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ID
1221535
Banca
PGE-GO
Órgão
PGE-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Direito Tributário
Assuntos

A propósito da vigência da legislação tributária, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D.

    a) art. 112 do CTN:

    Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:   I - à capitulação legal do fato;   II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;   III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;   IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

    b) Nessa assertiva deve-se atentar para a distinção entre vigência e eficácia das normas. Nesse sentido Ricardo Alexandre, explicando o princípio da anterioridade, afirma:"É fácil perceber que a regra não proíbe a vigência da lei que institui ou majora tributo no mesmo exercício de sua publicação, mas tão somente adia para o exercício subsequente a produção de efeitos dessa norma, ou seja, adia sua eficácia."

    c) art. 103 do CTN c/c art. 100, I do mesmo Código.

    Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:  I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação;  Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:  I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

    d) art. 105, CTN. Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. Assim, com base nos ensinamentos de Ricardo Alexandre, esse dispositivo traz a reafirmação do princípio da irretroatividade, cujo objetivo é afirmar que a regra é a impossibilidade de aplicação da legislação tributária para o passado (em relação a fato gerador que já tenha sido aperfeiçoado); 

    e) Roque Carazza entende que:: "Em suma, a medida provisória tem vida efêmera, já que caduca decorrido o prazo de aprovação. Como se isso não bastasse, se neste exíguo prazo não for convolada em lei, perde eficácia ab initio. Em outras palavras, a rejeição da medida provisória opera efeitos ex tunc, isto é, faz com que este ato normativo caia por terra e, com ele, todos os efeitos que eventualmente produziu; [...] a medida provisória não revoga lei que dispõe em sentido contrário. Apenas suspende-lhe a eficácia. A revogação dar-se-á quando a medida provisória for convertida em lei. E, ainda assim, se não houver nenhuma inconstitucionalidade a tisná-la. Não havendo conversão, tudo volta ao estado anterior. A lei, que não fora revogada, mas tivera sua constitucionalidade suspensa, volta a produzir todos os seus regulares efeitos".


  • A rigor, a alternativa A está incorreta. É clara a redação do art. 112 ao afirmar que normas sancionatórias devem ser interpretadas em favor do acusado QUANDO HOUVER DÚVIDA. Reiteradamente o STF tem afirmado que, não havendo dúvida, não há que se falar em interpretação mais benéfica. Além disso, há questões daqui que cobram este entendimento. Vide Q555424.

  • Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:

    I - à capitulação legal do fato;

    II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;

    III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;

    IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.

    bons estudos!