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ID
1073044
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de Cuiabá - MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito do Consumidor
Assuntos

Durante cirurgia de emergência, Marcos teve a perna amputada por Alexandre, cirurgião, para quem o procedimento extremo era necessário à salvação da vida de Marcos. Profundamente abalado, Marcos ajuizou ação de indenização contra Alexandre, que se defendeu afirmando ter agido com diligência, prudência e perícia. A versão de Alexandre foi comprovada por meio de prova pericial. Por outro lado, a prova pericial também comprovou que a amputação da perna de Marcos foi causada por Alexandre. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o pedido indenizatório deverá ser julgado

Alternativas
Comentários
  • Questão muito mal formulada, ora, em que pese o procedimento extremo (amputação) ter sido necessário à salvação da vida de Marcos, e que tenha sido realizado com diligência, prudência e perícia (conforme perícia), o examinador ao afirmar que "por outro lado,a prova pericial também comprovou que a amputação da perna de Marcos foi causada por Alexandre"  deu margem ao candidato entender que o Alexandre (médico) criou o risco, e, por tanto, deveria ser indenizado o paciente.

    quando li a questão imaginei a seguinte hipótese: X entrou no pronto socorro com a perna quebrada, porém, por causa do Médico, teve a perna amputada, em que pese, ter sido feita com sucesso a amputação (com diligência, prudencia e perícia).

  • Em que pese a questão ser muito mal formulada, verifica-se que vale a pena adicionar que o STJ reconhece a culpa provada nas obrigações de meio e culpa presumida nos casos de obrigação de resultado. Esta culpa presumida acarreta, tão somente, a inversão do ônus da prova quanto à culpa, ou seja, o profissional liberal teria  o ônus de provar que não agiu com culpa.

  • Entendi da seguinte forma. Marcos embasou o pleito indenizatório com base no abalo moral que lhe aflige em razão da imputação, e o pedido funda-se tão somente em razão da amputação, e não da necessidade ou não da amputação, e nem entra no mérito se o médico deu causa ao procedimento. Como o ordenamento jurídico pátrio veda decisões ultra petita e extra petita, o pedido formulado pelo autor deve ser julgado improcedente. 

    Como a questão pede que responda  de acordo com o CDC, devemos levar em consideração que via de regra, a responsabilidade do profissional liberal deve ser verificada sob ótica da culpa. 

  • Galera, questão mal formulada:


    Respondi por eliminação... 
    Contudo, gostaria de fazer uma observação: a assertiva não menciona o local em que foi feito o procedimento para salvar a vida de Marcos (a amputação de sua perna)... Pq isso? Simples, se foi em uma clínica ou hospital particular... ok, se aplica o CDC... questão correta!!!
    Mas... se foi em hospital público... não aplica o CDC... e sim o art. 37, §6º, CF.... continuaria improcedente (só que agora, responsabilidade objetiva)... devido a excludente de força maior... mas estariam todas as assertivas erradas...
    Claro que pelas as alternativas, o candidato deduziria que se tratava de lugar particular...
    Mesmo assim... "questãozinha" chata, viu?
    Avante!!!
  • CDC. Art. 14, § 4º - A responsabilidade pessoal dos Profissionais Liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

  • A questão trata de responsabilidade civil.

    Código de Defesa do Consumidor:

    Art. 14. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

    A) procedente, porque Alexandre exerce atividade que, por sua natureza, traz risco

    Improcedente, pois Alexandre comprovou não ter agido com culpa e porque a responsabilidade do profissional liberal é subjetiva.

    Incorreta letra “A”.

    B) improcedente, pois Alexandre comprovou não ter agido com culpa e porque a responsabilidade do profissional liberal é subjetiva.

    Improcedente, pois Alexandre comprovou não ter agido com culpa e porque a responsabilidade do profissional liberal é subjetiva.

    Correta letra “B”. Gabarito da questão.

    C) procedente, pois Marcos comprovou nexo de causabilidade e porque a responsabilidade do profissional liberal é objetiva.

    Improcedente, pois Alexandre comprovou não ter agido com culpa e porque a responsabilidade do profissional liberal é subjetiva.

    Incorreta letra “C”.

    D) improcedente, porque, embora objetiva, a responsabilidade de Alexandre foi elidida pela ausência de culpa.

    Improcedente, pois Alexandre comprovou não ter agido com culpa e porque a responsabilidade do profissional liberal é subjetiva.

    Incorreta letra “D”.

    E) procedente, porque Alexandre prestou serviço defeituoso, o que acarreta responsabilidade objetiva.

    Improcedente, pois Alexandre comprovou não ter agido com culpa e porque a responsabilidade do profissional liberal é subjetiva.

    Incorreta letra “E”.


    Resposta: B

    Gabarito do Professor letra B.