem ser atores protagônicos desse processo, sem prescindir do apoio da comunidade internacional – em particular, das Nações Unidas.

     

    Quando do lançamento de foguete norte-coreano (dezembro de 2012) e da realização de testes nucleares (fevereiro de 2013, maio de 2009 e outubro de 2006), o Brasil manifestou-se publicamente em favor do desarmamento e da não-proliferação de armas de destruição em massa, conclamando a Coreia do Norte a cumprir plenamente todas as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU e contribuir ativamente para criar as condições necessárias à retomada das negociações voltadas a assegurar paz a e a segurança na Península.

  • Prezados, 

    Data venia, mas em momento algum o enunciado faz referencia as relacoes diplomaticas entre os dois paises, e sim, na instalacao da embaixada. De modo que, ate ai a pergunta figura-se como correta. Entretanto, o erro esta na assertiva afimar que o governo Lula apoiaria as reivindicacoes territorias da Coreia do Norte. Fato que nao procede. 

    Ademais, o Brasil e favoravel a desnuclearizacao da Coreia do Norte. Inclusive como atestava o embaixador na epoca, Arnaldo Carrilho, a embaixada serviria como uma ponte para demover o governo Norte Coreano da criacao de armamentos nucleares. No mais, nao achei informacoes sobre se o brasil e favoravel ou nao a producao, para fins pacificos, de energia nuclear.

     


ID
1042807
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2013
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Na última década, a China tornou-se o principal parceiro comercial brasileiro, assumindo relevância crescente na agenda internacional política e comercial do Brasil. A respeito das relações bilaterais entre esses países, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Letra E.
    O apagão dos portos provocou cancelamento de carregamentos que abalam a competitividade no fornecimento de alimentos e, principalmente, a credibilidade junto aos importadores. A China cancelou importação de soja do Brasil por conta da demora nos embarques.

    http://knowtec.com/noticias/o-apagao-logistico-e-a-perda-de-competitividade/
  • Sobre a letra C: no site do Itamaraty não há menção de investimentos chineses nos setores citados na questão.

    "A China figura entre as principais fontes de investimento estrangeiro direto no Brasil, com destaque para os setores de energia e mineração, siderurgia e agronegócio. Tem-se observado, também, diversificação dos investimentos chineses no país para segmentos como telecomunicações, automóveis, máquinas e serviços bancários. Há importantes investimentos brasileiros na China, em setores como aeronáutico, mineração, alimentos, motores, autopeças, siderurgia, papel e celulose, e serviços bancários."

    http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4926&Itemid=478&cod_pais=CHN&tipo=ficha_pais&lang=pt-BR

  • a. Errado. Possibilidade de uso de moedas locais, mas não uso exclusivo.

    b. Errado. As exportações para a China sofreram medidas fitossanitárias que dificultavam a entrada de soja na China, por exemplo. Cuidar a expressão "regular incremento"...

    c. Errado. Investimentos chineses são em infraestrutura no Brasil, majoritariamente.

    d. Errado. China apoiou o Roberto Azevedo, mas não as sanções ao dumping cambial, pois ela mesma faz isso (câmbio manipulado).

    e. Certo. Custo Brasil: logística precária (fator estrutural).
    [fonte: aula de correções do Clio]


ID
1168864
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No que se refere à política externa da China, da Índia e do Japão e às suas relações com o Brasil, julgue (C ou E) os itens seguintes.


Brasil e China organizam sua parceria estratégica no marco da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, em cuja reunião mais recente se decidiu dedicar especial atenção aos segmentos de maior valor agregado, ao agronegócio e aos projetos-chave de energia e infraestrutura.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA 

    Desde o estabelecimento da Parceria Estratégica, em 1993, Brasil e China tem progressivamente intensificado o dialogo e intercambio de alto nível, ampliado o escopo da cooperação bilateral, aprofundado a confiança política mutua e mantido estreita coordenação em assuntos internacionais.

    Em 2004, os dois países criaram a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (doravante denominada Comissão de Alto Nível). Principal mecanismo institucional das relação entre Brasil e China, a Comissão de Alto Nível tem contribuído positivamente para promover uma cooperação abrangente e profunda de Longo prazo. Em abril de 2010, os líderes dos dois países assinaram o Plano de Ação Conjunta entre o Governo da Republica Federativa do Brasil e o Governo da Republica Popular da China 2010-2014 (doravante denominado Plano de Ação Conjunta), fortalecendo a orientação Estratégica para o desenvolvimento da Parceria Estratégica bilateral em áreas relevantes.

    Área Política
    Área Econômico-Comercial
    Área de Energia e Mineração
    Área Econômico-Financeira
    Área de Agricultura
    Área de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena
    Área de Indústria e Tecnologia da Informação:
    Área de Cooperação Espacial:  continuar e aprofundar a cooperação espacial. As Partes destacam o CBERS (“China-Brazil Earth Resources Satellite”) como um dos programas de cooperação tecnológica e científica mais bem-sucedidos entre países em desenvolvimento e reafirmam o desejo de expandir e enriquecer a cooperação no âmbito desse programa.
    Área de Ciência, Tecnologia e Inovação: áreas prioritárias de cooperação devem ser as de bioenergia e biocombustíveis, nanotecnologia e ciências agrárias, a fim de fortalecer a cooperação bilateral, a transferência de tecnologia.
    Área Cultural: começar consultas sobre o estabelecimento de um Centro Cultural Chinês no Brasil e um Centro Cultural Brasileiro na China; fortalecer o intercâmbio no campo da indústria cultural e encorajar a cooperação entre empresas culturais dos dois países.
    Área de Educação: realizar intercâmbios baseados no benefício mútuo, por meio da concessão de bolsas governamentais.


ID
1168894
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Acerca dos recentes desenvolvimentos no Oriente Médio, no Irã e no Iraque e das suas implicações para a política externa brasileira, julgue (C ou E) os itens seguintes.


O Brasil defende como solução para a questão palestina o reconhecimento de dois Estados, consideradas as fronteiras de 1967, por ser a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio.

Alternativas
Comentários
  • "capaz de atender aos anseios dos povos da região" foi "forcação"!!! Cada um dos dois lados quer que o outro desapareça.

  • Extraído do Site MRE:

    Em harmonia com os princípios estabelecidos pela Constituição Federal e pelo Direito Internacional, o Brasil apoia o direito de autodeterminação do povo palestino e uma solução negociada para o conflito com Israel que resulte em dois Estados, coexistindo pacificamente, lado a lado.

    Em dezembro de 2010, o Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 – iniciativa que foi seguida por quase todos os países sul-americanos. O Brasil apoiou e copatrocinou a Resolução 67/19 da ONU, que elevou o status da Palestina a Estado observador não-membro das Nações Unidas.

  • Capaz de atender aos anseios dos povos , por favor , Israel irá aceitar tal decisão é complicado .

  • "Será que alguém explica essa relação...

    ... a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio.
              ... um caso indefinido, uma nova paixão 
                        ... vai saber
                                   ...uouohouu"
  • "por ser a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio."

    Falso, essa solução não atende aos anseios dos povos. Os israelenses, por reiteradas vezes, elegeram o Likud, partido que defende a consolidação dos assentamentos judeus na Cisjordânia. Entre os árabes, de igual maneira, há grande hostilidade ao Estado de Israel, de tal modo que é frequente a defesa, em contextos políticos ou jornalísticos, da completa erradicação do projeto sionista no Oriente Médio.

    Obviamente, no entanto, há que se marcar certo, pois esta é uma óbvia questão destinada à autopromoção da posição brasileira.

  • Pra quem ficou em dúvida quanto a "a única capaz de atender aos anseios dos povos da região e de promover a paz duradoura no Oriente Médio", essa é uma prova de diplomacia, não de análise política e, por isso, o que importa é a posicionamento do Estado brasileiro, não o que os analistas de RI acham.


ID
1168903
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Com relação à evolução da política externa brasileira desde 1945 e suas principais linhas de ação, julgue (C ou E) os próximos itens.


