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ID
1696339
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerar o texto II, para responder à questão .

Texto II: Terra, terra

De repente, a terra se faz lembrar. Acentua que não é necessariamente terra firme. E treme. Aterroriza, destrói, mata, mostra que o bicho-homem não manda nela. O terremoto no Nepal dói no mundo inteiro, em todos os habitantes do planeta Terra, por cima das distâncias e diferenças, solidários com as vítimas indefesas e impotentes. Vem somar uma catástrofe natural à catástrofe humana e histórica, perfeitamente evitável, dos imigrantes clandestinos, também impotentes e indefesos, que fogem de suas casas, deixam suas terras e morrem maciçamente no Mediterrâneo, milenar berço de civilizações transformado em túmulo de famílias desesperadas. São dias de chorar. Pelas vítimas do terremoto no Nepal. Pelos migrantes que se afogam no Mediterrâneo. E de tentar ajudar.
Outras línguas distinguem a terra que se move (como earth), da terra que se deixa (land), escorraçado pela guerra e pela miséria. Ou da terra (ground) que guarda o petróleo que tanto enriquece alguns e de onde pode brotar a água que nos faz viver mas ameaça sumir. Em português, juntamos tudo, entendendo que é uma coisa só. Mesmo distantes, errantes navegantes do planeta, jamais deveríamos esquecer — como na canção de Caetano.
Todo mundo tem o direito de poder ficar em sua própria terra natal, se quiser. É o que pede o coração. Um dos aspectos mais terríveis dessas migrações clandestinas africanas ou do Oriente Médio, incentivadas pelo tráfico ilegal para a Europa, é a mais absoluta falta de opção das vítimas. É revoltante saber que milhares de pessoas estão morrendo afogadas todo dia, por terem pago por essa viagem as economias de uma vida, depois de perderem casa, bens, terras, animais, plantações, para se apinhar com a família numas sucatas flutuantes, muitas vezes trancados num porão.

Ana Maria Machado. O Globo – 02/05/2015, 1º Caderno, Opinião. Fragmento

“a água que nos faz viver mas ameaça sumir". Ao substituir a conjunção em destaque por conectivo subordinativo, mantém-se a relação lógica existente nesse segmento, ao reescrevê-lo da seguinte forma:







Alternativas
Comentários
  • O que entendi a respeito da questão:

    "mas" está no grupo das conjunções coordenativas adversativas, porém ao fazer sua substituição por um conectivo subordinativo, como manda o enunciado, a palavra "embora" apesar de ser do grupo das conjunções coordenativas subordinativas concessivas, mantém a relação lógica da frase da maneira como está a alternativa C.
  • a) "uma vez que" oração subordinativa adverbial causal.

    b) "posto que" oração subordinativa adverbial concessiva.

    c) "embora" oração subordinativa adverbial concessiva. (questão certa)

    d) " a menos que" oração subordinativa adverbial condicional.

    O mas é uma oração coordenada adversativa, isto é, traz a ideia de quebra de expectativa. como aprendi com alguns comentários dos alunos do questões de concurso. além de trazer ideias contrarias destaca a mais importante.

    ex: maria acordou cedo, mas não foi trabalhar.

    Nas orações subordinativas adverbiais temos o de valor concessivo que pode trazer a ideia de quebra de expectativa, mas ela ressalta a menos importante.

    ex. Embora seja bom jogador, Lucas ficou no banco.

    Agora só não entendo por que não posso escolher a opção (b).

    alguém ajude-me!

  • Concessivas e Adversativas têm sentido lógicao de Ressalva, oposição.