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ID
1509466
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui­-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça - e isso perdurará enquanto o mundo for mundo -, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquista dos pela luta; seus princípios mais importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto na o utra segura a espada por meio da qual o defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de indivíduos desenvolve­-se
tran­quilamente e sem obstáculos dentro dos limites fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

Assinale a alternativa em que uma das vírgulas foi empregada para sinalizar a omissão de um verbo, tal como ocorre na passagem – A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito.

Alternativas
Comentários
  • A questão cobra o conhecimento de situações de uso da vírgula, vejamos...

    a) O direito, no sentido objetivo, compreende os princípios jurídicos manipulados pelo Estado. ( termo intercalado)

     b) Todavia, não pretendo entrar em minúcias, pois nunca chegaria ao fim. ( conjunção adversativa)

    c) Do autor exige­se que prove, até o último centa­ vo, o interesse pecuniário. ( aposto explicativo)

    d) É que, conforme já ressaltei várias vezes, a e ssência do direito está na ação. ( oração adverbial deslocada

    e) A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais, a outra. ( supressão do verbo voltar) - gabarito

    Bons Estudos!!!
  • A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais, (volta) a outra.

  • Marca a omissão da palavra - Elipse.

    No texto: A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito. Notem o que verbo ser (é) está suprimido na frase, a impotência (...) do direito. Trata-se de Elipse.
    A assertiva que encontramos essa situação é a da letra "E":A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais, a outra.. (volta) está suprimido na frase seguinte...a (...) outra. Sendo assim, pontuasse com vírgula para dar entendimento sem a utilização redundante do mesmo verbo.
    Exemplo: O galo come milho, o urubu, esterco. (come)

  • Caso clássico de Elipse!

    Gabarito e)

  • A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais, (volta) a outra.

     

    Gabarito: “E”

  • Elipse é uma figura de linguagem que acontece quando há a omissão de um termo que pode ser subentendido no texto. Neste caso, ocorre se uma palavra ou expressão for omitida e mesmo assim puder ser percebida como parte da oração. Vale acrescentar que esta palavra omitida, Não foi anteriormente citada e não torna a mensagem incompreensível.

     

    ALTERNATIVA E: A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais, (volta) a outra.

     

    Confira alguns exemplos de Elipse:

     

    “Na sala de aula, apenas cinco ou seis alunos.”

    (Neste caso foi omitido o verbo, mas ele está subentendido no texto. Compreende-se que “havia” na sala de aula apenas cinco ou seis alunos. Omissão do verbo haver)

     

    “Peguei de volta meu casaco.”

    (Foi omitido o pronome “Eu”, mas a frase é perfeitamente compreensível)

     

    “A cidade dormia, ninguém na rua.”

    (Aqui faltou o verbo “estava” que deveria estar escrito após o pronome indefinido ninguém. Apesar desta ausência entende-se inteiramente a frase.)

     

    “A vida talvez fosse boa, não houvesse tanta tristeza.”

    (Observe a ausência da conjunção “se”. Note que apesar disto, compreende-se a mensagem).

     

    “Sobre a cama, vestidos, casacos e meias.”

    Omissão do verbo haver. Sem Elipse seria: Sobre a cama, havia vestidos, casacos e meias.

     

    Fonte: https://www.figuradelinguagem.com/elipse/

  • Depois de tanto errar acabei aprendendo, rs. Vamoxxx lá amigoxxx

     

    A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada,(é) a impotência do direito.

     

    A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais,(volta) a outra.

     

  • , não entendi nada
  • GABARITO E

    A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada,(é) a impotência do direito. (supressão do verbo é)

     

    A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais,(volta) a outra. (supressão do verbo voltar)

  • GABARITO: LETRA E

    A elipse é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de sintaxe (ou de construção). Isso porque ela está relacionada com a construção sintática dos enunciados.

    Ela é utilizada para omitir termos numa sentença que não forem mencionados anteriormente. No entanto, esses termos são facilmente identificáveis pelo interlocutor.

    Exemplo: Comi no restaurante da minha avó na semana passada.

    No exemplo acima, sabemos que pela conjugação do verbo (primeira pessoa do singular), o termo omitido foi o pronome pessoal (eu). Esse caso é chamado de “elipse de sujeito”.

    Além da omissão do sujeito, a elipse pode ocorrer com outros termos da frase: verbos, advérbios e conjunções.

    Utilizamos essa figura de linguagem (ou estilo) cotidianamente nos discursos informais (linguagem oral).

    Ela é também muito empregada nos textos de modo a oferecer maior fluidez textual, evitando, por exemplo, a repetição de alguns termos nas frases. Importante notar que a ausência desses termos não interfere na compreensão textual.

    FONTE: TODAMATÉRIA.COM.BR

  • Exemplo de zeugma.

  • EAI CONCURSEIRO!!!

    Para você que vai fazer a prova para escrevente do TJSP e está em busca de questões inéditas, o PROJETO META 90 é uma apostila contendo 1410 questões INÉDITAS E COMENTADAS de toda a parte específica (disciplinas de Direito) cobradas no concurso de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo. Estou usando e está me ajudando muito, questões novas trabalham melhor a memoria. Fica minha indicação, pois a VUNESP e traiçoeira HAHAHA.

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  • 27 de Julho de 2019 às 15:01 

    não entendi nada

    10/10/2021

    Entendi e acertei...