Em articulação com outros países em desenvolvimento, o Brasil favorece um tipo de multilateralismo econômico em que, devido à sua presença majoritária, os países em desenvolvimento, pela maioria dos votos, logram obter seus objetivos comuns, como foi o caso dos contenciosos da gasolina contra a UE e do algodão contra o NAFTA, no âmbito da OMC.

Alternativas
Comentários
  • O contencioso da gasolina foi o primeiro da OMC (DS1 e DS2), envolvendo, de um lado, Brasil e Venezuela, e do outro, EUA.

    Questão errada!

  • Mas mesmo que haja erro na questão dos envolvidos no caso da OMC, o Mecanismo de Solução de Controvérsias não funciona mediante voto majoritário. A questão "confunde" multilateralismo econômico com solução pacífica de controvérsias, não?


  • O Contecioso do Algodão foi contra os EUA e não contra o NAFTA.


ID
1418185
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2014
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Considerando as ações da política externa brasileira a partir do início do século XXI, julgue o  item  seguinte. 

Nas questões afetas ao Oriente Médio e norte da África, o Brasil assumiu, no passado recente, posições dissonantes daquelas sustentadas pelos EUA em temas como a crise na Líbia, a crise na Síria, o programa nuclear iraniano e as condições para a criação de um Estado palestino independente.

Alternativas

ID
1626859
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2015
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Os BRICS, bem como outras economias de mercado emergentes e países em desenvolvimento, continuam a enfrentar restrições de financiamento significativas para lidar com lacunas de infraestrutura e necessidades de desenvolvimento sustentável. Tendo isso presente, temos satisfação em anunciar a assinatura do Acordo Constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento, com o propósito de mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos BRICS e em outras economias emergentes e em desenvolvimento. Manifestamos apreço pelo trabalho realizado por nossos ministros das finanças. Com fundamento em princípios bancários sólidos, o banco fortalecerá a cooperação entre nossos países e complementará os esforços de instituições financeiras multilaterais e regionais para o desenvolvimento global, contribuindo, assim, para nossos compromissos coletivos na consecução da meta de crescimento forte, sustentável e equilibrado.

Declaração de Fortaleza. VI Reunião de Cúpula dos BRICS (15 de julho de 2014).

No que se refere à Cúpula dos BRICS realizada em Fortaleza, julgue (C ou E) o seguinte item, tendo como referência o texto acima.

Juntamente com o Acordo Constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento, foi assinado em Fortaleza o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, com recursos iniciais da ordem de US$ 100 bilhões.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo


    De acordo com o Treaty for the Establishment of a BRICS Contingent Reserve Arrangement: 


    "This BRICS Contingent Reserve Arrangement ("CRA") is between the Federative Republic of Brazil ("Brazil"), the Russian Federation ("Russia"), the Republic of India ("India"), the People's Republic of China ("China") and the Republic of South Africa ("South Africa") (henceforth referred to, individually, as "Party", and collectively, as the "Parties"). 


    (...) 


    Article 2 - Size and Individual Commitments


    a. The initial total committed resources of the CRA shall be one hundred billion dollars of the United States of America (USD 100 billion), with individual commitments as follows:


    i. China – USD 41 billion
    ii. Brazil – USD 18 billion
    iii. Russia – USD 18 billion
    iv. India – USD 18 billion
    v. South Africa – USD 5 billion


    (...) 


    Done in Fortaleza on the 15th of July of 2014, in five originals in English, one for each Party."


    Fonte: http://brics.itamaraty.gov.br/pt_br/imprensa/comunicados-de-imprensa/218-tratado-para-o-estabelecimento-do-arranjo-contingente-de-reservas-do-brics-fortaleza-15-de-julho


  • Virou até Decreto:

     

    DECRETO Nº 8.702, DE 1º DE ABRIL DE 2016

     

    Promulga o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, de 15 de julho de 2014.

    A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição,

    Considerando que a República Federativa do Brasil firmou o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, em Fortaleza, em 15 de julho de 2014;

    Considerando que o Congresso Nacional aprovou o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, por meio do Decreto Legislativo nº 130, de 3 de junho de 2015; e

    Considerando que o Governo brasileiro ratificou o Tratado em 24 de junho de 2015, que entrou em vigor para a República Federativa do Brasil, no plano jurídico externo, em 30 de julho de 2015, nos termos de seu Artigo 23;

    DECRETA:

    Art. 1º  Fica promulgado o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, firmado em Fortaleza, em 15 de julho de 2014, anexo a este Decreto.

    Art. 2º  São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional atos que possam resultar em revisão do Tratado e ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do inciso I do caput do art. 49 da Constituição.

    Art. 3º  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

    Brasília, 1º de abril de 2016; 195º da Independência e 128º da República.

     

    Artigo 2 - Montante e Compromissos Individuais

    a. O total de recursos comprometidos inicialmente ao ACR será de cem bilhões de dólares dos Estados Unidos da América (US$ 100 bilhões), com os seguintes compromissos individuais:

    i.China – US$ 41 bilhões

    ii.Brasil – US$ 18 bilhões

    iii.Rússia – US$ 18 bilhões

    iv.Índia – US$ 18 bilhões

    v.África do Sul – US$ 5 bilhões

  • Questão correta.

    A cúpula de 2014 do BRICS, realizada na cidade de Fortaleza, teve como tema "crescimento inclusivo, desenvolvimento sustentável". O resultado principal da cúpula foi a criação das chamas "instituições de fortaleza". A primeira foi o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado com o intuito de mobilizar recursos para o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, e a segunda foi o Arranjo Contingente de Reservas (ACR), cujo objetivo era exatamente dispor de uma quantia em torno de 100 bilhões de dólares para apoiar tanto os países do BRICS quanto ações do NDB. Esses recursos mostraram-se muito úteis ao serem utilizados para equilibrar o balanço de pagamento dos países do grupo.

  • SOBRE O INCISO XX- depende de autorização legislativa ( não fala em lei específica).

    Obs: criação de subsidiáriasexigência de lei. Não precisa ser específica. A própria lei que institui a entidade principal pode autorizar a criação da subsidiária.


ID
2017507
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

Sob a vigência da Política Externa Independente, em 1961, o Brasil enviou à República Popular da China uma missão comercial chefiada pelo vice-presidente João Goulart, o que agravou a desconfiança dos militares e da direita brasileira para com Goulart.

Alternativas
Comentários
  • Correto. Foi durante essa viagem que o presidente Jânio Quadros renunciou, no dia 25 de agosto. Desgastado entre as principais lideranças políticas por conta de seus ataques ao Congresso e de sua reduzida disposição para negociações, a renúncia de Jânio foi prontamente recebida pelo plenário do Congresso Nacional. Os dias que se seguiram foram marcados pelo debate acerca da posse de João Goulart. Sua viagem à República Popular da China serviu de argumento para ligar sua figura ao comunismo e implicar a "inconveniência" de sua posse como Presidente da República. Ao final, a solução foi emendar o Regimento Interno das Casas Legislativas para alterar, às pressas, a Constituição de 1946 e permitir, sob parlamentarismo, a posse do Vice-Presidente eleito.

  • CORRETA.

    A aproximação do Brasil com a China é marcada por um dos episódios mais emblemáticos da história brasileira. Ainda sem laços diplomáticos com a China comunista, o então presidente Jânio Quadros enviou, em 1961, seu vice João Goulart, o Jango, em viagem oficial a Pequim. Com o vice no outro lado do mundo, Jânio renunciou à Presidência, numa jogada política que foi um grande fiasco e abriu caminho para o golpe militar, de 1964.

    http://noticias.r7.com/internacional/noticias/em-1961-janio-mandou-jango-a-china-e-renunciou-20110411.html


ID
2017510
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

Fernando Collor de Melo foi o primeiro presidente brasileiro a empreender visita oficial à China e à Ásia continental.

Alternativas
Comentários
  • Sarney foi o primeiro presidente brasileiro a visitar a antiga URSS. O encontro com Mikhail Gorbatchev iniciou o processo de abertura política com a Perestroika.

