SóProvas


ID
1151449
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Prezados Senhores,


Desde maio de 2000, o filósofo Olavo de Carvalho tem escrito semanalmente artigos para o jornal O Globo e para a revista Época, nos quais tem abordado, de forma cristalina e muitas vezes contundente, sempre com impressionantes inteligência e erudição, temas fundamentais para o homem moderno, e principalmente pontos cruciais da história e da política nacional e internacional. Olavo tem sido um dos poucos se não o único intelectual brasileiro a analisar os problemas e a história do pensamento nacional por um ângulo que não seja o esquerdista, normalmente unilateral e engessado pelos dogmas marxistas. Se seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no mínimo nossa atenção. Mas Olavo tem sido uma “vox clamantis in deserto”. Em vez de encetar diálogos honestos e dignos, como convêm a todo intelectual digno do nome, seus artigos tem sido solenemente ignorados pela intelligentsia esquerdista, por motivos que podemos detectar, mas que não vêm ao caso agora. E, para nossa surpresa, justamente a revista Época, que vinha possibilitando a um número expressivo de leitores a oportunidade de ler os excelentes textos de O. de Carvalho, parece ter decidido impor-lhe o mesmo silêncio com que nossa intelligentsia tem “reagido” aos seus textos, vetando-lhe o artigo que seria publicado na edição de 03/11. Não podemos aceitar que uma revista prestigiosa como a Época, que vinha demonstrando ser imparcial e aberta às diversas tendências e enfoques de análise jornalística e intelectual, venha perpetrar tal censura (essa é a palavra) a um de seus mais importantes articulistas. Ressalte-se o fato de que na Época (e também em O Globo) os textos de Olavo saem (ou saíam?) sempre na sessão “Opinião”, o que exime a revista de qualquer responsabilidade ou compromisso com as ideias do articulista. Ainda assim seu último texto foi proibido. O que (ou quem) levou Época a tal decisão? Reconhecemos que os editores (e os donos) de um veículo de imprensa devem ter autonomia para decidir o que publicar, mas nos causa espécie o fato de um articulista acima da média ser sumariamente censurado, sobretudo nesse país em que a palavra “censura” se tornou um verdadeiro anátema, principalmente nos meios esquerdistas. Manifesto aqui o meu repúdio à censura imposta por Época ao filósofo Olavo de Carvalho, na esperança de que não percamos o privilégio e a oportunidade de ler, nessa conceituada revista, os textos de um dos maiores intelectuais que o Brasil já teve. Pois não será outro o requisito que diferencia um veículo de imprensa dos demais se não a imparcialidade.



Marcos Grillo/RJ
mgrillo@vento.com.br
Adaptado de http://www.olavodecarvalho.org/textos/


Em “Se seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no mínimo nossa atenção.”, o termo destacado exerce função de

Alternativas
Comentários
  • concessão - emborra, ainda que e conquanto.

  • não seria condicional??

  • Gabarito > E



    Conjunção Subordinativa Adverbial Concessiva: Introduz uma oração que expressa ideia contrária a da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.



    Se(ainda que)seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no mínimo nossa atenção.”



    Como o colega expressou, pode ser confundida com a "condicional", no entanto, seria errado tendo em vista que estaria indicando uma hipótese ou condição para a ocorrência de algo. Em outras palavras, o texto ficaria com o sentido próximo de:



    "A não ser que seu texto tenha essa única qualidade, merecerá nosso valor..."



    Boa batalha a todos!


  • banca doida 

  • Marcos, discordo. Se trocarmos o "se" por "caso" (como geralmente se faz nas conjunçoes condicionais) a frase teria sentido. "Caso seu texto só tivesse essa única qualidade..." ou seja, é ,sim, uma hipótese. SE o texto tivesse essa qualidade, mereceria nosso louvor.

  • Socorro! Como assim não é condicional?

  • Também vejo claramente como uma conjunção condicional. MUITA MACONHA, só pode...

  • Não é condicional porque não impede a realização da ação posterior. Tem que ver o contexto inteiro. Pode ser substituído por "Ainda que".

  • Achei que seria condicional

  • Não marquei porque é condicional...

  • MESMO QUE (AINDA QUE, ...) seu texto só tivesse essa única qualidade, já mereceria nosso louvor, ou no mínimo nossa atenção. (CONCESSIVA)

  • Observem a semântica do contexto e nao se precipitem achando que se trata de uma conjução condicional!

    Troque o SE pelo Ainda que, Mesmo que....

  • ridícula

  • marquei porque não tinha outra, mas a AOCP devia me dar uns bicos pra concurseiros duros como eu, pois garanto que tem concurseiro novato dando aula pros examinadores dessa banca de beira de esquina