SóProvas


ID
1269133
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFMT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     Erradicar a fome

                                              Amarílis Lage, Bruno Algarve, Tarso Araújo e Alessandra Kalko.

          Coisas óbvias como o treinamento no campo reduziriam bastante o desperdício. Por exemplo: colocar todas as berinjelas com o caule na mesma direção, para que uma não machuque a casca da outra, evita que muitas estraguem. Em Maringá, no Paraná, uma campanha educativa fez a perda de soja cair pela metade em 18 anos.
          Muitas soluções são simples e baratas. A Embrapa ensina agricultores a fazer uma tenda de R$ 300 que não deixa hortaliças recém-colhidas estragarem com o sol e o calor. Já o Zeer é um cooler de baixo custo: um pote dentro do outro, com terra úmida no meio. Nele, as frutas duram cinco dias a mais.
          No século 19, a invenção dos enlatados revolucionou o abastecimento de comida no mundo, aumentando radicalmente seu tempo de conservação. Agora, um programa da União Europeia investe milhões em busca de embalagens do futuro. Pesquisa-se, por exemplo, modelos que identifiquem e matem bactérias no produto.
          Muitos alimentos estragam por falta de embalagens eficientes durante seu armazenamento e transporte. O arroz, por exemplo, dura seis meses numa saca comum. Mas pode durar o dobro numa versão criada pelo Instituto de Pesquisa Internacional do Arroz. Bastou uma camada extra de plástico e um fecho ziplock para reduzir a proliferação de insetos.
          Para não estragar vegetais, quanto menos manipulação, melhor. Uma saída para esse problema foi criada na Ceasa de Belo Horizonte, que administra um banco de caixas padronizadas de plástico. A ideia é que o produto possa ir do produtor ao mercado a bordo do mesmo engradado. Como se faz com as cervejas, por exemplo.
          A Ceasa do Rio combate a fome fazendo um sopão com os ingredientes encalhados, para distribuir aos pobres. Mas comerciantes não doam salgadinhos que sobram para não evitar processos em caso de intoxicação. Nos EUA, existe uma lei que impede essa situação e incentiva as doações diretas. No Brasil, há um projeto de lei com a mesma ideia, parado no Congresso desde 1997.
          No Brasil, algumas ONGs recolhem e doam alimentos saudáveis rejeitados pelos mercados por estarem danificados ou “fora do padrão”. Na Itália, o governo começou a privilegiar em seus contratos as redes que fizerem isso por conta própria. E, nos EUA, a Foodstar fez disso um negócio - oferecendo esses alimentos via internet e delivery, por preços econômicos.
          A Itália tem uma lei que torna obrigatório o desconto de pelo menos 50% em produtos cuja validade está próxima. O consumidor só precisa ficar atento para não comprar mais do que consegue aproveitar. Senão, o desperdício apenas se muda do mercado para casa.
          Um estudo publicado em janeiro estima que a causa de 40% do desperdício de comida é o apego dos consumidores a padrões estéticos. Legumes e frutas “fora do padrão” são recusados mesmo sendo saudáveis. E esse preconceito afeta toda a cadeia produtiva. Em Portugal, tentam reverter o problema com uma Feira da Fruta Feia.
          E se o pote de maionese aberto na geladeira avisasse quando está prestes a estragar? A escocesa Insignia Technologies lançou uma etiqueta que muda de cor conforme o produto “passa de fase”: recém-aberto, use logo e prazo expirado. Outros fabricantes têm tecnologias parecidas, mas ainda são todas caras. Para ficar mais barata, basta a ideia ser adotada em massa.

http://super.abril.com.br/alimentacao/ideia-79-erradicar-fome-766088. shtml

A expressão que NÃO funciona sintaticamente como objeto direto é

Alternativas
Comentários
  • LETRA C - SUJEITO

    “Bastou uma camada extra de plástico e um fecho ziplock..

    UMA CAMADA.....BASTOU

  • Pessoal, corrijam-me se eu estiver errada:

    Para facilitar, costumo verificar se o verbo precisa de algum complemento. O verbo "bastou" não precisa, pois é um VERBO INTRANSITIVO.

    Quanto aos demais, acredito que sejam O.D.

     

    :)

     


  • Verbo BASTAR: Intransitivo.

  • A meu ver a letra C trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva.

    "Bastou.....ISSO". (uma camada extra...).   Pois o verbo bastar está na terceira pessoa do singular.