  • ERRADO

     

    1984 – Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China (maio)

     

    Collor não chegou a visitar oficialmente a China,

  • 1974 – Estabelecimento de relações diplomáticas (agosto)

    1982 – Visita do Ministro de Estado das Relações Exteriores Ramiro Saraiva Guerreiro à China (março)

    1984  Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China (maio)

    [...]

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4926&Itemid=478&cod_pais=CHN&tipo=ficha_pais

  • Geisel vai ao Japão antes

     

  • 1984  Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China 

  • Phillipe Lessa e GIANE GIBBERT, quase caí nessa pegadinha também: a questão fala em Ásia continental e o Japão fica na parte insular da Ásia, pois é uma ilha, logo a questão quer testar o conhecimento do candidato no tocante à visita de Figueiredo à China. 

  • Collor é o único presidente do período pós-88 a não visitar a China.

  • 1974 - "O Brasil reconhece a República Popular da China como "o único governo legal da China" e estabelece relações diplomáticas com Pequim (15 ago). Em consequência dessa adesão do Brasil ao princípio de "uma só China", são suspensas as relações diplomáticas com Taiwan e estabelecidas, em seu lugar, relações puramente comerciais (16 set). A RPC será admitida na ONU (26 out)." Cronologia das Relações Internacionais do Brasil. Eugênio Vargas Garcia


ID
2017513
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

No Brasil, a rigidez ideológica do regime militar, ainda sob o influxo da Guerra Fria, impediu que o país normalizasse suas relações com Pequim, o que somente se deu com a redemocratização, ocorrida em 1985.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO

     

    Em 1974 foram estabelcidas relações diplomáticas entre Brasil e China.

     

    Em 1982 o Ministro das Relações Exteriores Ramiro Saraiva Guerreiro visitou a China.

     

    Em 1984, foi a vez de João Figueiredo visitar oficialmente o país.

  • 1974 – Estabelecimento de relações diplomáticas (agosto)

    1982 – Visita do Ministro de Estado das Relações Exteriores Ramiro Saraiva Guerreiro à China (março)

    1984  Visita do Presidente João Baptista Figueiredo à China (maio)

    [...]

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4926&Itemid=478&cod_pais=CHN&tipo=ficha_pais

  • A rigidez ideológica do Estado brasileiro se manifestava sobretudo na questão interna, no palco internacional era regido por uma diplomacia mais independente.

  • "A lacuna mais evidente na rede de vínculos internacionais do Brasil era, porém, a República Popular da China. O caráter ideológico da nossa política externa anterior a 1974 havia levado o país a manter seu relacionamento político com Taipé e não com Pequim. Persistir em tal orientação seria incoerente tanto com o discurso diplomático e com os interesses econômicos brasileiros quanto com a tendência de quase todos os países a aceitarem o óbvio – que a China era a RPC e não Formosa. Passos no sentido do reconhecimento do governo de Pequim começaram a ser tomados ainda em março de 1974 e levaram ao estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países antes do fim do mesmo ano. A esperança de ampliar as exportações brasileiras para o vasto mercado chinês esteve certamente presente nas considerações de Brasília." Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) Volume I Crescimento, Modernização e Política Externa. 


ID
2017516
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2016
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Vistas sob a perspectiva histórica, as relações entre Brasil e China foram definidas como um demorado encontro. De 1843, quando foi instalado o consulado brasileiro em Cantão, aos dias de hoje, afastamento e aproximação deram a tônica desse relacionamento. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.

Em 1952, no auge da Guerra da Coreia, emblemática de um sistema mundial bipolar, o Brasil oficializou seu apoio à China Nacionalista, instalando embaixada em Taipé.

Alternativas
Comentários
  • Explica Tanguy que a Ilha de Taipé é Taiwan. Nesse momento, existiam duas Chinas: a China nacionalista, capitalista (Taiwan), que é próxima dos EUA; e a RPC, que é a China comunista. Nesse momento (1952 - Getúlio Vargas), que é um momento de Guerra Fria, o governo brasileiro era muito reticente quanto ao regime comunista, então apoia Taiwan. Já vinhamos apoiando Taiwan desde 1949, no governo Dutra, em verdade. O Brasil somente mudará seu posicionamento em 1974, no governo Geisel.

  • Gabarito: Correta

    Dutra (1946-1950): início da Guerra Fria, ele mantém o Brasil alinhado com os interesses estadunidenses, mantendo-se na esfera do capitalismo e afastando-se de qualquer influência socialista/comunista. Sendo assim, no campo interno houve uma intensa repressão ao Partido Comunista, cassando os mandatos dos políticos eleitos por esse partido (FAUSTO, 2009: 221-222). No campo externo, o Brasil rompeu suas relações diplomáticas com a URSS, em 1947, não reconheceu o governo comunista instaurado na Coreia do Norte em 1948, nem a República Popular da China, proclamada por Mao Zedong em 1949, mantendo relações diplomáticas com o governo nacionalista chinês, instalado na Ilha de Taiwan.

    Com Vargas, em 1952, o Brasil instala uma embaixada em Taipé (Taiwan) e declara que mantém relações diplomáticas com a República da China

  • A pegadinha da questão é a palavra "nacionalista".

  • -> China nacionalista - Partido do Kuomintang (KMT) - Chiang Kai-shek - China insular - Taiwan/Formosa/Taipei - República da China
    -> China comunista - Partido Comunista da China (PCC) - Mao Tsé-Tung - China continental - Beijing/Pequim - República Popular da China

  • CORRETO. REPUBLICA POPULAR = CHINA COMUNISTA E CONTINENTAL REPÚBLICA NACIONALISTA = CHINA CAPITALISTA E INSULAR = TAIWAN

ID
2790163
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Além de ser, no presente, a região de maior dinamismo econômico global, a Ásia é um espaço que abriga importantes dinâmicas políticas e de segurança que repercutem para além da própria região. Por essa razão, países que, a exemplo do Brasil, procuram, na maior aproximação com os países asiáticos, oportunidades de aprofundar sua inserção internacional devem considerar tanto os principais vetores das políticas externas na região como os antecedentes de seu próprio relacionamento no plano bilateral. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o próximo item.


A cooperação em agricultura e alimentação representa importante vetor da cooperação do Japão com o Brasil. Os resultados alcançados ensejaram o forte incremento das exportações brasileiras de alimentos para aquele país e a experiência adquirida serviu de base, a partir do ano 2000, para iniciativa conjunta de cooperação no campo da agricultura conduzida no continente africano.

Alternativas
Comentários
  • ANULADO.

     

    Gabarito preliminar alterado de C para deferido com anulação (justificativa do CESPE): O uso da expressão “a partir do ano 2000” prejudicou o julgamento objetivo do item.

     

    -----

     

    Ainda que Japão e Brasil cooperem nos campos de agricultura e alimentação, isso não se traduziu em aumento nas exportações de alimentos (notem que a assertiva é vaga, uma vez que não estabelece qualquer recorte temporal) e não suscitou cooperação técnica na África desde os anos 2000.

     

    Dividindo a análise da questão em partes.

     

    Primeiro, a parte correta. Segundo o site do MRE (ficha-país Japão - cuja leitura sempre recomendo):

    "A cooperação em ciência, tecnologia e inovação é ponto prioritário da agenda bilateral, ainda com grande potencial a ser explorado. Dentre as áreas mais promissoras, destacam-se tecnologias da informação e das comunicações; nanotecnologia; tecnologia aeroespacial; robótica; novos materiais, dentre outros [comentário: agricultura não figura como área promissora]. São exemplos bem-sucedidos de pesquisa científica conjunta as parcerias entre a EMBRAPA e o Centro Internacional Japonês para Pesquisas em Ciências Agrícolas (JIRCAS), na área de biotecnologia (...)".

