SóProvas


ID
1519489
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 3

                                         Argumentação e cidadania

(1) Saber argumentar não é um luxo, mas uma necessidade. Não saber argumentar não seria, aliás, uma das grandes causas recorrentes da desigualdade cultural, que se sobrepõe às tradicionais desigualdades sociais e econômicas, reforçando-as? Não saber tomar a palavra para convencer não seria, no final das contas, uma das grandes causas da exclusão? Uma sociedade que não favorece, a todos os seus membros, os meios para serem cidadãos, isto é, para terem uma    verdadeira competência ao tomar a palavra, seria verdadeiramente democrática?
(2) A existência da retórica é largamente tributária do uso que lhe foi atribuído. Nascida em um contexto jurídico, no século V antes de Cristo, ela se estendeu rapidamente para o domínio político. Como nos lembra Pierre Oléron, a argumentação “só pode intervir se houver a aceitação prévia de que um debate seja aberto e se aquele que se propõe a defender ou a justificar uma posição tenha o direito de tomar a palavra". O sistema democrático constitui precisamente tal contexto e, a partir de então, a história da arte oratória quase se confunde com a história política.
(3) Os antigos romanos, inventores da república, compreenderam bem o caráter capital da argumentação, pois fizeram dela o núcleo definitivo de todo o ensino e o fundamento da cidadania. Deste ponto de vista, necessitamos ainda fazer alguns esforços para sermos modernos.
(4) Mas o exercício de uma argumentação cidadã é, ao mesmo tempo, bastante desviado pelas trágicas possibilidades de manipulação da palavra e das consciências, abertas pelas técnicas de comunicação do século XX, derivadas essencialmente da parte obscura dos antigos métodos da retórica. O poder da mídia, as sutis técnicas de desinformação, o recurso maciço à publicidade tornam cada mais necessária uma reflexão sobre as condições de uma palavra argumentativa oposta à   manipulação.

(Phillippe Breton. A argumentação na comunicação. 2 ed.Bauru: Edusc,2003,p.19-21.Adaptação)

No texto 3, consta o seguinte fragmento: “Como nos lembra Pierre Oléron, a argumentação “só pode intervir se houver a aceitação prévia de que um debate seja aberto”. O verbo sublinhado também estaria flexionado conforme a norma padrão na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Conjugação de Intervir = vir

    Presente do Indicativo
    eu intervenho
    tu intervéns
    ele intervém
    nós intervimos
    vós intervindes
    eles intervêm


    Pretérito Perfeito do Indicativo
    eu intervim
    tu intervieste
    ele interveio
    nós interviemos
    vós interviestes
    eles intervieram

  • Pensei no verbo vir. O deputado veio, logo interveio. Eu vim, logo intervim. A policia veio, logo interveio. Os professores vieram, logo intervieram. Tu veio, logo interveio. Assim, a alternativa "c" está correta.

  • a)O deputado interviu com veemência na assembleia.

    Ele interveio

    b)Eu intervi com veemência na assembleia. 


    Eu intervim

    c)A polícia interveio na hora mesma do crime.

    Correto

    d)Os professores interviram desde o início da sessão.

    Eles intervieram

    e)Tu interviste na hora certa?

    Tu intervieste

  • Mozart, gostei do teu raciocínio. Mas, fiquei me perguntando se funciona sempre.....

  • O verbo “intervir”, como “provir” e “advir”, deriva do verbo “vir”. Dessa maneira, fica fácil deduzir que se conjuga exatamente como o verbo de origem, mantendo seu comportamento irregular.

    Se dizemos que alguém veio, também devemos dizer que alguém interveio. É simples: basta conjugar primeiro o verbo “vir” (não “ver”) e, em seguida, acrescentar o prefixo “inter-”. Assim: ele veio/ ele interveio; se ele viesse/ se ele interviesse; se ele vier/ se ele intervier – e assim por diante.

    http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/verbo-intervir-e-derivado-do-verbo-vir.jhtm 

  • Verbo Intervir

    O verbo intervir, sendo derivado do verbo vir, deverá ser conjugado como este, com exceção da acentuação da 2.ª e da 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo: tu vens / tu intervéns; ele vem / ele intervém.

  • Pretérito Perfeito

    eu intervim

    tu intervieste

    ele interveio

    nós interviemos

    vós interviestes

    eles intervieram

     

    letra C