Bem, vou contribuir com base em meus conhecimentos:
a)
Há um traço discursivo marcante de nosso tempo,
que merece investigação mais detalhada. Diria que se trata de um processo deeufemização. Suponho que esteja relacionado, de alguma forma, (FALTOU ESSA VÍRGULA_QUE JÁ COLOQUEI_ APÓS “RELACIONADO”, PARA MARCAR O ADJUNTO ADVERBIAL DESLOCADO NA ORAÇÃO) ao
ambiente cultural relativista, que desconfia de qualquer realismo, seja
epistemológico (quem pode garantir a mais mísera verdade sobre o mundo, se é
que ele existe?), seja ético (quem sabe o que é certo ou errado?).
b)
O exagero dessa posição consiste em sustentar
que a própria realidade não existe. Tudo seria efeito de discurso. Gente
bastante sem compromisso ri à socapa, em bares e em salas de aula, ou (PARECE-ME ESTAR INCORRETA ESTA VÍRGULA
ANTES DO “OU”, POIS SÓ SE USA ESTA VÍRGULA SE A CONJUNÇÃO ESTIVER REPETIDA NA
FRASE) em artigos eruditos das posições antiquadas dos realistas. É que, em geral, (TERMO DESLOCADO NA FRASE,
LOGO DEVE ESTAR ISOLADO ENTRE VÍRGULAS, ASSIM COMO COLOQUEI) esses “modernos” são também apolíticos,
o que sempre significa que fazem a política conservadora dominante.
c)
Correta!
d)
Palavras que designam pessoas afetadas por
certas doenças engrossam a lista: não há mais aidéticos, somente soropositivos, (DEVERIA SER EMPREGADO PONTO E
VÍRGULA) também não há mais surdos; (DEVERIA
SER EMPREGADO VÍRGULA) mas portadores de deficiência auditiva; não há mais
impotência, mas disfunção erétil; nem presos, só apenados; e os meninos presos, (ESTA VÍRGULA DEVERIA ESTAR EMPREGADA
APÓS “FUNDAÇÃO CASA” OU ENTÃO AUSENTE) na Fundação Casa são jovens em conflito
com a lei.
e)
O eufemismo é uma figura de linguagem clássica, portanto, (FALTOU A VÍRGULA_COMO COLOQUEI_ APÓS O “PORTANTO”,
VISTO QUE CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS DESLOCADAS SAO SEPARADAS POR VÍRGULA) o
fenômeno não é novo. De fato,
especialmente para evitar termos tabus, (FALTOU A VÍRGULA NO FINAL: ORAÇÃO
COM NATUREZA EXPLICATIVA, POR ISSO DEVE FICAR ISOLADA ENTRE VÍRGULAS) sempre se
enunciaram palavras atenuadoras. Em vez de morrer, os parentes falecem, ou
faltam. Ao lado do eufemismo, os jargões, principalmente os dos especialistas,
dos intelectuais ganharam destaque. Para os médicos, as pessoas não só não
morrem, elas, sequer falecem. Nem faltam. Elas “vão a óbito”.
FONTE: FERNANDO PESTANA, A GRAMATICA PARA CONCURSOS, 2013.
BONS ESTUDOS!