     

    Segundo, os dados comerciais. Pelos dados do MDIC, temos o seguinte panorama sobre a exportação de alimentos (em porcentagem sobre o total):

    - Pedaços e miudezas comestíveis de aves (congelados): 12,1 (2012); 12,1 (2013); 15,8 (2014); 17,1 (2015); 15,5 (2016); 17,1 (2017), 14,2 (2018, jan/jun).

    - Milho em grão: 10,2 (2012); 11,3 (2013); 3,5 (2014); 9,5 (2015); 9,9 (2016); 8,6 (2017); 0,35 (2018, jan/jun)
    - Soja, mesmo triturada: 3,7 (2012); 4,1 (2013); 4,5 (2014); 3,8 (2015); 3,7 (2016); 3,3 (2017); 7,3 (2018, jan/jun)
    - Café não torrado: 7,0 (2012); 5,7 (2013); 7,3 (2014); 9,1 (2015); 9,0 (2016); 6,1 (2017); 6,6 (2018, jan/jun).

     

    Terceiro, a cooperação trilateral na África sobre agricultura. A rigor, ela não se inicia em 2000. Naquele ano, de fato, os governos de Brasil e Japão celebraram um convênio chamado "Programa de Parceria Brasil-Japão (JBPP)" para promover ainda mais a Cooperação Triangular.

     

    De acordo com o site da Japan International Cooperation Agency (JICA), contudo, os projetos de cooperação agrícola começam na segunda metade daquela década. O ProSavana (segundo o MRE, "uma das iniciativas mais bem-sucedidas" da cooperação triangular envolvendo Brasil e Japão no continente africano), foi inaugurado em 2009.

     

    (Prof. Guilherme Casarões)


ID
2790172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Além de ser, no presente, a região de maior dinamismo econômico global, a Ásia é um espaço que abriga importantes dinâmicas políticas e de segurança que repercutem para além da própria região. Por essa razão, países que, a exemplo do Brasil, procuram, na maior aproximação com os países asiáticos, oportunidades de aprofundar sua inserção internacional devem considerar tanto os principais vetores das políticas externas na região como os antecedentes de seu próprio relacionamento no plano bilateral. A respeito desse assunto, julgue (C ou E) o próximo item.


A parceria estratégica entre China e Brasil tem servido de plataforma para a crescente diversificação do seu relacionamento bilateral, cuja agenda alcançou temas que ganharam relevância ao longo da última década. Tradicionalmente marcadas pela prevalência de interesses econômico-comerciais e pela cooperação aeroespacial, as relações entre esses países têm privilegiado iniciativas conjuntas em áreas como meio ambiente, saúde pública e tecnologias sensíveis. 

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    Ainda que a primeira parte da assertiva esteja correta, é equivocado afirmar que "as relações têm privilegiado iniciativas conjuntas em áreas como meio ambiente, saúde pública e tecnologias sensíveis".

     

    Por partes: há, de fato, uma intensa cooperação na área ambiental, organizada no Grupo de Países BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China), estabelecido em 2007 para coordenar posições e formular propostas concretas relacionadas às mudanças climáticas.

    "O BASIC foi estabelecido em 2007 como espaço de discussão informal de negociadores sob a UNFCCC, e tem desempenhado papel importante na defesa de uma resposta internacional justa e efetiva à mudança do clima. Desde 2009, os ministros do grupo mantém reuniões regulares para compartilhar opiniões e traçar abordagem coordenada para as negociações. Essas ações têm estimulado maior nível de ambição no combate à mudança do clima e têm contribuído para priorizar a ação internacional nas necessidades financeiras, tecnológicas e técnicas para mitigação e adaptação nos países em desenvolvimento."

     

    Contudo, não se observa a mesma intensidade de iniciativas de cooperação e concertação nas áreas de saúde pública e tecnologias sensíveis.

     

    Sobre o primeiro tema (saúde pública), faz-se uma breve referência à criação da Subcomissão de Saúde na Ata da Quarta Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), realizada em junho de 2015.

    Na visita do presidente Michel Temer à China, entre agosto e setembro de 2017, assinou-se o Plano de ação entre o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Saúde e de Planejamento Familiar da República Popular da China na área da saúde para o período de 2018-2020.

     

    Sobre a questão de tecnologias sensíveis: elas são definidas por Moreira e Pirró e Longo (2010) como aquela "a que um determinado país (ou grupo de países) considera que não deva dar acesso, durante certo tempo, hipoteticamente por razões de segurança. Essas tecnologias dão origem a produtos sensíveis e/ou de uso dual" ("O acesso a Tecnologias Sensíveis", Tensões Mundiais, p. 74).

    Numa definição oficial, extraída do site do MRE, o Brasil conta com um sistema abrangente de controle de exportações de bens sensíveis, estabelecido pela Lei nº 9.112 de 1995, que abarca bens e tecnologias nos setores nuclear, químico, biológico, missilístico e de uso dual – ou seja, que embora normalmente tenham aplicações civis, também podem ser empregados para finalidades bélicas".

    À exceção da cooperação aeroespacial, cujo principal produto é o programa CBERS, Brasil e China não priorizam tecnologias sensíveis - até mesmo pela natureza dessas tecnologias, como se vê acima.

     

    (Prof. Guilherme Casarões)

  • As put by the previous commentary, there is a rightlighting attention for the environmental scope, by the way China has, giving more focus, been investing on the petroleum exploration in Brazil.

    Good studies!

    Would you like to share explations and related informations about the subjects as way to help to fix them? If yes, send me a message. Thanks.


ID
2790211
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2018
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

No discurso de abertura do Debate Geral da 66.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff afirmou: “apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional”. Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue (C ou E) o próximo item, a respeito da questão árabe-israelense.


O Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 e foi seguido por vários países sul-americanos.

Alternativas
Comentários
  • CERTO.

     

    O reconhecimento foi oficializado em dezembro de 2010, coroando um movimento de crescente ativismo, característico do governo Lula, da política externa brasileira para o Oriente Médio. De acordo com o site do MRE: "Em dezembro de 2010, o Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 – iniciativa que foi seguida por quase todos os países sul-americanos".

     

    (Prof. Guilherme Casarões).

  • Em dezembro de 2010, o Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 – iniciativa que foi seguida por quase todos os países sul-americanos. O Brasil apoiou e copatrocinou a Resolução 67/19 da ONU, que elevou o status da Palestina a Estado observador não membro das Nações Unidas.

    http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5629-estado-da-palestina

  • CERTO

    Em 2010, o Brasil reconheceu o Estado da Palestina com base nas fronteiras de 1967 (anterior a Guerra dos Seis dias). Essas fronteiras também são chamadas de "Linha Verde".

  • Correto.

    Conforme o manual de política internacional, temos:

    "Apesar destas resistências conhecidas, é preciso destacar que diversos países, incluindo o Brasil, já reconhecem o Estado palestino, inclusive de maneira formal (Esta posição é desenhada pela diplomacia brasileira desde a década de 1970. Dentre os principais marcos desta ação se encontram o reconhecimento da OLP desde 1975 como representante legítimo do povo palestino, a presença da Delegação Especial da Palestina desde 1993 no país com status diplomático e o tratamento de Embaixada concedido a esta Delegação em 1998 (NoTA 707, MRE, 2010).

    O Brasil também é observador da Liga Árabe desde 2003, mantendo uma postura de equilíbrio entre os interlocutores regionais. Para a evolução da questão em suas origens ver VIZENTINI, 1998), vide Nota no. 707 de 03 de Dezembro de 2010, intitulada “Reconhecimento do Estado Palestino nas Fronteiras de 1967”, publicada pelo Ministério das Relações Exteriores. Segundo a Nota, por meio de carta enviada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em 1º de dezembro, o Governo brasileiro reconheceu o Estado palestino nas fronteiras existentes em 1967.(...) A iniciativa é coerente com a disposição histórica do Brasil de contribuir para o processo de paz entre Israel e Palestina (...) e está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967. "

  • O enunciado tende a causar confusão pois o Brasil tradicionalmente não reconhece os territórios ocupados por Israel após a Guerra dos Seis Dias em 1967 e sim os limites estabelecidos em 1948. O governo Bolsonaro tende a ter uma postura pró israelense ( legitimando os contornos em vigor desde 1967 e a posse sobre Jerusalém ) mas nossa embaixada ainda permanece em Tel Aviv.

