SóProvas


ID
1667713
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
− E se a vida for como um cardápio? A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o marido em estado reflexivo. − Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato que vai querer. Os dois haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu e o Redentor. − Rosinha, pense nas consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um cardápio, nós talvez estejamos escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com escargots. Experimentar sabores novos, mais sofisticados... − Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó. − E por que não seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção é válida, até prova em contrário. − Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente tem que ir buscar. A vida é mais parecida com um restaurante a quilo, self-service, entende? − Boa imagem. Concordo com o restaurante a quilo. É assim para quase todo mundo. Mas, quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos nos servir à la carte. Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções mais ousadas. − Alfredo, se você está querendo aventuras, variar o arroz com feijão, seja claro. Não me venha com essa conversa de cardápio existencial. Além disso, se a nossa vida virou uma buchada de bode, com quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot? − Querida, não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica. Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef, o criador do menu. − Alfredo, fofo, agora você viajou na maionese. É o cúmulo querer reconstruir o imaginário religioso baseado no funcionamento de um restaurante. Só falta você dizer que, nesse seu céu, os anjos são os garçons! Nesse momento, dois chopes desceram sobre a mesa. Flutuaram entre as mãos alvas, quase diáfanas, de um dos velhos garçons do Bar Lagoa. Alfredo e Rosinha trocaram olhares de espanto e antes que pudessem dizer que ainda não haviam pedido nada, o garçom falou com voz grave: − Cortesia da casa. Já olharam o cardápio?
(FARIA, Antônio Carlos de. "Cardápio existencial". Disponível em: ttp://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml)

Ninguém sabe de fato o que é a vida...

Querida, não reduza minhas ideias...

Podemos fazer opções mais ousadas.

Os trechos sublinhados são corretamente substituídos por pronomes em:

Alternativas
Comentários
  • Ninguém o sabe de fato


    Como saber que é "O" e não "A"?

  • Para sabermos se usamos o pronome "o" ou "a", basta descobrirmos a qual termo ele se refere:

    Ninguém sabe de fato o que é a vida... / note que o pronome se refere a toda expressão grifada e não à vida, logo deve ficar no masculino. Para ficar mais claro substitua a expressão grifada por "isso".

  • Gente, esse Bruno TRT posta cada coisa que só por Deus!!!!

    Algumas coisas até tem fundamento, mas outras...é um comentário pior que o outro. Ao invés de enriquecer os comentários, ele confunde e empobrece com os comentários errados e sem fundamentação teórica! É erro de pronome, de conjugação verbal...e por aí vai! Fica o alerta!
  • Ninguém sabe de fato AQUILO que é a vida. no caso 'aquilo' que seria o "O" ? Eu pensei assim alguem poder exclarecer se esta correto o pensamento ou nao ? 

     

    obrigado. 

  • "...o que é a vida" =  "...AQUILO que é a vida"
    Por isso é "...nínguem O sabe de fato..."

  • Não entendi esse O 

  •  

    Ninguém sabe de fato o que é a vida... 
    Saber = VTD
    ( o "de fato" está ali só para você achar que saber é VTI, mas nesse caso não é, inverta a frase para perceber: "ninguém sabe O QUE É A VIDA, de fato)


    Querida, não reduza minhas ideias... 
    Não = palavra atrativa, reduzir = VTD


    Podemos fazer opções mais ousadas
    Quem faz faz algo (VTD)

  • Poderia ser "podemo-las fazer" já que podemos fazer é uma locuçao verbal na qual FAZER é infinitivo?

  • Isaias de Cha Grande -PE.

  • Excelente o comentário do Isaias, agora não erro mais uma questão dessa!



  • Querida, não reduza minhas ideias... --> Palavra negativa atrai para antes do verbo 

    Podemos fazer opções mais ousadas--> Verbo fazer ..."R" devemos substituir por -las ou -los

  • GABARITO E.

    AVANTE....

  • Ainda não entendi esse "o" da primeira oração! se alguma alma bondosa puder me ajudar... mande por inbox, PLEASE???!

  • Explicando pra quem não entendeu e não é assinante.

    Nessa parte: Ninguém sabe de fato o que é a vida. 

    - Quando substituímos uma oração por pronome oblíquo átono, obrigatoriamente vai ser por “O” (masculino singular). Isso é regra gramatical. 

    Fonte: professor Alexandre Soares. 

  • Observem:

     

    Ninguém sabe de fato [o que é a vida]. 

     

    Observe que a parte destacada é uma oração. Substitua por isso que ficará mais fácil a visualização. A vida é ISSO. 

    A regra é que a estrutura oracional é masculino. Logo, usa-se O e singular / se o pedacinho como acima tiver um verbo. Por isso usa-se O.

    Ninguém o sabe de fato.

     

    Letra E. 

  • Na letra A toda a vez que substituir uma passagem oracional, deve-se substituir pelo o pronome oblíquo ''o''.

  • Quando vi que a letra A estava errada, fiquei desesperado kkk

  • "Ninguém sabe de fato isso." (masculino, sigular)

    "Ninguém o (masculino, sigular) sabe de fato." (pronome atrai a próclise)

     

    "Querida, não reduza minhas ideias." (feminino, plural)

    "Querida, não as (feminino, plural) reduza." (advérbio/palavra negativa atrai próclise)

     

    "Podemos fazer opções mais ousadas." (feminino, plural)

    "Podemos fazê-las (feminino, plural, verbo terminado em "r")  (não há palavra atrativa, portanto, ênclise obrigatória)

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: E

  • Letra E.

    Na primeira frase, o OD do verbo sabe é “o que é a vida”. A concordância do P. O. A. se dá com o pronome demonstrativo “o”, que antecede o “que” (isso já nos permite eliminar as letras a, b e c; na segunda frase, “minhas ideias” é OD de “reduza”, e há, antes do verbo, um fator de atração (isso nos permite eliminar a letra d). Por fim, “opções mais ousadas” é OD de “fazer”.

     

     

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana 

  • gab. E

  • A gente erra agora pra não errar na prova. Vida que segue!!!!!!!!!!!!!