SóProvas


ID
1794514
Banca
EXATUS-PR
Órgão
Prefeitura de Nova Friburgo - RJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                O que é... decisão

1º         No mundo corporativo, há algo vagamente conhecido como “processo decisório", que são aqueles insondáveis critérios adotados pela alta direção da empresa para chegar ____ decisões que o funcionário não consegue entender. Tudo começa com a própria origem da palavra “decisão", que se formou ____ partir do verbo latino caedere (cortar). Dependendo do prefixo que se utiliza, a palavra assume um significado diferente: “incisão" é cortar dentro, “rescisão" é cortar de novo, “concisão" é o que já foi cortado, e assim por diante. E dis caedere, de onde veio “decisão" significa “cortar fora". Decidir é, portanto, extirpar de uma situação tudo o que está atrapalhando e ficar com o que interessa.

2º        E, por falar em cortar, todo mundo já deve ter ouvido a célebre história do não menos célebre rei Salomão, mas permitam-me recontá-la, transportando os acontecimentos para uma empresa moderna. Então, está um dia o rei Salomão em seu palácio quando duas mulheres são introduzidas na sala do trono. Aos berros e puxões de cabelo, as duas disputam a maternidade de uma criança recém-nascida. Ambas possuem argumentos sólidos: testemunhos da gravidez recente, depoimentos das parteiras, certidões de nascimento. Mas, obviamente, uma das duas está mentindo: havia perdido o seu bebê e, para compensar a dor, surrupiara o filho da outra.

3º      Então Salomão, em sua sabedoria, chama um guarda, manda-o cortar a criança ao meio e dar metade para cada uma das reclamantes. Diante da catástrofe iminente, a verdadeira mãe suplica: “Não! Se for assim, ó meu Senhor, dê a criança inteira viva ____ outra!", enquanto a falsa mãe faz aquela cada de “tudo bem, corta aí". Pronto. Salomão manda entregar o bebê ____ mãe em pânico, e a história se encerra com essa salomônica demonstração de conhecimento da natureza humana.

4º       Mas isso aconteceu antigamente. Se fosse hoje, com certeza as duas mulheres optariam pela primeira alternativa (porque ambas teriam feito um curso de Tomada de Decisões). Aí é que entram os processos decisórios dos salomões corporativos. Um gerente Salomão perguntaria à mãe putativa A: “Se eu lhe der esse menino, ó mulher, o que dele esperas no futuro?" E ela diria? “Quero que ele cresça com liberdade, que aprenda a cantar com os pássaros e que possa viver 100 anos de felicidade". E a mesma pergunta seria feita à mãe putativa B, que de pronto responderia: “Que o menino cresça forte e obediente e que possa um dia, por Vossa glória e pela glória de Vosso reino, morrer no campo de batalha". Então, sem piscar, o gerente Salomão ordenaria que o bebê fosse entregue à mãe putativa B.

5º        Por quê? Porque na salomônica lógica das empresas, a decisão dificilmente favorece o funcionário que tem o argumento mais racional, mais sensato, mais justo ou mais humano. A balança sempre pende para os putativos que trazem mais benefícios para o sistema.

Max Gehringer, Revista Você S. A. Ano 5. Edição 43. São Paulo, Abril, jan./2002. P. 106.

 Analise as afirmativas referentes a classes e funções de palavras e expressões retiradas do texto:

I - O vocábulo “o" em “chama um guarda, manda-o cortar o corpo ao meio (3º parágrafo) é pronome pessoal do caso oblíquo em função de objeto direto". 


II - O vocábulo “que" em “... os putativos que trazem mais benefícios para o sistema" (5º parágrafo) é um pronome relativo em função de sujeito.

III - Os vocábulos “das empresas" em “na salomônica lógica das empresas" (5º parágrafo) é uma locução adjetiva em função de adjunto adnominal.

Quais afirmativas estão corretas? 

Alternativas
Comentários
  • Letra D - Todas estão corretas. Vamos destrinchar:


    I- Então Salomão, em sua sabedoria, chama um guarda, manda-o cortar a criança ao meio. 

    Salomão manda "ele" cortar a criança. 

    Salomão manda o quê? "ele" - objeto direto, OK.


    II-  A balança sempre pende para os putativos que trazem mais benefícios para o sistema.