  • CERTO. Observação: Juan Manuel Santos (Colômbia), dias antes de concluir seu mandato, reconheceu o Estado Palestino. Desse modo, tal Estado agora é reconhecido por TODOS os países da América do Sul.

  • Recognition. Brazil recognizes the existence of the Palestinian State, with the borders of June 4, 1967, prior to the Six Day War between Arabs and Israelis, despite not having full diplomatic relations with the Palestinians.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_entre_Brasil_e_Palestina

    Bons estudos!

    Estou interessado desenvolver alguma ajuda mútua pelo whatsApp, como trocar explicações pessoais em áudio referente aos temas do edital( Em Portugueŝ e nos demais idiomas) e práticas relacionadas para auxiliar na preparação, se tiver interesse, envia mensagem no PV. Grato.

  • A diplomacia brasileira defende tradicionalmente a solução de dois Estados para a questão israelo-palestina, com base nas fronteiras de 1967.

    • 1947: Res/A/181 aprova o plano de partição da Palestina -> Brasil votou a favor e a sessão foi presidida por Osvaldo Aranha
    • 1948: Res/A/194: Brasil vota favoravelmente à conciliação do conflito (Guerra de Indep. de Israel) + direito de retorno dos palestinos
    • 1949: Brasil se abstém na votação que aprovou entrada de Israel na ONU + apóia criação da UNRWA
    • 1956: Crise de Suez; em razão de veto no CSNU por França e Inglaterra, o tema é levado à AGNU, onde o Brasil vota a favor da criação da UNEF I (envio do Batalhão de Suez, até 1967)
    • 1967: Guerra dos Seis Dias -> Res/S/242: Brasil ocupava assento no CSNU, votando a favor da resolução, que ordenava retirada de Israel.
    • 1975: segundo site do MRE "estabelecimento de relações entre Brasil e Palestina" (OLP designa representante em Brasília)
    • 1977: Res/A/43 (proclamação do Estado da Palestina) -> Brasil vota a favor
    • 1993: abertura da Delegação Especial Palestina em Brasília (status de OI)
    • 1995: Visita ao Brasil de Yasser Arafat
    • 2004: Brasil abre Escritório de Representação em Ramalá
    • 2010: Brasil estabelece relações diplomáticas com o Estado da Palestina (reconhecendo fronteiras de 1967)
    • 2011: Palestina elevada a status de Estado observador não membro da ONU (Res 67/19); Brasil votou a favor
    • 2018: Aloysio Nunes visita Israel e Palestina

    Governo Bolsonaro: alteração de algumas posições (parcialmente revertidas com mudança de chancelaria em 2021)

    • 2019: visita de Bolsonaro (apenas Israel) e abertura de Escritório Comercial em Jerusalém
    • Conselho de DH: em 2019 e 2020, o Brasil votou CONTRA resolução de condenação de Israel por violação de direitos humanos nos territórios palestinos e Jerusalém ocupada. Em 2021, o Brasil se abstém.
    • 4º Comissão da AGNU: Brasil votou CONTRA resolução que pedia investigação de violações dos direitos humanos de cidadãos palestinos por Israel (2019).


ID
3377158
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil possui uma extensa agenda internacional e construiu uma sólida inserção internacional que lhe facilita o relacionamento diplomático com quase todos os países do mundo. Acerca da participação brasileira na agenda internacional, julgue o item a seguir.


Não obstante seu caráter inicial de fórum de diálogo, que rapidamente evoluiu no sentido de se transformar em um mecanismo de cooperação em áreas com potencial de gerar resultados concretos para os países-membros, o BRICS já logrou criar duas instituições: o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que prioriza destinar recursos ao financiamento de projetos de infraestrutura, e o Arranjo Contingente de Reservas (ACR).

Alternativas
Comentários
  • O Acordo que criou o NDB foi assinado na Cúpula de Fortaleza, em 15 de julho de 2014, e entrou em vigor no dia 3 de julho de 2015. A sede do Banco é em Xangai, na China, e o primeiro escritório regional, em Johanesburgo, na África do Sul, se encontra em fase final de instalação.

    O NDB visa a prestar apoio financeiro a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, públicos ou privados, nos países do BRICS e em outras economias emergentes e países em desenvolvimento. O capital subscrito inicial do banco é de US$ 50 bilhões, havendo autorização para chegar a US$ 100 bilhões. 

    O Governo brasileiro, na condição de depositário do Tratado para o Estabelecimento de um Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS (CRA), registra com satisfação que foi concluído hoje o processo de recebimento das cartas de ratificação do referido Tratado.

    Assinado em 15 de Julho de 2014, na Cúpula de Fortaleza, o acordo entrará em vigor em 30 dias.

    O CRA tem por finalidade prover recursos temporários aos membros do BRICS que enfrentem pressões em seus balanços de pagamentos. O instrumento contribuirá para promover a estabilidade financeira internacional, na medida em que complementará a atual rede global de proteção financeira. 

    Fonte: site do Itamaraty.

  • Em primeiro lugar há que se definir o que se entende por BRICs e, quando e porque nasceu o acrônimo. No ano de 2001 o economista Jim O`Neill criou a expressão BRIC – Brasil, Rússia , Índia e China - para designar as economias que, segundo ele, eram emergentes e se tornariam potências por volta do ano 2050. 
    O grupo concentra algo em torno de 40% da população mundial, embora também quase a metade daqueles que, ao redor do mundo, estão submetidos à fome e à miséria. 
    Por iniciativa do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2006, BRIC deixou de ser apenas um termo para tornar-se um acordo internacional. No entanto, não forma um bloco como, por exemplo, o  Mercosul. Nesta época a África do Sul pediu entrada no acordo . Daí o acrônimo passou a ser BRICS – South Africa.
    Por não serem um bloco econômico, os BRICS não formam mercado comum, não tem acordos comerciais e alfandegários e, tampouco, uma política necessariamente comum entre os seus integrantes. Sendo um acordo internacional é um mecanismo de cooperação, em áreas que tenham o potencial de gerar resultados concretos às populações dos Estados integrantes.
    Desde 2009 os membros do BRICS fazem uma reunião de cúpula anual.
    Entre as resoluções bem sucedidas destas reuniões há a criação de duas instituições na área financeira: O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Arranjo de Contingentes de Reservas (ACR) A criação do banco objetiva responder ao problema global da escassez de recursos para o financiamento de projetos de infraestrutura. A proposta do ACR é assegurar liquidez para enfrentar crises na balança de pagamentos dos países do agrupamento. 
    Portanto, a afirmativa apresentada está correta. 
    RESPOSTA : CERTO
  • Achei que o ACR não fosse uma instituição


ID
3377161
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

O Brasil possui uma extensa agenda internacional e construiu uma sólida inserção internacional que lhe facilita o relacionamento diplomático com quase todos os países do mundo. Acerca da participação brasileira na agenda internacional, julgue o item a seguir.


Criado no final dos anos de 1990 com o objetivo de promover o diálogo político e a cooperação entre os países-membros, o Fórum de Cooperação América Latina-Ásia do Leste (FOCALAL) transformou-se em importantes arranjos regionais de liberalização comercial, entre os quais sobressaem a Aliança do Pacífico e a parceria estratégica CELAC-ASEAN.

Alternativas
Comentários
  • Tanguy Baghdadi professor

    A meu ver, errada.

    Não há ligação direta entre a FOCALAL e arranjos como a Aliança do Pacífico e aos

    contatos entre CELAC e ASEAN. Muito embora a FOCALAL tenho como um de seus

    objetivos a liberalização comercial, o link é muito difuso. Além disso, não há uma

    parceria estratégica entre CELAC e ASEAN, mas apenas o início de um contato

    birregional.

