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ID
1362883
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

Um pé de milho

Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana.

Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão,numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram ao chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem.É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.

(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há relação de causa e consequência entre as informações.

Alternativas
Comentários
  • a) Suas raízes se agarram ao chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis.  aditiva.

    b) correta.

    c) mas é diferente. = adversativo

    d) quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. = temporal.  errado.

    e) mas descobri que era um pé de milho = adversativo.  errado.

  • C) Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas...


    Como  ele mudou o pé de milho de lugar então as folhas secaram !





  • Letra B: Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa = CAUSA; Secaram as pequenas folhas = CONSEQUÊNCIA

  • O texto da alternativa 'b' deixa a impressão de que, em virtude da 'transplantação', as folhas secaram. A transplantação é a causa e a secagem é a consequência.


  • Já que Secaram as pequenas folhas, transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa.
  • Fiquei com dúvida na classificação da alternativa D, seria temporal (conforme nosso colega Maik) ou conclusiva? Parece que a conjunção "e" dá idéia de conclusão...

  • Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa tanto que secaram as pequenas folhas... 

    Tanto que / de modo que...

  • As folhas terem secado é consequência de se ter transportado o pé de milho

    O transporte do pé de milho é a causa que efetivou o secar das suas folhas

    Ao menos entendi assim...

  • "O fato de secarem as pequenas folhas fez com que transplantasse o exíguo canteiro na frente da casa".

  • Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa, de forma que secaram as pequenas folhas.

     

    Consecutiva. A causa foi a oração anterior :Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa

    consequência(resultado) gerado pela oração anterior : secaram as pequenas folhas.

     

    a) aditiva.

    b) correta.

    c)porém , no entanto, mas, entretanto, todavia (ADVERSATIVA)

    d) TEMPORAL

    e) porém , no entanto, mas, entretanto, todavia (ADVERSATIVA)

     

  • d) Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. (1º §)>> o e é aditivo, não trabalha relação de causa e consequência.

    Gabarito B

  • CAUSA: "Transplantei-o para o exíguo(pequeno) canteiro na frente da casa"

    CONSEQUÊNCIA: "...secaram as pequenas folhas."

  • O fato de... faz com que . Simples e sem frescuras ...

  • Causa - transplantar para o exíguo canteiro na frente de casa.

     

    Consequência - as pequenas folhas secaram.

  •  

    Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. (de modo que) Secaram as pequenas folhas

  • Causa e Consequência :

    Pense assim : O fato de  faz com que 

     

    Ex: Choveu e não pude sair

    O fato de ter chovido  fez com que eu não pudesse sair.

    Causa                              Consequência

  • GABARITO B

     

    O macete para quando pedirem a relação entre causa e consequência é colocar primeiro O FATO DE e depois FEZ COM QUE. Vejamos:

     

    O FATO DE Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa FEZ COM QUE Secaram as pequenas folhas... (1º §)

     

    Claro que a concordância verbal está roda errada, mas é só pra ver se o sentido é esse de causa e consequência.

     

      Ficaria então: O FATO DE ter transplantado para o exíguio canteiro na frente de casa FEZ COM QUE secassem as pequenas folhas.

     

     

    Bons estudos

  • Assertiva b

    Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Secaram as pequenas folhas... (1º §)

  • GABARITO B

     

    O macete para quando pedirem a relação entre causa e consequência é colocar primeiro O FATO DE e depois FEZ COM QUE. Vejamos:

     

    O FATO DE Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa FEZ COM QUE Secaram as pequenas folhas... (1º §)

     

    Claro que a concordância verbal está roda errada, mas é só pra ver se o sentido é esse de causa e consequência.

     

      Ficaria então: O FATO DE ter transplantado para o exíguio canteiro na frente de casa FEZ COM QUE secassem as pequenas folhas.

  • Secaram as pequenas folhas PORQUE transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa. Reescrever é vida.

  • GABARITO: B

    Dica:

    Pra ajudar a diferenciar causa X consequência:

    Toda consequência aceita um "por isso"

    Toda causa aceita um "porque".