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ID
1502851
Banca
FGV
Órgão
DPE-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Debora e Roberto estão separados há três anos e possuem um filho em comum. Ela possui a guarda da criança e ele, o direito de visita, restrito aos finais de semana e mais um dia da semana. Contudo, Debora reclama que Roberto não vem cumprindo os horários, com atrasos que prejudicam os deveres escolares que o filho faz à noite. Por sua vez, Roberto diz que ela exagera em relação ao horário e que os atrasos são justificados. Ele sugere também pegar a criança na escola em vez de na casa materna, onde ele convivia com a ex-mulher.

À luz da psicologia jurídica voltada para a área de família, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O genitor que fica na residência com o filho tem mais facilidade de realizar o luto da separação, pois enfrenta diariamente a realidade na qual o ex-companheiro está ausente do lar doméstico.

( ) Os modelos rígidos, burocráticos e preconcebidos de visita podem criar dificuldades para o genitor descontínuo acompanhar e participar do desenvolvimento do filho.

( ) O paradigma de “visita" deveria ser modificado para o de “convivência", já que o significado de ir-ver ou inspecionar, presente no primeiro, não valoriza a ideia de intimidade, familiaridade, trato diário.

As afirmativas são, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • todas estão verdadeiras

  • Gostaria de uma fonte bibliográfica indicando a veracidade da primeira afirmativa. Eu imaginava o oposto e marquei-a como FALSA.

  • Aconteceu exatamente a mesma coisa comigo Keith!

  • Concordo com Keith! Nao considero certa a primeira afirmação, mesmo com o gabarito dizendo que sim. Eu faria um recurso.

  • Acredito que nem sempre o genitor que fica com o filho tem facilidade de realizar o luto da separação...caberia recurso!!!!

  • Miserável essa questão...determinista e subjetiva....Alguém sabe a referência da afirmação do primeiro item, por exemplo?

     

     

  • A referência para a primeira afirmativa está no livro "Psicologia Jurídica no Brasil", de Gonçalves e Brandão.

     

    Segundo Farkas (2003 apud Gonçalves & Brandão), existe um sentimento de perda por parte daquele que decide sair da relação, sendo difícil às vezes lidar emocionalmente com a renúncia à família e à convivência dos próprios filhos. Desse modo, a pessoa que fica na residência com os filhos tem, paradoxalmente, mais facilidade de realizar o luto da separação, pois enfrenta a realidade da ausência do ex-companheiro no dia-a-dia. Daí a importância em muitos desses casos de um outro local para o encontro do genitor descontínuo com os filhos, mesmo que para simplesmente pegar e trazê-los de volta.

     

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    Gabarito: A

  • Gab A, porém eu consideraria a primeira afirmativa como falsa e marcaria letra C.

    ( ) O genitor que fica na residência com o filho tem mais facilidade de realizar o luto da separação, pois enfrenta diariamente a realidade na qual o ex-companheiro está ausente do lar doméstico. Na teoria, afirma-se isso, porém na realidade considero algo subjetivo, pois só a pessoa sabe os sentimentos envolvidos no término da relação conjugal.

    ( ) Os modelos rígidos, burocráticos e preconcebidos de visita podem criar dificuldades para o genitor descontínuo acompanhar e participar do desenvolvimento do filho.

    ( ) O paradigma de “visita" deveria ser modificado para o de “convivência", já que o significado de ir-ver ou inspecionar, presente no primeiro, não valoriza a ideia de intimidade, familiaridade, trato diário.