A primeira alternativa está errada por que com o advento das
tecnologias de informação foi permitido, por exemplo, a comunicação em rede com
a finalidade de melhorar a eficiência da administração.
Na letra B), o erro está em dizer que com a globalização as
pressões são por “menor" competitividade. No caso, o correto seria dizer
“maior" competividade. No Brasil diversas empresas fecharam as portas por conta
do aumento da competitividade. Uma empresa de calçados em Franca - SP fechou as
portas por que não conseguiu superar os chineses na negociação para exportação de
calçados para os EUA. Enquanto a empresa brasileira precificava suas unidades a
19 dólares, a China oferecia um similar a 2,8 dólares. Independentemente do que
se fale sobre a questão trabalhista chinesa, o fato é que ela aumentou a
competitividade ao produzir calçados com valor. Este é apenas um exemplo entre
tantos que conferem à globalização o aumento da competitividade.
Na letra D), as “preocupações deletérias" significam
preocupações que corrompem e desmoralizam a ética, a transparência e a
inimputabilidade dos dirigentes políticos. O contrário é que podemos considerar
dentre as causas.
As duas crises do petróleo,
em 1973 e 1979, abalaram a economia global. A crise fiscal brasileira desde então só fez piorar. No
imaginário de quem viveu as duas últimas décadas do século XX não saem da
cabeça as expressões “Dívida Externa" e “Dragão da Inflação". Ícones da
recessão brasileira. Sobre as mudanças demográficas, destaco que impactam o
orçamento governamental uma vez que mais pessoas deverão ser atendidas por seus
programas. Outro ponto é que a população urbana ultrapassou a rural já na
década de 60 – censo de 2010 aponta para mais de 80% a população urbana no
país. Considerando ainda que a população urbana implica maiores gastos por
parte do governo (basta recordar as diversas obras estruturais que existem no meio
urbano quando comparados ao rural resultando em maior volume de gastos
públicos). Portanto, a letra E) é a resposta da questão.
Fontes:
Sobre as mudanças
demográficas outras consultas podem ser feitas no sítio do IBGE (www.ibge.gov.br).
Revista Época. Cadê a
fábrica que estava aqui? O exemplo de Franca mostra como a China está tirando
empregos do Brasil. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR73120-5994,00.html,
Acessado em 20 de março de 2015.
Bibliografia:
GIAMBIAGI, Fabio e Além,
Ana Claudia Duarte. Parte 2 - Finanças públicas no Brasil: 1980/2010, em: Finanças
Públicas: teoria e prática no Brasil. 4.ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
GABARITO: LETRA E
Segundo Bresser-Pereira (2001), a “grande crise” enfrentada pela nação brasileira começara nos anos 1980. Na verdade, a crise Brasileira teve início nos anos 1970, mas somente nos anos 1980 se tornou evidente, haja vista o descontrole fiscal em face do qual houve redução nas taxas de crescimento econômico, aumento do desemprego e elevados índices de inflação. Portanto, as causas foram: a crise fiscal do Estado; o esgotamento da estratégia de intervenção no mercado via substituição de importações; e a superação da administração burocrática, que, centralizada, tornou-se inflexível, cara e ineficiente.
FONTE: PALUDO, Augustinho