    A balança sempre pende para os putativos (aqueles que, os quais) trazem mais benefícios para o sistema. Pronome relativo, OK.

    Quem "trazem" mais benefícios para o sistema? os putativos. - função de sujeito, OK.


    III- Porque na salomônica lógica das empresas.

    Lógica "delas", posse. Adjunto adnominal, OK

    Portanto, todas estão corretas :D
  • Não entendi o item III

  • Anne Sampaio, assista a este vídeo e nunca mais errará questões de complemento nominal e adjunto adnominal.

    https://www.youtube.com/watch?v=tn2LgYf8WAY

  • LEMBRE-SE : ADJUNTO ADNOMINAL TEM UM SENTIDO ATIVO OU DE AGENTE ( leia a frase bem devagar e tente interpretar assim. ) , JÁ O COMPLEMENTO NOMINAL É TIDO COMO VALOR PASSIVO ( sobre a ação ).


    Eu tenho orgulho da Mariana ( preste atenção que a Mariana, a bichinha tá queta - nem sabe que eu tenho orgulho dela..rsrs ) C.N.

    A mordida de João é que nem o chupão de um morcego. ( veja que "de joão" expressão que tem sentido de agente ) A.A.


    Caso eu tenha errado, avisa aí.


    GABARITO "E"
  • A indicação do vídeo do colega osmar pesc é sensacional, o professor é bem dinâmico e objetivo.

    Diante disso resolvi compartilhar o link.

     https://www.youtube.com/watch?v=tn2LgYf8WAY

  • Eu achei que o item I fosse função sujeito, já que se trata de verbo causativo MANDAR.

  • Pois bem, vamos agora entender o pronome oblíquo átono como sujeito do infinitivo ou sujeito do acusativo. Verifiquemos as frases abaixo:
    Mandou-me rever o trabalho.
    Deixo-te analisar o conteúdo do texto.
    Não o fiz repetir  o enunciado.

    Os verbos que compõem a oração principal, nos três exemplos, são chamados de causativos. Os que compõem a oração subordinada se encontram no infinitivo. Nesses casos, não se deve fazer uso dos pronomes do caso reto, nem classificar o oblíquo como objeto. Apenas faz parte do objeto (oração com valor de objeto direto da principal), mas exerce a função de sujeito. As orações subordinadas encontram-se reduzidas. O pronome passa a exercer a função de sujeito da forma verbal reduzida de infinitivo.

  • I - O vocábulo “o" em “chama um guarda, manda-o cortar o corpo ao meio (3º parágrafo) é pronome pessoal do caso oblíquo em função de objeto direto". 

    ATENÇÃO: A alternativa I está correta, porém, poderíamos acrescentar que o vocábulo "o" em "manda-o cortar o corpo ao meio" exerce dupla função sintática: a de objeto direto do verbo "mandar", conforme assevera a assertiva em questão, e a de sujeito em relação ao verbo "cortar". O pronome oblíquo pode exercer as duas funções. Isso é muito comum em orações com verbos causativos (que expressam ordem, tal como o verbo "mandar) e sensitivos (relativos aos cinco sentidos).  

  • O comentário do Rogério foi mto esclarecedor. Eu marquei a opção b pq classifiquei o "o" como sujeito do em relação ao verbo cortar. Pois, o verbo causativo/sensitivo + pronome oblíquo + verbo subjuntivo/gerúndio faz com que o pronome assuma lugar do sujeito.

    Eu não sabia que poderíamos classificar também como oblíquo.


  • O "o" da letra a é sujeito, pois prevalece sobre a classificação de objeto direto. Banca fraca.

  • Muito fácil essa questão do objeto direto.


  • O professor deveria comentar todas as questoes.  Engraçado ele dar como certo e facíl alguns pontos da questao e nao explicá-las.  Se eu fosse expert em português, nao estaria pagando por este serviço. 

  • Como que pode um professor considerar as alternativas como fáceis, sem explicá-las??? Realmente para ele pode ser fácil, mas para os outros, talvez não seja. A explicação não serviu de nada. 

  • Alguém poderia, por gentileza, explicar o item III. Por favor?

  • Professor Arenildo mais uma vez muuuito ruim em suas explicações. Nossa!!! Que lástima.

