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Segundo NETTO, entrou na agenda do Serviço Social a questão de redimensionar o ensino com vistas à formação de um profissional capaz de responder, com eficácia e competência, às demandas emergentes na sociedade brasileira... É nesse processo que foram ressignificadas modalidades prático-interventivas tradicionais e emergindo novas áreas e campos de intervenção, como o que se veio configurando, numa dinâmica que está em curso até hoje, um alargamento da prática profissional, crescentemente legitimado seja pela produção de conhecimentos que a partir dela se elaboram, seja pelo reconhecimento do exercício profissional por parte dos usuários.
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“A postura investigativa é
um suposto para a sistematização teórica e prática do exercício profissional, assim como para a definição de estratégias e o instrumental técnico que potencializam as formas de enfrentamento da desigualdade social” (Abepss, 1996,p. 67). A Pesquisa 16 em Serviço Social, é apresentada como uma das matérias básicas do curso.
Antes de se problematizar acerca da atitude investigativa no exercício
profissional do assistente social, é importante ter presente que o atual Código de Ética do Assistente Social prevê como um dos seus onze princípios funda- mentais a questão do compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual na perspectiva de competência profissional. Tal princípio remete ao que Battini (1994) propõe a denominada “atitude investigativa”.
Para se entender o que seria atitude investigativa, pode-se recorrer às metáforas do olhar do viajante turista e do viajante expedicionário. O que é um viajante turista?
No Dicionário de Língua Portuguesa Novo Aurélio Século XXI
,turista é aquela pessoa que faz turismo, enquanto turismo seria uma viagem ou excursão, realizada por prazer, a locais que despertam interesse. O olhar do turista divaga. O seu objetivo é o de passeio. Já na expedição o objetivo do viajante está ligado a explorar, pesquisar, estudar uma região, geralmente em caráter científico.
A questão que se coloca ao profissional, então, seria quando seu exercício profissional remete ao caráter turista ou expedicionário no cotidiano de trabalho? Depende da postura e do olhar. Pode-se referir a um profissional turista quando sua postura, como sujeito, não busca mergulhar no desconhecido; se o seu olhar é ingênuo e acomodado. Nesse caso, seu olhar apenas divaga e vagueia pela paisagem do seu ambiente de trabalho. Contudo, um profissional que se quer
de expedição possui uma postura investigativa, o seu olhar é crítico, exigente, seletivo, tem a pretensão de colher informações, saber mais. Nesse segundo caso, o olhar do profissional será curioso, inquieto e sensível.
fé um abraço
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Gabarito letra "A" - Conhecer para intervir.
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Como mais de 100 pessoas escolheram a letra C , acho legal deixar um adendo: serviço social não tem teoria própria.
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Letra A. aprendizado do dia: ler e resumir textos. Complementando o comentário anterior sobre a letra c:
" O Serviço Social é uma profissão – uma especialização do trabalho coletivo, no marco da divisão sócio-técnica do trabalho -, com estatuto jurídico reconhecido (Lei 8.669, de 17 de junho de 1993); enquanto profissão, não é uma ciência nem dispõe de teoria própria; mas o fato de ser uma profissão não impede que seus agentes realizem estudos, investigações, pesquisas etc. e que produzam conhecimentos de natureza teórica, incorporáveis pelas ciências sociais e humanas. Assim, enquanto profissão, o Serviço Social pode se constituir, e se constituiu nos últimos anos, como uma área de produção de conhecimentos, apoiada inclusive por agências públicas de fomento à pesquisa (como, por exemplo, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq). "
A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social∗ Por José Paulo Netto pág. 12, Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional Disponível em: www.scielo.br
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Gabarito
a
intervir na realidade analisada;
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A produção do conhecimento desabrocha em processos reflexivos do fazer profissional. Imclusive essa perspectiva se materializa no PEP juntamente com as instancias politico organizadoras e com a dimensão jurídico política.
W. Gontran
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Errei coloquei a letra C.
Pois, em um texto de Pesquisa e ProduÇão de conhecimento encontrei a seguinte citação de Jose Paulo Neto:
De acordo com Neto, ainda nos anos 70 quando, por decorrência da Reforma Universitária imposta pela ditadura o Serviço Social encontrou seu espaço legitimado na academia. Surgem os cursos de pós-graduação profissionais (primeiro os mestrados seguidos já na década de 80 pelo doutoramento)
no âmbito da pós-graduação, cujos primeiros frutos se colhem na passagem da década de 70 à de 80, que vai iniciar-se e, nos anos seguintes consolidar-se a produção do conhecimento do Serviço Social brasileira, num processo em que pela primeira vez a categoria principiou a sua acumulação teórica. O mais completo balanço quantitativo resultou de paciente pesquisa de Nabuco Kameyama, aponta 7 até 1997 a produção de 958 dissertações e 70 teses, parte das quais publicadas sob a forma de livros ou resumidas em artigos [...]. Um balanço dessa produção mostra que, apesar de muito desigual, ela engendrou uma massa crítica considerável, que permitiu a profissão estabelecer uma interlocução fecunda com as ciências sociais e, sobretudo, criar e revelar quadros intelectuais respeitados no conjunto da categoria e, inclusive em outras áreas do saber. (NETTO,1999, p.101)
fonte:http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo8/pesquisa-e-producao-do-conhecimento-uma-analise-reflexiva-no-ambito-do-servico-social.pdf
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De acordo com Paulo Netto, o Serviço Social não possui teoria e não é ciência. Essa é uma informação importante, pois nós bebemos das teorias existentes.