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ID
1083427
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China.

     O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás.

     Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.

     A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an - cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota - era a capital da China.

     As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.

     Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da costa.

     Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.

     O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai - e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez - é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.

     Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos.



(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

cruzando os desertos do oeste da China- que contornam a Índia - adotam complexas providências

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    São verbos transitivos diretos.

    obs: "Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas no, na, nos, nas."

  • Letra D:

    - cruzando-os = o pronome "os" exerce a função de objeto direito, ao substituir o complemento verbal não regido de preposição obrigatória.

    - que a contornam = "que" é uma partícula atrativa, de modo que ocorre a próclise, ficando o pronome "a" antes do verbo.

    - adotam-nas = após as formas verbais terminadas em som nasal, o pronome "as" assume a forma "nas".

  • Casos obrigatórios de PRÓCLISE:

    -> Palavras de sentido negativo (não, nem, jamais, nada...)

    -> Conjunções subordinativas (que, se, caso, quando, enquanto...)

    -> Pronome relativo (que, quem, onde, cujo, o qual, como)

    -> Advérbio curto sem vírgula (já, hoje, pouco, agora, ainda, também)

    -> Gerúndio precedido de em (em se tratando de)

  • Resposta: D

    cruzando (o quê? - VTD) os desertos do oeste da China- que contornam (O quê? - VTD) a Índia - adotam (O quê? - VTD) complexas providências 

    Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em: 

    •  a) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as 
    •  b) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam 
    •  c) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes 
    •  d) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas 
    •  e) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 



  • Só não entendo a segunda (que contornam a Índia), pois quando aprendi me ensinaram que sempre diante de um VTD terminado em "m" não se usa os átonos a(s), o(s), pois no lugar se acrescenta na(s), no(s). Mas pelo que vi então esta regra estaria errada. Se algum abençoado passando puder me ajudar com isso eu agradeço.

  • matheus, nesse caso o pronome relativo "que" torna a próclise obrigatória!

  • gab. D

  • Em “cruzando os desertos do oeste da China”, o termo sublinhado funciona como objeto direto do verbo “cruzar”. Dessa forma, deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “os”, resultando em “cruzando-os” ou “os cruzando”. Tanto faz posicionar o pronome antes ou depois da forma verbal, uma vez que nada há “forçando” a próclise (pronome antes do verbo) ou a ênclise (pronome depois do verbo).

    Em “que contornam a Índia”, o termo sublinhado funciona como objeto direto do verbo “contornar”. Dessa forma, deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “a”. Como há a presença do pronome relativo “que”, força-se a próclise (pronome antes do verbo), resultando na construção: “que a contornam”.

    Por fim, em “adotam complexas providências”, o termo sublinhado funciona como objeto direto do verbo “adotam”. Dessa forma, deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “as”. Este, ao se combinar com o verbo de final “-m”, se converte em “-nas” (= adotam-nas).

    Resposta: D

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Em caso de VTD com terminações S, R ou Z retire as terminações coloque -LO(s)/-LA(s)

    VTD com terminação em som nasal, mantenha as terminações e coloque -NO(s)/-NA(s)

    VTD com qualquer outra terminação coloque -O(s)/-A(s);

    VTI só em casos do pronome oblíquo -lhe

  • Em “cruzando os desertos do oeste da China”, o termo sublinhado funciona como objeto direto do verbo “cruzar”. Dessa forma, deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “os”, resultando em “cruzando-os” ou “os cruzando”. Tanto faz posicionar o pronome antes ou depois da forma verbal, uma vez que nada há “forçando” a próclise (pronome antes do verbo) ou a ênclise (pronome depois do verbo).

    Em “que contornam a Índia”, o termo sublinhado funciona como objeto direto do verbo “contornar”. Dessa forma, deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “a”. Como há a presença do pronome relativo “que”, força-se a próclise (pronome antes do verbo), resultando na construção: “que a contornam”.

    Por fim, em “adotam complexas providências”, o termo sublinhado funciona como objeto direto do verbo “adotam”. Dessa forma, deve ser substituído pelo pronome oblíquo átono “as”. Este, ao se combinar com o verbo de final “-m”, se converte em “-nas” (= adotam-nas).

    Resposta: D