  • Eliel Medeiro. Só para complementar:

    No caso do exemplo da sua frase: "Eu tenho orgulho da Mariana". O que caracteriza o Complemento Nominal é que o Substantivo orgulho é abstrato + preposição. Conforme você disse, Mariana não está sofrendo a ação (é isso ai mesmo).Mas, há quem poderia achar que o orgulho é da Mariana. Só pra desencargo de consiencia: na frase, sou eu quem tem o orgulho. Logo, "da Mariana" é termo paciente, mais uma prova de que é C.N.

    Agora de uma forma diferente:

    Eu tenho a cópia da chave da casa da Mariana. A casa é de quem? Mariana. Posse. Logo, Adjunto Adnominal. Casa é substantivo concreto. Logo, mais uma prova de que é A.A.

    Quando o termo preposicionado for um substantivo que indicar Posse, Origem ou Matéria ele será A.A.

    Ex.1.: Os relógios da Suiça. O termo "da Suiça" determina a origem dos relógios. Observe que na interpretação poderiamos achar que os relógios é de posse da Suiça. Não! Os relógios é de fabricação suiça, de origem suiça. E relógio é substantivo concreto. Logo, A.A.

    Ex.2: Mesa de madeira. O termo "de madeira" determina a matéria pela qual é feita a Mesa, que é um substantivo concreto. Logo, A.A.

     

  •       Não gosto das explicações do professor iranildo, muito vazias ,ele só da a questão com facil ou 'podre' como ele diz, e não explica direito, por mim ele não explicaria mais nada, percebe-se a pressa dele para comentar, comentar logo o video.

  • explicação do professor : ruim demais !!!!

  • nao entendi item II

    II - O vocábulo “que" em “... os putativos que trazem mais benefícios para o sistema" (5º parágrafo) é um pronome relativo em função de sujeito.

    ele ta querendo do QUE e do EM

    O PRONOME RELATIVO QUE SAO: QUE QUEM ONDE O QUAL.

    questão mal elplicada

     

  • Pediram a III, vamos lá:

    III - Os vocábulos “das empresas" em “na salomônica lógica das empresas" (5º parágrafo) é uma locução adjetiva em função de adjunto adnominal.

            (CLASSIFICAÇÃO MORFOLOGICA) :A locução adjetiva é quando usamos duas palavras-->  preposição + substantivo=  das empresas --> que terá o valor de um adjetivo--> na questão das empresas é a mesma coisa de dizer EMPRESARIAL (adjetivo).

            (CLASSIFICAÇÃO SINTÁTICA): “na salomônica lógica das empresas"  ----> Lógica ( substantivo abstrato, alguem precisa ter lógica para ela existir) ; das empresas (  ai você fica com dúvida adj. adnominal x complemento nominal:  para sanar a dúvida tem que ver se estar na função de agente (adjunto adnominal) ou de paciente ( complemento nominal), como é a empresa que pratica a lógica, ela está na função de agente, logo é adjunto adnominal.

  • Eu discordo da explicação do Rogério Carvalho. Pra mim, a primeira está errada. 

     

    - Os verbos Causativo e Sensitivo só admitem pronomes oblíquos átonos do tipo: o, a, os, as (e variações), me, te, se, nos, vos. 

    - Não admitem pronomes retos nem as formas lhe, lhes.

    - O pronome desempenhará a função de sujeito do infinitivo da oração reduzida

    - A oração reduzida será sempre o OD da oração prinicipal

    - Em termos de concordância, a flexão do infinitivo só será facultativa se o sujeito vier representado por nome plural. Nos de mais casos é proibido.

                             

    Ex: Deixei -  o     visitar o pai.

          (OP)   (Suj.)  (OD da OP)

     

    Ex: Não   o      vi    sair de casa.     Se fôssemos desenvolver a oração reduzida, ficaria: Não    vi    que ele saiu de casa. (ele = o)

               (Suj.) (OP)  (OD da OP)                                                                                     (VTD)         (OD)

  • Osmar, muito boa a aula do Rodrigo.Bem explicado.

    Já me inscrevi no canal :Português sensacional

    Obrigada!

  • Nossa! Quando vejo que a explicação é do Prof. Arenildo, nem me dou mais ao trabalho de abrir.

    Péssimas as explicações!

    Seria excelente deixar somente a Profa. Isabel comentando...

  • Imagina o mouse ou o teclado sem fio: você conecta um receptor na porta usb e utiliza o seu mouse/teclado por meio da tecnologia bluetooth.

  • Quem acertou errou