  • Outro erro é que sua criação ocorreu em 1999 e não 1990 como diz a questão.

    Bons estudos!

  • O Foro de Cooperação América Latina - Ásia do Leste (FOCALAL) é um mecanismo informal de cooperação internacional, criado em 1999. Seu objetivo fundamental é aumentar as oportunidades de diálogo e de cooperação entre Estados da América Latina e da Ásia do Leste. 
    Fazem parte do FOCALAL 36 países: 20 da América Latina, entre eles o Brasil e, 16 da Ásia do Leste, tais como Japão, Vietnã e Austrália. A cada dois anos há a Reunião de Ministros de Relações Exteriores, que é a mais elevada instância do mecanismo. A reunião é sediada uma vez em um Estado latino-americano e, a outra na Ásia do Leste. 
    Desde 2017 está em operação o Fundo FOCALAL, que visa financiar projetos que promovam a cooperação inter-regional, especialmente em comércio e investimentos. O Fundo é gerido pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e pela Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico (CESAP). 
    Já a Aliança do Pacífico é um bloco comercial latino-americano criado formalmente em 6 de junho de 2012 no Chile, mais especificamente em Antofagasta, durante a 4ª Cúpula da organização. Os membros-fundadores foram Chile, Colômbia, México e Peru. A Costa Rica incorporou-se ao grupo em 2013. Não há uma relação direta entre FOCALAL e a Aliança do Pacífico. 
    A ASEAN, por sua vez, é a sigla da Associação das Nações do Sudeste Asiático criada em 1967. Sua criação se deu a partir de um acordo entre Cingapura, Indonésia, Filipinas. Malásia e Tailândia. Os objetivos são: buscar um desenvolvimento econômico sólido e assegurar a estabilidade política na região. Hoje em dia fazem parte também Brunei Darussalam, Camboja, Laos, Mianmar e Vietnã.
     Percebe-se, portanto, que a ASEAN congrega unicamente países asiáticos. Não tem como proposta da associação o diálogo com estados latino-americanos. 
    Finalizando, a CELAC é A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) organismo internacional herdeiro do Grupo do Rio e da Calc, a Cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento. Foi criada a 23 de fevereiro de 2010. O Brasil foi membro fundador mas, em 2020, o governo Bolsonaro pediu a saída do país da organização. 
    Portanto, ao lermos a afirmativa apresentada na questão, depois de haver determinado cada um dos organismos e associações internacionais citados, percebemos que a relação apresentada não é verdadeira. A FOCALAL não exerce controle ou coordena ou criou a CELAC, a ASEAN ou a Aliança do Pacífico. A afirmativa é incorreta. 
    RESPOSTA: ERRADO.

ID
3377176
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As relações diplomáticas entre Brasil e Rússia foram estabelecidas em 1828, culminando em diversos acordos bilaterais ao longo dos anos. Em 2002, as relações entre os dois países foram alçadas ao patamar de parceria estratégica. A esse respeito, julgue o item a seguir.


A Coordenação dos BRICS tem como mecanismo principal a esfera da governança econômico-financeira e não da governança política.

Alternativas
Comentários
  • BRICS é o termo utilizado para a tradição de coordenação política entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Como você já deve ter percebido, o nome é referência as iniciais dos países envolvidos – vale lembrar que o S diz respeito à África do Sul em inglês (South Africa).

    Mas atenção: apesar de o BRICS ser um mecanismo oficial de cooperação entre os países integrantes, ele não é considerado um bloco econômico.

    Qual a diferença? 

    Diferentemente de blocos econômicos como a e o , o BRICS não possui um estatuto formal de regras ou uma carta de princípios. E também não possui um secretariado fixo e nem tem fundo próprio para financiar qualquer uma das suas atividades.

    Segundo os países integrantes, a intenção do grupo é manter uma aliança que ajude a alavancar a influência geopolítica destes países no mundo.

  • Bruno Rezende professor

    Parece-me errada a exclusão da governança política das áreas de atuação do BRICS. O

    texto do item parece ter sido retirado da página antiga do Itamaraty: “Com relação à

    coordenação dos BRICS em foros e organismos internacionais, o mecanismo privilegia a

    esfera da governança econômico-financeira e também a governança política”. O

    comunicado à imprensa divulgado ao final da Reunião dos Ministros das Relações

    Exteriores do BRICS de julho de 2019 faz referência, por exemplo, à “necessidade de

    fortalecer e reformar o sistema multilateral, inclusive a ONU, a OMC, o FMI e outras

    organizações internacionais” e à defesa de que a governança internacional seja “mais

    representativa e participativa” (http://www.itamaraty.gov.br.... De todo modo, a redação

    de “Coordenação” com letra maiúscula dá a entender que se trataria de um nome

    próprio, o que pode ter comprometido o julgamento do item pelos candidatos e, nesse

    caso, poderá ensejar eventual pleito de anulação.

  • "Desde a primeira cúpula, em 2009, o BRICS têm expandido significativamente suas atividades em diversos campos, mas foi o campo financeiro que garantiu, desde o início, maior visibilidade ao agrupamento. Os então quatro países membros passaram a atuar de forma concertada, a partir da crise de 2008, no âmbito do G20, FMI e Banco Mundial, com propostas concretas de reforma das estruturas de governança financeira global, em linha com o aumento do peso relativo dos países emergentes na economia mundial. " 

    A questão não diz que os BRICS não atuam em questões políticas, diz apenas que eles atuam principalmente em matéria econômico - financeira, o que me parece correto de acordo com o trecho retirado do site do Itamaraty. Além disso, as duas primeiras instituições do grupo são voltadas a temas econômicos - financeiros, sendo elas o Arranjo Contingente de Reservas e o Novo Banco de Desenvolvimento.

  • No século XIX (1828) são estabelecidas relações diplomáticas entre a Rússia e o recém independente Brasil. Até o início da Revolução Russa, em 1917, não há a assinatura de acordos de grande monta ou importância para o panorama internacional. Até mesmo porque o Brasil, jovem Estado então, pouco tinha a oferecer. As relações Brasil/Rússia foram rompidas em dois momentos e restabelecidas de forma mais sólida após o final do regime militar no Brasil.
    A cooperação russo-brasileira na política externa tem se baseado tradicionalmente na visão idêntica de muitos problemas da agenda global — antes de tudo, o fortalecimento do princípio coletivo nas relações exteriores, construção do mundo multipolar democrático  e pacificação de conflitos. Entre as áreas principais de cooperação se destacam a educação e cultura.

    Brasil e Rússia estão indicados no acrônimo BRICS, criado por por Roopa Purushothaman, que era assistente de pesquisa no relatório original da publicação Building Better Global Economic, de Jim O´Neill, em 2001. O termo designava as então consideradas potências emergentes que tinham possibilidade de superar até mesmo os EUA, além da União Europeia, por volta do ano 2050.

    O BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Na verdade o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. O grau de institucionalização, no entanto, vem se definindo à medida que os cinco países intensificam sua interação.

    Tal interação tem um caráter primordialmente político, desde a realização da Cúpula de Ecaterimburgo, em junho de 2009, com a participação de chefes de Estado e chefes de governo.
    As instituições que já foram criadas são de caráter econômico financeiro porém, o grande objetivo do BRICS é o de coordenação de políticas de forma a que seus membros tenham mais voz e vez na arena internacional. Por isso é justificada a associação posterior da África do Sul, apesar de sua economia ser menos dinâmica do que a dos outros países. Em termos geopolíticos é interessante ter uma “porta" de entrada para o continente africano.

    Por tudo que foi anteriormente dito, é possível perceber que a afirmativa, embora dúbia, está incorreta. O BRICS tem, mais do que tudo, uma conotação de governança  política.

    RESPOSTA: ERRADO
  • falou de bloco flaou de articulaçao politica

  • Por informação,

    Ao longo de sua primeira década, o BRICS desenvolveu cooperação setorial em diferentes áreas, como ciência e tecnologia, promoção comercial, energia, saúde, educação, inovação e combate a crimes transnacionais. Atualmente, essa cooperação setorial, que abrange mais de 30 áreas, traz importantes benefícios concretos para as populações dos países do agrupamento. É o caso da Rede de Pesquisa em Tuberculose, que visa a introduzir medicamentos e diagnósticos de qualidade a preços acessíveis.

