SóProvas


ID
1137529
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
SMA-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            Livro, um alvará de soltura

            Costumo brincar que, para conseguir ler todos os livros que me enviam, só se eu pegasse uma prisão perpétua. Pois é de estranhar que, habituada a fazer essa conexão entre isolamento e livros, tenha me passado despercebida a matéria que saiu recentemente nos jornais (da qual fui gentilmente alertada por uma leitora) de que os detentos de penitenciárias federais que se dedicarem à leitura de obras literárias, clássicas, científicas ou filosóficas poderão ter suas penas reduzidas.
            A cada publicação lida, a pena será diminuída em quatro dias, de acordo com a Portaria 276 do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). No total, a redução poderá chegar a 48 dias em um ano, com a leitura de até 12 livros. Para provar que leu mesmo, o detento terá que elaborar uma resenha que será analisada por uma comissão de especialistas em assistência penitenciária.
            A ideia é muito boa, então, por favor , não compliquem. Não exijam resenha (eles lá sabem o que é resenha?) nem nada assim inibidor. Peçam apenas que o sujeito, em poucas linhas, descreva o que sentiu ao ler o livro, se houve identificação com algum personagem, algo simples, só para confirmar a leitura. Não ameacem o pobre coitado com palavras difíceis, ou ele preferirá ficar encarcerado para sempre.
            Há presos dentro e fora das cadeias. Muitos adolescentes estão presos a maquininhas tecnológicas que facilitam sua conexão com os amigos, mas não consigo mesmo. Adultos estão presos às telenovelas e aos reality shows, quando poderiam estar investindo seu tempo em algo muito mais libertador. Milhares de pessoas acreditam que ler é difícil, ler é chato, ler dá sono, e com isso atrasam seu desenvolvimento, atrofiam suas ideias, dão de comer a seus preconceitos, sem imaginar o quanto a leitura as libertaria dessa vida estreita.
            Ler civiliza.
            Essa boa notícia sobre atenuação de pena é praticamente uma metáfora. Leitura = liberdade. Não é preciso ser um criminoso para estar preso. O que não falta é gente confinada na ignorância, sem saber como escrever corretamente as palavras, como se vive em outras culturas, como deixar o pensamento voar. O livro é um passaporte para um universo irrestrito. O livro é a vista panorâmica que o presídio não tem, a viagem pelo mundo que o presídio impede. O livro transporta, transcende, tira você de onde você está.
            Por receber uma quantidade inquietante de livros, e sem ter onde guardá-los todos, costumo fazer doações com frequência para escolas e bibliotecas. Poucos meses atrás, doei alguns exemplares para um presídio do Rio de Janeiro, e sugiro que todas as pessoas que tenham livros servindo de enfeite em casa façam o mesmo. Que se cumpram as penas, mas que se deixe a imaginação solta.

            (Martha Medeiros - publicado na revista de O Globo, em 8 de julho de 2012, página 24.)


Dígrafos são grupos de letras que representam apenas um som da fala. Na palavra adolescentes há dois dígrafos, um consonantal e outro vocálico. Verifica-se o mesmo tipo de ocorrência na seguinte palavra:

Alternativas
Comentários
  • Língua - Dígrafos Vocálicos e Consonantais:

    Continuando a série revisão para a prova,heheheheh...vamos aos dígrafos( assunto fácil,mas se tu perguntares por aí o que é muitos nem fazem ideia - lembrando que ideia agora é sem acento).

    Dígrafo refere a som e grafia, isto é, duas letras que formam um único som. Assim, temos o dígrafo vocálico e o consonantal.

    Dígrafo Consonantal: Ocorre quando temos duas consoantes que formam um som: nh, ss,rr, sc,sç,xc,lh...

    Ex.: Milho, palhaço, naa, nascer, exceção, assado, carro...observe que quando pronunciamos esses termos as consoantes grifadas apresentam apenas um som, estejam ou não na mesma sílaba.

    Dígrafo Vocálico: O dígrafo vocálico não se dá por duas vogais,mas uma vogal seguida de M ou N, desde que a sílaba inicie pela vogal.Assim, pode aparecer no início de um termo ou não.

    Ex.: Ontem, antes, entrega,empresa, índio, umbú. ciência...quando uma vogal é seguida de M ou N é possível notar que a consoante apenas dá o efeito de esticar o som da vogal, tanto que não é possível saber se é M ou N , notamos apenas pelas regras( antes de P e B usa-se M e talz...).


  • Discordo completamente da resposta correta ser a letra a. A letra u em  "frequência" é pronunciada com clareza, diferente de, por exemplo: queijo.

  • A resposta correta é sim a letra A. Veja pela própria divisão silábica e sua pronúncia: FRE-QUEN-CIA OU CI-A.

    E dentre os dígrafos consonantais estão os grupos qu e gu. Não há o quê questionar...
  • QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO

    Nenhuma das alternativas há dois dígrafos, um consonantal e um vocálico. Pois a palavra FREQUÊNCIA, o U não é NULO, portando é pronunciado e não é um dígrafo, sim um ditongo crescente (Semivogal e Vogal). O dígrafo vocálico da palavra está no EN com som de ~ (TIL)..

  • Para os que não lembram de dígrafos vocálicos(como eu rsrs):

    https://www.youtube.com/watch?v=0jfiDqSqQF4
  • Daniel, segundo Fernando Pestana, no livro Gramática para Concursos, os dígrafos GU e QU só são dígrafos se seguidos da letra E ou I. Não faz nenhuma menção a outras particularidades.

