SóProvas


ID
1853461
Banca
FCC
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Era uma vez... 

     As crianças de hoje parecem nascer já familiarizadas com todas as engenhocas eletrônicas que estarão no centro de suas vidas. Jogos, internet, e-mails, músicas, textos, fotos, tudo está à disposição à qualquer hora do dia e da noite, ao alcance dos dedos. Era de se esperar que um velho recurso para se entreter e ensinar crianças como adultos − contar histórias − estivesse vencido, morto e enterrado. Ledo engano. Não é incomum que meninos abandonem subitamente sua conexão digital para ouvirem da viva voz de alguém uma história anunciada pela vetusta entrada do “Era uma vez...". 
      Nas narrativas orais − talvez o mais antigo e proveitoso deleite da nossa civilização – a presença do narrador faz toda a diferença. As inflexões da voz, os gestos, os trejeitos faciais, os silêncios estratégicos, o ritmo das palavras – tudo é vivo, sensível e vibrante. A conexão se estabelece diretamente entre pessoas de carne e osso, a situação é única e os momentos decorrem em tempo real e bem marcado. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.
     As histórias clássicas ganham novo sabor a cada modo de contar, na arte de cada intérprete. Não é isso, também, o que se busca num teatro? Nas narrações, as palavras suscitam imagens íntimas em quem as ouve, e esse ouvinte pode, se quiser, interromper o narrador para esclarecer um detalhe, emitir um juízo ou simplesmente uma interjeição. Havendo vários ouvintes, forma-se uma roda viva, uma cadeia de atenções que dá ainda mais corpo à história narrada. Nesses momentos, é como se o fogo das nossas primitivas cavernas se acendesse, para que em volta dele todos comungássemos o encanto e a magia que está em contar e ouvir histórias. Na época da informática, a voz milenar dos narradores parece se fazer atual e eterna.  

(Demócrito Serapião, inédito) 

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

Alternativas
Comentários
  • a) à abandonar - errada, não há crase antes do verbo 

    c) à muita distância - não se usa crase antes de "muita"

  • Complementando: 

    Na letra b, o uso de CUJOS está equivocado, já que cujo/cuja sempre deve preceder um substantivo. Certo seria usar "com os quais" se entretêm.

    Na letra c, além do erro de crase antes de pronome indefinido mencionado pela colega, a regência em 'na qual' está errada. o Certo seria 'a qual permanecem interligados'. Estão interligados a alguma coisa, a uma conexão.

    Na letra d, tudo certo! Se invertermos, temos: sentimo-nos presos à mágica oralidade. E por que "a cuja" não veio com crase? Porque cujo/cuja jamais aceita crase, já que não admite artigo! o "a" ali é só preposição!!

    Na letra e, o erro está só no uso de "cuja", já que deveria ter vindo um substantivo logo em seguida.



  • Estrutura para uso do pronome CUJO ---> substantivo + cujo (=de) + substantivo 

    a) não se dispõe a abandonar 

    b) com os quais se entretêm

    c) conexão a qual | a muita distância 

    d) gabarito

    e) em que se acha 



  • “Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”.

    http://escreverbem.com.br/saiba-usar-corretamente-o-pronome-relativo-cujo/

  • Regras do cujo:

    -> liga algo possuído ao possuidor.

    -> Sempre concorda com o termo posterior a ele.

    -> Nunca se usa artigo após o cujo.

    -> Atenção à regência (preposição) antes do cujo! Olhe para o verbo p/ saber se está correto!

    Aplicando as regras:

    b) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos eletrônicos com cujos se entretêm. 

    Errado, pois o cujo aqui nao está ligando algo possuído ao possuidor, e sim a um verbo.

     

    d) As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos, competem com os meios da informática. 

    Correto, pois o "a" aqui nao faz papel de artigo, e sim de preposição. Observe como a regência ao verbo está correta: Sentimo-nos presos à (a + a) mágica oralidade das narratias clássicas.

     

    e) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da narração em cuja se acha envolvida.

    Errado, mesmo erro da letra B

     

  • A) Crase e verbo? Nada a ver!
    B) Cujo em entre Sub e Sub, tem como referente o termo anterior e concorda com o termo posterior.
    C) 1º: A regência do verbo está equivodaca 2º: Pra matar a questão, nunca vai haver crase diante de pronome indefinido.
    D) Certo. O "Cujo" cumprindo todos os requisitos citados na explicação da alternativa "b". É perceptível o sentido de posse que trás o pronome.
    "...mágica das narrativas clássicas..."
    E) Outro erro devido a concordância do pronome cujo. Deve estar entre substantivos e concordando com o termo da frente.

  • Corrigindo o comentário de Maria Estuda, na letra b, o erro está em "com cujos" que está mal empregado. Qto a àquele, esta corretoo uso pq embora seja um pronome demonstrativo ele eh uma exceção à regra. (Não se usa crase perante pronomes demonstrativos EXCETO aquele, aquela e aquilo).

  • letra a - ERRO: NAO SE USA CRASE ANTES DO VERBO

    GABARITO: LETRA D

  •  b) Mesmo àqueles ( CORRETO, existirá o acento grave quando VERBO o que foi dito anteriormente exigir a preposição A  INDEPENDENTE DO SUBSTANTIVO) meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos eletrônicos com cujos se entretêm. 

     c) A conexão da qual ( O SUBSTANTIVO CONEXÃO EXIGE A PREPOSIÇÃO COM  OU A , QUEM SE CONECTA, SE CONECTA A/COM  )eles permanecem interligados permite-lhes conversarem todo o tempo à muita distância. 