    Fonte:http://brics2019.itamaraty.gov.br/sobre-o-brics/o-que-e-o-brics


ID
3377215
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.


As relações entre o Brasil e a China foram oficialmente instituídas por meio do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, em 1881 e, dois anos mais tarde, o governo brasileiro estabeleceu um consulado em Xangai.

Alternativas
Comentários
  • Bruno Rezende professor

    Certo.

    O Tratado de Amizade, Comércio e Navegação (1881) marcou o estabelecimento

    de relações diplomáticas entre o Império do Brasil e o Império da China. Em 1883, o

    primeiro consulado-geral do Brasil foi aberto em Xangai.

    “Em 1881, os dois países assinaram um tratado de amizade e de livre-comércio e

    navegação. O principal conteúdo do tratado era: (1) proclamação do estabelecimento

    oficial de relações diplomáticas entre os dois países (...). Em 1883, foi aberto o consulado

    brasileiro em Xangai.” (SHENG, Shu. A história da China Popular no século XX”, pp. 189-

    190)

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    SUPERÁVIT - US$ 17,655,8 MILHÕES

  • Em 1812 D. Maria I, rainha de Portugal, vivendo então no Brasil, importou mão de obra chinesa para o trabalho em plantações de chá, em região próxima ao Rio de Janeiro. Mas, esse não foi o início de um relacionamento oficial China/Brasil, até mesmo porque Brasil era parte do Império Português e não um Estado independente.
    Na segunda metade do século XIX, quando do encarecimento da mão de obra escrava, depois de 1850, o governo brasileiro buscou estimular a vinda de estrangeiros para trabalhar nas então crescentes lavouras de café. Por isso houve uma missão brasileira enviada para a China em 1879.
    Não houve a concretização de uma corrente migratória, pela proibição formal da China em permitir emigração para o Brasil. Entretanto, os dois países assinaram o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação em 1881, com o Brasil abrindo um consulado em Xangai em 1883. 
    Este relacionamento, embora de pouca monta, permanece até 1949, quando Mao tse Tung alcança o poder como líder da Revolução Socialista na China. O consulado em Xangai é fechado e é aberta uma embaixada em Taipei – na China Nacionalista. 
    O relacionamento diplomático foi restabelecido a partir de 1974. Hoje em dia a China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil.
    A partir do breve histórico apresentado podemos entender que a afirmativa apresentada na questão é verdadeira.
    RESPOSTA: CERTO
  • - 1881: estabelecimento de relações diplomáticas

    - 1949: Brasil não reconhece RPC e abre embaixada em Taipei

    - 1974: Brasil reconhece RPC e fecha embaixada em Taipei; no mesmo ano, reabre embaixada em Xangai

    - 1984: 1º visita presidencial (Figueiredo)

    - 1993: Parceria Estratégica

    - 2002: criação da COSBAN


ID
3377218
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.


Em 1992, durante a visita do primeiro-ministro da Índia Narasimha Rao ao Brasil, os dois países assinaram o primeiro acordo comercial, o qual incluía cooperação científica e tecnológica, sobretudo destinada aos setores farmacêutico e espacial.

Alternativas
Comentários
  • Bruno Rezende professor

    Errado.

    O primeiro-ministro indiano Narasimha Rao visitou o Brasil em 1992 para

    participar da CNUMAD, mas não houve a assinatura de acordo comercial nessa ocasião.

    (Fontes: https://concordia.itamaraty... e http://www.eoibrasilia.gov..... Além disso, o

    primeiro acordo de comércio entre Brasil e Índia foi assinado em 1968, durante a visita

    da primeira-ministra Indira Gandhi ao Brasil (Fonte: https://concordia.itamaraty....

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    DÉFICIT - US$ 469,5 MILHÕES

  • São exemplos de acordos firmados entre a Índia e o Brasil o Acordo sobre Cooperação nos Campos da Ciência e Tecnologia (1985), o Acordo sobre Cooperação em Assuntos Relativos à Defesa (2003), o Acordo-Quadro sobre a Cooperação nos Usos Pacíficos do Espaço Exterior (2004) e o Memorando de Entendimento para a Cooperação em Agricultura e Setores Afins (2008). A Comissão Mista de Cooperação Política, Econômica, Científica, Tecnológica e Cultural e as reuniões de consultas políticas são os principais mecanismos de coordenação do relacionamento bilateral. Existem também comissões bilaterais temáticas, como a de defesa, a de ciência e tecnologia e o mecanismo de monitoramento do comércio.

    Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5238-republica-da-india

    Bons estudos!

  • Historicamente o comércio direto entre os dois países se desenvolveu durante o período colonial. Ainda no século XVI Vários navios da “Carreira da Índia" saíam do porto de Goa e aportavam no Brasil para comerciar de forma ilegal com os colonos.
    No entanto, as relações Brasil/Índia só começam a tomar rumos considerados oficiais após a independência da Índia em relação à Grã -Bretanha. Isto, porém, não significou uma aproximação efetiva. Afinal, a Índia tinha uma aproximação bastante grande com a URSS e, na verdade, vivia em uma espécie de “ilha" diplomática, comerciando essencialmente com URSS e regiões de sua área de influência.
    Com o fim da URSS em 1991 e a mudança do modelo de política interna, a Índia passou a buscar novos parceiros comerciais e políticos. Também na década de 1990 o Brasil passava por transformações internas por conta do fim do regime militar e, em termos de política externa, investe mais nas relações sul /sul, entre Estados com posições semelhantes na arena internacional. 
    Aliás, essa vinha sendo a nova vertente da politica externa desde o governo Geisel: relações sul /sul a partir de uma visão multilateral das relações entre Estados. 
    Dentro deste contexto vem ao Brasil Narasimha Rao, primeiro ministro da Índia. Não ainda para uma visita oficial de seu país mas, para participar da Eco-92. E Eduardo Faleiro, ministro das Relações Exteriores da Índia comparece à posse do presidente Fernando Henrique Cardoso. 
    Percebe-se que, durante os anos 1990 houve uma maior aproximação entre os dois países. No entanto, apesar de ações positivas do governo brasileiro e, da aproximação clara da Índia, nada de concreto ou muito vantajoso aconteceu de fato na relação bilateral nesse primeiro momento. Quando da vinda do primeiro ministro da Índia em 1992 não há assinatura de acordos. Não ainda.
    A efetivação dessa aproximação  só se dá concretamente a partir de 2002 com a criação da Comissão Mista de Cooperação Política, Econômica, Científica, Tecnológica e Cultural, que se reuniria em Nova Delhi em 2003. 
    Portanto, a afirmativa está incorreta.
    RESPOSTA:ERRADO
  • O acordo com a Indira Gandhi em 1968 foi cultura e NÃO COMERCIAL, como a questão perguntou.

    Fonte https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2018/09/1968-primeira-ministra-da-india-chega-ao-brasil-e-assina-acordo-cultural.shtml

  • Acho que o mais óbvio é que não faz sentido uma acordo COMERCIAL tratar sobre COOPERAÇÃO CIENTÍFICA (em setores farmacêutico e espacial) - normalmente são feitos Acordos ou Memorandos de Cooperação. Ademais:

    • O 1º acordo comercial Brasil-Índia foi assinado em 1968
    • Há um ACP entre Mercosul e Índia (vigor desde 2009)
    • Há um ACFI entre Brasil e Índia (assinado em 2019, sendo o primeiro acordo em tema de investimentos com um país asiático); assinado na ocasião da visita de Bolsonaro à Índia (2019).

