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ID
1354126
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tarefa

Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a não pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.

CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.

Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função sintática,

Alternativas
Comentários
  • Muito bem explicado, gostei!

  • Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam a introdução do argumento mais forte de uma sequência: enquanto o eu lírico mostra que aceita, por exemplo, não cuspir um fruto amargo, o argumento mais forte é a necessidade que sente em avisar aos outros quanto é amargo. Ele vê esse aviso como tarefa, como observado no título.

  • essa professora é de+

  • INCONCILIÁVEIS compromete a veracidade da letra B, opção que mais foi marcada

  • Conjunção coordenativa adversativa = introduzir o argumento mais forte

  • [A] A conjunção mas não tem esta função sintática de ligar verbos, mas orações ou ideias contrárias.

    [B] A conjunção vai ligar ideias opostas, mas em nenhum momento, neste caso, inconciliáveis, pelo contrário.

    [C] Correta. A conjunção mas liga um verso que expressa uma fatalidade, algo que pode acontecer na história de vida de qualquer pessoa, com outro verso que vai expressar o que deve ser feito o que pode ser feito, qual a tarefa que deve ser realizada a fim de melhorar o mundo em que se vive.

    [D] Não há enunciado introdutório no poema.

    [E] A conjunção não liga a intensidade dos problemas do mundo, nem seria esta sua função sintática.