  • Letra C

    Questão dificil q pega qualquer um q não tiver bastante preparado

  • uma camada extra de plástico e um fecho ziplock 
    é sujeito e não OD

  • É só perguntar ao verbo: O que bastou?

    R: uma camada extra de plástico e um fecho ziplock.. (SUJEITO)

  • É verbo intransitivo, ou seja, não precisa de complemento.

  • “Bastou uma camada extra de plástico e um fecho ziplock...” - "Uma camada extra e plástico e um fecho ziplok (sujeito) bastou (Verbo Intransitivo)...Resposta: C

  • Bastou = verbo intrasitivo.

  • Segundo C. P. Luft (Dicionário Prático de Regência Verbal, São Paulo, Editora Ática), o verbo bastar é:

    a) transitivo indireo, quando significa «ser suficiente»: «A/para bom entendedor, meia palavra basta.»

    b) transitivo indireto pronominal, com o sentido de «ser auto-suficiente»: «Eles bastam-se para as necessidades mais imediatas.»

    c) impessoal transitivo indireto, como expressão de inconformidade: «basta de reclamações!»


    Desse modo a opção C é a resposta pois o termo grafado em “Bastou uma camada extra de plástico e um fecho ziplock...” é o sujeito da da oração e não o objeto direto

  • Para saber se é VTD para passar as frases para a vos passiva:

    A) Os alimentos são oferecidos(...) É possível a conversão, portanto VTD;
    B) Uma etiqueta foi lançada pela (...). É possível a conversão, portanto VTD;
    D) Toda  a cadeia produtiva foi afetada por esse preconceito. VTD
    E) Tecnologias parecidas são tidas por outros fabricantes. (VTD).
    C) Verbo intransitivo. RESPOSTA.
  • c)

    a ordem está invertida. A ordem padrão é:
    Uma camada extra de plástico e um fecho ziplock bastaram.



  • TÊM não é verbo de ligação?

  • Nessas questões talvez seja uma boa ideia tentar mudar a classificação sintática de todas as construções destacadas - nesse caso, como estão pedindo os objetos diretos, tentar "transformá-los" em sujeitos funciona muito bem; você percebe que "uma camada extra de plástico e um fecho ziplock" é sujeito o verbo bastar. Não tenho certeza se funciona sempre, mas é um bom bizu.

  • bas·tar - Conjugar

    verbo intransitivo

    1. Ser suficiente.

    2. Satisfazer.


    "basta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/basta [consultado em 29-06-2016].

  • Alternativa C.

     

    Bastou é verbo intransitivo, não exige complemento.

  • Ordem direta! 

    Uma camada...(bastou) => VI

  • Um adendo:

    Sujeito composto posposto ao verbo tem-se concordância facultativa.

  • To há 2 semanas querendo entender essa de objeto direto e indireto...

    Esse professor em 1:48 conseguiu me explicar!

     

  • ''Se você não consegue explicar algo de forma simples, é porque você não entendeu de verdade''

    Nem com o comentário do professor consegui decifrar essa questão. Quem sabe dizer qual é o ponto chave para identificar a frase como sujeito? Visto que em todas as outras frases também se completam o sentido com ''isto''

  • O segredo é identificar o sujeito, logo, quem não for sujeito só pode ser objeto direto

  • “...oferecendo esses alimentos via internet e delivery...”

    ALGO

    “A escocesa Insignia Technologies lançou uma etiqueta...”

    ALGO

    “Bastou uma camada extra de plástico e um fecho ziplock...”

    O QUÊ?

    “E esse preconceito afeta toda a cadeia produtiva."

    ALGO

    “Outros fabricantes têm tecnologias parecidas...”

    ALGO

  • A alternativa (C) é a que não possui objeto direto, pois o verbo “Bastou” é intransitivo, neste contexto.

    É fácil perceber isso entendendo que ninguém basta algo, mas simplesmente que algo basta a alguém.

    Assim, o verbo “bastar” pode ser transitivo indireto (algo basta a alguém) ou intransitivo (algo basta).

    Esta última transitividade é a que se encontra neste contexto. O termo “uma camada extra de plástico e um fecho ziplocké o sujeito.

    Possivelmente você ficaria na dúvida do motivo de o verbo permanecer no singular, mesmo havendo um sujeito composto, isto é, com dois núcleos. Veremos na aula de concordância que o sujeito composto, quando posposto ao predicado, faz com que o verbo possa concordar com o núcleo mais próximo ou com a totalidade. Assim, tal verbo pode se flexionar tanto no plural quanto no singular.

    Fonte: Professor Terror

  • aquilo que basta, basta a alguém - pede complemento OI