    Atualmente, o comércio com a Índia alcança recorde histórico (2021: 11,5 bilhões de fluxo, com aumento de mais de 60% em comparação a 2020), posicionando o país como 2º maior parceiro brasileiro na Ásia (ultrapassando Japão) e 5º no mundo. O Brasil tradicionalmente tem déficit com a Índia (exceções 2016-18), importando majoritariamente produtos da ind. transformação (medicamentos, químicos, combustível e tecidos) e exportando majoritariamente bens do setor extrativo (50% da pauta), destacando-se óleos brutos de petróleo, ouro e óleos vegetais.


ID
3377221
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.


A balança comercial do Brasil com a Coreia do Norte tem sido deficitária nos últimos anos, marcada pela importação de produtos manufaturados, como planos de ferro ou aço, bombas, compressores, ventiladores etc. e suas partes, entre outros.

Alternativas
Comentários
  • Bruno Rezende professor

    Errado. Como indica a página do Comex Vis, o Brasil teve superávit comercial com a

    Coreia do Norte em 2018, após três anos de déficits para o Brasil. Os produtos

    mencionados no item foram, de fato, os principais produtos de importação

    provenientes da Coreia do Norte em 2018 (Fonte: http://www.mdic.gov.br/come...

    Em minha avaliação, o termo "nos últimos anos" não seria cabível nesse caso, pois não

    deixa margem para a exceção do superávit comercial para o Brasil em 2018. O item veio

    certo no gabarito preliminar. De todo modo, considero que há possibilidade de pleitear

    a reversão do gabarito com base no superávit brasileiro em 2018 (dados disponíveis em:

    http://www.mdic.gov.br/come....

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    SUPERÁVIT - US$ 7,3 MILHÕES

  • Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, a Coréia do Norte ocupa a 153ª posição como parceiro comercial do Brasil, sendo o 178º nas exportações e o 102º nas importações em 2016. 
    Sendo o único país do continente americano a manter embaixadas nas duas Coreias, o Brasil foi, no ano de 2017, o 8º país que mais comprou produtos vindos da Coreia do Norte. É o que indicam dados compilados pela ONU. 
    No entanto, o volume de comércio exportador para a Coréia do Norte tem diminuído, principalmente se compararmos os dados atuais (pós 2016) com aqueles do ano de 2008, quando detectou-se um recorde no intercâmbio entre os dois países. Neste ano o intercâmbio comercial (soma das importações e exportações) foi quase 40 vezes maior do que o de 2017 (US$ 375,2 milhões). 
    Ao que tudo indica o empresariado brasileiro, que também busca mercados na Europa e na América do Norte, receia vender para a Coréia do Norte por acreditar que pode sofrer represálias. É preciso não esquecer as sanções estabelecidas pelos EUA à Coreia do Norte.
    A balança comercial tem-se apresentado, do lado brasileiro, deficitária nos últimos anos. Soma-se à questão de política internacional o fato do Brasil exportar para a Coréia produtos primários de baixo valor agregado – como café torrado, couros e carne bovina desossada por exemplo. Por outro lado, as importações são majoritariamente de produtos industrializados, como peças de computador ou, semi- industrializados. De qualquer maneira são produtos com maior valor agregado.
    A associação entre a questão de política internacional e o tipo de produtos comerciados entre Coréia do Norte e Brasil explica a balança comercial desfavorável para o Brasil. 
    A afirmativa está, por conseguinte, correta. 
    RESPOSTA : CERTO
  • Complementando: a MÉDIA SEMPRE ESTARÁ NA CALDA.

  • CUIDADO!! essa questão está desatualizada colegas.

    bons estudos

    fonte: tecconcursos


ID
3377224
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2019
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

A Ásia está na pauta da política externa brasileira desde o final do século 19. O Brasil adotou diferentes estratégias de negociação com os países asiáticos e foi incorporando-os à agenda diplomática de forma gradativa e com resultados distintos. A esse respeito, em que pesem as relações comerciais entre Brasil e Ásia, julgue o item a seguir.


O Brasil alcançou importantes superavits comerciais com o Japão na década atual, não obstante as exportações brasileiras para o país sejam majoritariamente compostas por produtos básicos – com destaque para minérios de ferro, carne de frango e milho em grãos.

Alternativas
Comentários
  • Tanguy Baghdadi professor

    Correta

    O Brasil tem tido superávits com o Japão, com exceção dos anos de 2008, 2009, 2015 e

    2018. Em 2015 e 2018, os déficits foram de menos de US$ 35 milhões. Em 2017, o

    superávit superou 1,5 bi, em um fluxo total de mais de US$ 9 bi.

  • SALDO BALANÇA COMERCIAL JAN-JUN/2020

    BRASIL X JAPÃO

    DÉFICIT - US$ 89,9 MILHÕES

  • A comunidade brasileira no Japão é a terceira maior que está no exterior – 200 mil pessoas. Em contrapartida, os descendentes de japoneses no Brasil formam um contingente de mais ou menos 2 milhões de pessoas. É a maior população de origem japonesa fora do Japão, que começou a chegar a partir de 1908. 
    A assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, em 1895, marcou o início das relações diplomáticas entre os dois países. A abertura recíproca de embaixadas aconteceu em 1897. O Japão tornou-se, então, o principal parceiro do Brasil na Ásia sendo que, desde 2014, mantém conosco uma Parceria Estratégica Global. 
    Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, no ano de 2018 o Japão foi o principal parceiro do Brasil na Ásia. As exportações brasileiras são compostas majoritariamente por produtos de baixo valor agregado: minérios, café, soja e milho em grãos além de carnes. Importamos produtos manufaturados cujo valor agregado é bem maior (máquinas, automóveis, instrumentos de precisão, produtos químicos e eletrônicos). 
    Porém, nos últimos anos o volume de comércio tem decrescido, assim como os investimentos japoneses no Brasil. Entre 2012 e 2016 o volume de exportações brasileiras decresceu 47,8% e as importações 53,9%. revelando o baixo desempenho das compras brasileiras de máquinas e automóveis. 
    Ao que tudo indica, uma das razões é o volume do comércio da União Europeia com o Mercosul. Os produtos japoneses sofrem a concorrência de automóveis, maquinário e eletrônicos vindos da Europa. Assim, embora as exportações brasileiras tenham diminuído, o que exportamos tem menor concorrência no mercado asiático e as nossas importações diminuíram ainda mais.
     Desta forma o saldo da balança comercial, que foi deficitário em 2015, tem sido positivo para o Brasil. Continuamos exportando commodities para o Japão mas, a diminuição das importações foi mais efetiva do que as exportações. 
    Daí podemos perceber que a afirmativa apresentada na questão é correta. 
    RESPOSTA : CERTO
  • cacete, 89?????

  • COMÉRCIO BRASIL-JAPÃO: superávit desde 2011 (exceções: 2015, 2018 e 2020).

    - 2021: aumento de 30% do fluxo.

    • 9º destino de exportações
    • 8ª origem de importações

    - X: 48% ind. transformação / ferro, carne de ave, café, alumínio, soja e milho.

    - M: 100% ind. transformação / veículos, plataformas, máquinas, químicos.


ID
5324677
Banca
IADES
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2021
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

As missões de paz representam uma das principais linhas de atuação diplomática do Brasil no campo da paz e da segurança internacional. Acerca da participação brasileira nessas missões, julgue (C ou E) o item a seguir.

Mesmo com o término da Missão das Nações Unidas de Estabilização no Haiti (MINUSTAH) em 2017, o Brasil continua contribuindo com as missões de paz que estão em andamento, principalmente no Oriente Médio e na África Subsaariana.

Alternativas
Comentários
  • São exemplos a UNIFIL no Líbano e a MONUSCO na Rep. Dem. do Congo.

  • Certo. Atualmente, o Brasil participa com 258 efetivos em nove missões das Nações Unidas (dados de março de 2020): UNIFIL (Líbano), UNMISS (Sudão do Sul), MINURSO (Saara Ocidental), MINUSCA (República Centro-Africana), MONUSCO (República Democrática do Congo), UNAMID (Darfur), UNFICYP (Chipre), UNISFA (Abyei) e UNMHA (Iêmen).