SóProvas


ID
1251400
Banca
FGV
Órgão
AL-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fora de foco 

      Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
      Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
      A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
      É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.

(O Globo, 21/11/2013)

“A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos”.

Nesse período, quanto à sua estruturação sintática, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • “A  legítima  busca  do  homem  por  descobertas  que  o  desassombrem  do  fantasma  de  doenças  que  podem  ser  combatidas  com  remédios e, em última  instância, pelo aumento  da  expectativa  de  vida  está  na  base  da  discussão  sobre  o  emprego de animais em experimentos científicos”. 

    Oração 1: A  legítima  busca  do  homem  por  descobertas está  na  base  da  discussão  sobre  o  emprego de animais em experimentos científicos


    Oração 2:  que  o  desassombrem  do  fantasma  de  doenças


    Oração 3: que  podem  ser  combatidas  com  remédios e, em última  instância, pelo aumento  da  expectativa  de  vida

  • Bom dia, tive dúvida nesta questão.

    Alguém poderia classificar as orações? 

    Obrigada.

  • Isabela, acho que as orações ficariam assim classificadas:

    A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças ... [ORAÇÃO PRINCIPAL]

    ... que podem ser combatidas com remédios ... [ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA]

    ... e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vidaestá na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. [ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADITIVA]


  • 1. "A legítima busca do homem por descobertas está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos" é a primeira oração.
    2. "que o desassombrem do fantasma de doenças" é a segunda oração.
    3. "que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida" é a terceira oração.
    4. a segunda oração traz o pronome relativo "que" (toda oração com pronome relativo explícito é subordinada adjetiva desenvolvida). Trata-se de uma subordinada adjetiva restritiva.
    5. A terceira oração do período em estudo também é subordinada adjetiva desenvolvida ( temos também uma restritiva )
    6. A principal da segunda oração é a primeira oração.
    7. A principal da terceira oração é a subordina adjetiva da primeira oração, ou seja, a segunda oração é subordinada adjetiva em relação à primeira e principal da terceira oração.
    8. Não há oração coordenada no período composto em estudo. Se as duas subordinadas adjetivas trouxessem pronome relativo retomando elemento da primeira oração, as subordinadas adjetivas SERIAM coordenadas entre elas próprias. Mas isso não ocorreu. 
    * A letra B é a resposta.

  • O gabarito seria a C, caso o texto estivesse assim:
    "e, em última  instância, PODEM SER COMBATIDAS pelo aumento  da  expectativa  de  vida"

  • Galera!!! Já é a terceira questão em que a resposta da banca diverge com a do QC!!!!!!

  • Interessante, eu interpretei como sendo a principal o seguinte trecho fora dos parênteses em verde:

    (Principal) A legítima busca do homem por descobertas ( que o desassombrem do fantasma das doenças - or adj. restritiva que podem ser combatidas com remédio - or. adj. restritiva) e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos.

    Interpretando aqui que o verbo esteja no singular (ESTÁ, embora fosse melhor 'estão') devido ao fato de os núcleos do sujeito não terem sido considerados cumulativos  : busca (ou,e) em última instância, aumento. A resposta, como já disseram, é a letra B.

     

  • gente, respondam e olhem o gabarito, tem diferança, isso não pode acontecer. nao pode! 

  • Concordo com o comentário da Dayane Pereira. Ali está a explicação da questão de forma detalhada! Parabéns!

     

    Não existe oração coordenada, pois há 3 orações, dentra as quais duas são introduzidas por pronomes relativos, sem nenhuma conjunção integrante ou vírgula entre orações que as caracterizassem coordenadas assindéticas.

  • é muito simples, toda oração tem verbo, então basta contar quantos verbos tem;

    desassombrem  

    podem  ser ( locução verbal = 1 verbo )

    está  

    total 3 verbos, 3 orações

     

     

  • Porque o E não é uma conjunção coordenada adtiva então?