  • Não há alternativa com dígrafo CONSONANTAL dentre as opções aqui apresentadas. Todas apresentam palavras com um dígrafo vocálico (am, an, em, en, im, in, om, on, um, un). Dígrafo é, explicando bem simplesmente, um grupo de duas letras que são pronunciadas como se fossem apenas uma (2 letras e apenas 1 som). Exemplos: bOMba /õ/, cONde /õ/, CHeiro /x/, GUeRRa /g/ e /r/, aSSaSSino /s/, sAN GUe /ã/ e /g/, QUeijo /k/, cOMpra /õ/, pENte /ê/ etc. Há dois grupos de dígrafos: VOCÁLICOS e CONSONANTAIS. Quando 'QU' e 'GU' forem dígrafos, serão do grupo dos dígrafos consonantais, como RR, SS, XC e outros. Embora haja a dupla 'QU' na opção "a", ela NÃO forma um dígrafo. E é bem simples provar: falamos "frequência" da mesma forma que falamos "queijo" ou "aqueduto"? Claro que não! Em "frequência" (/freKUêçia/) o 'q' e o 'u' têm fonemas distintos /k/ e /u/! Já em "queijo" (/Keiju/) e em "aqueduto" (/aKedutu/) , o 'q' e o 'u' têm o mesmo fonema, o mesmo som /k/. Então, colegas de estudos, NÃO há nenhum caso aqui de dígrafo consonantal! Assim como há 1 dígrafo vocálico (EN) na opção "a", há também 1 dígrafo vocálico nas demais opções: AN em "b", EN em "c" e "EM" na opção "d". Essa questão não é só passível de anulação, mas nula desde sua formação. 

    Quanto ao que disse o colega Leandro Vieira sobre "GU e QU só são dígrafos se seguidos da letra E ou I", cuidado! Não é bem assim! E por dois motivos: um motivo de ordem fonológica (para "gu" e "qu" serem dígrafos não basta virem antes de "e" ou "i", mas têm que ser pronunciados como se fossem apenas uma letra) e outro motivo de ordem prática, usual mesmo (existem palavras como "quota", que não têm "qu" seguidos de "e" ou "i", mas que formam sim um dígrafo). Estudemos, companheiros! Estudemos! Abraços.

  • Essa questão deveria ser anulada. Acertei, mas chutei do meio-campo. 

  • Escreva seuhttps://www.youtube.com/watch?v=aRbMolV5YqY comentário...

  • Pessoal sou inciante  mas,(FR encontro consonantal) e UÊ semi vogal +vogal,porêm,ditongo crescente e (CIA separado por ser semi-vogal+vogal sem acentuação.


  • Com certeza deveria ser ANULADA!

  • A letra "A" não deveria ser a resposta, pois, a palavra frequência não tem dígrafo consonantal. FRE (FR= Encontro consonantal perfeito "R"na mesma sílaba).

    QUÊN (o possível dígrafo consonantal não existe nesta, o QU soa e não deve ser considerado dígrafo, pois dígrafo é duas letras com um único som e nesta ocasião não ocorre isso (no QU) e ÊN= ocorre dígrafo vocálico).

    Com certeza deveria ser anulada!

     

     

    Gabarito "A" de acordo com a banca!

  • Ninguém diz freQEntar. A regra "qu seguido de e ou i é dígrafo" só é válida quando em harmonia com o conceito de dígrafo: "Duas letras com um único som" Neste caso QU de "frequentar" não formam um único som/dígrafo consonantal. Questão deveria ser anulada.

  • Frequência - /frecuÊcia/  [não ocorreu dígrafo no "qu" pois é possível ouvir o som de cada letra] assim como em: enquanto, aguento.

     

    Queijo - /keijo/  [ocorreu dígafro no "qu", duas letras emitindo um único som] assim como em: queria, mangueira, questão.

     

    Olha o nome da banca..... o sobrinho do parente comissionado deve ter elaborado a prova.

     

    E para o povo que adora babar ovo de banca... eu mostro a fonte...

     

    "Qu e gu: São dígrafos apenas quando seguidos de e ou i e quando não se pronuncia a vogal u: queda, guerra, quitanda, guito,… Qu e gu não são dígrafos quando seguidos de a e o (quase, quadro, aquoso,…) ou quando a vogal u é pronunciada (cinquenta, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar,…)." FONTE: normaculta.com.br/digrafo/

     

  • Acredito que esta questão deve ser anulada. Nenhuma das alternativa possui dois dígrafos. Na palávra Frequência, a letra "u" é pronunciada.

  • Não ocorre digrafo na palavra frequência, pois a letra U é pronunciada

     

  • QUESTÃO SEM RESPOSTA:

     

    - Em palavras como quatro, guaraná e escola, não encontramos dígrafos, porque qugu e sc representam dois sons. 

     

    FONTE: CURSO FLÁVIA RITA

  • GABARITO A - FREQUÊNCIA (ÊN = EI COM TIO NO "E")

    Acredito que o dígrafo consonantal refere-se ao encontro do "n + c", (da palavra frequência), já que "ên" é um dígrafo vocálico nasal (ein), podendo o "N" ser retirado da palavra na representação fonética, pela nasalidade da vogal "E".
    Ou seja, na mesma sílaba há o dígrafo consonantal + dígrafo vocálico nasal.