  • A letra D foi a primeira que considerei como "errado". Sacanagem! =/

  • Se for pra comentar comente pra agregar valor e parem de ficar deixando pensando 

  • As narrativas clássicas, a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos, competem com os meios da informática. 

     

    Vamos destrinchar:

     

    Tirando o encaixe, temos:

    As narrativas clássicas competem com os meios da informática.

    Quem compete, compete COM algo ou alguém. Logo, correta a construção.

     

    Vamos ao encaixe agora:

    (...) a cuja mágica oralidade sentimo-nos presos (...)

    CUJO = relação de posse; quando algo pertence a alguém. Assim, na frase, a mágica oralidade pertence às narrativas clássicas.

    QUANTO AO EMPREGO DO 'A' ANTES DE 'CUJA' = Quando nos sentimos presos, sentimo-nos presos A algo ou alguém. Logo, A CUJA é uma construção correta.

     

    Espero ter contribuído.

     

    Bons estudos!

  • O professor Arenildo é muito preguiçoso. 

  • Se esse professor não usasse tanto a palavra podre ,a explicação ficaria mais proveitosa!!!!

  • Juro como não entendi, artigo antes de cujo. Pode isso?

  • desnecessário esse '' podre'' na explicação

  • Pâmela, o "a" antes de cujo é preposição, não artigo.

    Preposição "a" regida pelo adjetivo preso.

  • Eu faço assim: questão um pouco mais complicada, olho o comentário do professor, se vejo que é o Arenildo, desisto e vou para os cometários dos colegas que por sinal comentam muito melhor do que o referido professor. 

     

    Vida q segue 

  • Gabarito letra D.

     

    Dica importante que, nessa questão, eleva sobremaneira sua possibilidade de acerto: o pronome relativo cuja(o) deve ser sucedido por susbstantivo, nesse caso, concordar com este em gênero e número.

     

    Democracia é um negócio complicado. O "podre" do professor Arenildo é uma das partes que eu mais gosto, torço sempre pelo "podre". rsrsrsrsrsrsr

  • Infelizmente o Prof Arenildo não ajuda muito (para não dizer que não ajuda em nada). O ideal é marcacamos como "não gostei". Quem sabe assim o QC "acorda".

  • Concordo com Elisa Pinheiro, saudades do professor Alexandre Soares.

  • Concordo, esse professor é horrível

  • A explicação do Arenildo está boa .

  • “Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”.

    Ex:

    O projeto, cujo funcionário responsável está viajando, já está pronto.

    A empresa, cuja fachada foi destruída pelo fogo, será reformada em breve.

     

    Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome.

    A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado)

     

    Os artigos devem ser unidos ao “cujo”: cujo + o = cujo / cujo + a = cuja / cujo +os = cujos / cujo + as = cujas.

    Exs:

    A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto)

    Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs:

    Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

    Atenção, portanto, ao uso do pronome relativo “cujo”.

     

    http://escreverbem.com.br/saiba-usar-corretamente-o-pronome-relativo-cujo/

  • a)  Ele não se dispõe à abandonar - crase nao ocorre antes de verbo

    b)  .......joguinhos eletrônicos com cujos se entretêm.  com os quais

    c)  A conexão da qual eles permanecem interligados.. Regencia de interligar exige preposição a, e nao de.

    d)  ok

  • Sobre a letra D ser o gabarito...


    Segundo a professora Adriana do curso Ênfase, Se compete, compete A ALGUÉM.Compete AOS MEIOS seria o correto.


    Explicação equivocada do Professor Arenildo, além de incompleta.

  • Gabarito letra D.

    Vamos organizar: sentimo-nos presos à mágica das narrativas clássicas.

    Como há relação de posse entre esses termos (mágica e narrativa), poderíamos unir os dois pelo pronome relativo cujo: sentimo-nos presos “a” cuja mágica (mágica das narrativas).

    No segundo termo, “competir” pede a preposição “com”, que foi corretamente utilizada antes do OI “os meios da informática”.

  • Discordo da colega Erica Monteiro dos Santos, pois o verbo competir pode ter mais de um complemento. Pode competir a alguém OU competir com alguém. Os complementos dão sentido diferente ao verbo.

    Ex:

    "Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro....."

    "Maria compete com Adriana pelo primeiro lugar..."

  • Como diria o professor Arenildo, "podre...podre..." kkkkkkkk

  • Letra D.

    Vou apresentar a forma correta para as alternativas erradas:

    a) Ele não se dispõe a abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica atento às histórias que lhe narram.

    b) Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos eletrônicos com que se entretêm.

    c) A conexão com a qual eles permanecem interligados permite-lhes conversarem todo o tempo a muita distância.

    e) Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da narração em que se acha envolvida.

     

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana
     

  • Letra D - correta.

    Análise dos erros:

    a) "à abandonar" - crase antes de verbo é coisa podre.

    b) "com cujos" - o pronome relativo cujo tem que vir seguido de substantivo com o qual vai concordar em genro e número.

    c) "à muita"- diante de pronome indefinido possibilidade zero de ocorrer crase. E tb quem permanece interligado com alguma coisa, ou seja, o coreto seria "com a qual" e não "da qual"

    e) "em cuja" - cuja pronome feminino singular, veio sem o complemento substantivo feminino pra concordar

  • Errei por confundir a regra. Não poder ser escrito Cujo (o, os) e Cuja (a, as), mas os artigos antecedendo o pronome CUJO pode.