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ID
116899
Banca
FCC
Órgão
TRF - 1ª REGIÃO
Ano
2001
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente
experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do
próprio organismo.
Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais
intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.


(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

Estão corretas as duas formas verbais sublinhadas na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) Se não nos convierem os exercícios intensos, abdiquemos deles.

    b) Quando uma experiência conter CONTIVER um risco, é preciso que a evitemos.

    c) Há pessoas que não se detém DETÊM nem mesmo diante do que fatalmente lhes trará malefícios.

    d) Para que não soframos com o excesso de ginástica, é preciso que nos instruemos INSTRUAMOS acerca dos riscos que representam.

    e) Quando havermos HOUVERMOS de colher os frutos da nossa imprudência, arrepender-nos-emos.
     

  • Se não nos convierem os exercícios intensos, abdiquemos deles. Correta

    Quando uma experiência conter (CONTIVER) um risco, é preciso que a evitemos.

    Há pessoas que não se detém (DETÊM) nem mesmo diante do que fatalmente lhes trará malefícios.

    Para que não soframos com o excesso de ginástica, é preciso que nos instruemos (INSTRUAMOS) acerca dos riscos que representam.

    Quando havermos (HOUVERMOS) de colher os frutos da nossa imprudência, arrepender-nos-emos.