SóProvas


ID
1880404
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   Sem ilusionismo


      Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos fiscalistas de plantão. Ledo engano.

      Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

      O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é que quando o assunto é previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

      Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

      Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. “Mas como cortar despesas num país tão carente?”, ponderam alguns. “Como propor mais tempo de trabalho para quem está próximo de encostar a chuteira?”, questionam outros. O caminho do equilíbrio nunca foi uma via fácil.

      O fato é que a população brasileira está envelhecendo e vivendo mais. E o sistema ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não haverá mágico que consiga mudar essa realidade.

                         

 (Renato Andrade, 01.01.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

O segmento destacado em – Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção… – estará corretamente substituído, preservando-se o sentido e a correção gramatical, por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A:  Condicional
    Introduz uma oração com valor hipotético, equivalendo semanticamente a “caso”. Cai muito em prova!
    – Se houver entre as nações algum acordo, todos irão se beneficiar com a paz.
    – Talvez se deva deixar a discussão para depois, se porventura pretendemos manter a paz.
    Obs.: “Se caso” é construção equivocada: “Se caso eles vierem, não os atenda.”. O adequado é: “Se (ou Caso) eles vierem, não os atenda.”.
    Causal
    – Se a sua família vive em harmonia, por que seus pais brigaram feio ontem?
    – Se a vida está tão fácil (e como está, graças a Deus!), vamos aproveitá-la.
    Obs.: Veja uma questão sobre este se: FCC – TCE/AP – Analista DE CONTROLE EXTERNO – 2012 – QUESTÃO 7. Ignore os itens I e III da questão. Veja que o se do item II tem valor causal e não condicional, pois equivale a “já que”. Tal estrutura usada pela FCC é muito semelhante aos exemplos dados pelo Sacconi em sua gramática a respeito do se causal. Veja isto: FUNIVERSA – PMDF – SOLDADO – 2013 – QUESTÃO 7.
    Concessiva
    Equivale a “embora”.
    – “Se ferido ele queria lutar, imagine, então, são!” (Sacconi)
    –“Se o via derrubado, rosto no pó, nem por isso o respeitava menos.” (Ondina Ferreira)
    Temporal
    Equivale a “quando”. Os verbos da oração normalmente estão no presente do indicativo.
    – Se penso em você, começo a chorar de saudade.
    – “Consolo-o, se o vejo triste.” (Cegalla)
    Observação Final: Segundo o gramático Luiz A. Sacconi, o se pode ser uma conjunção comparativa: “Se o estilo reflete o homem, o idioma é o espelho da cultura de um povo.” (= assim como).
     

     

    PESTANA (2013)

  • Se uma despesa avança ---> Se, de caso (hipótese)

    A é a alternativa correta!

  • Conectivos Condicionais

    Se, caso, sem que, se não,
    a não ser que, exceto se,
    a menos que, contanto que,
    salvo se, desde que


    Gabarito A

  • Questão: (Se) Conjunção subordinada condicional

    A) (Caso) Conjunção subordinada condicional --> Gabarito

    B) (Ainda que) Conjunção subordinada concessiva;

    C) (Contudo) Conjunção coordenada adversativa;

    D) (Pois) Conjunção coordenada explicativa;

    E) (Para que) Conjunção subordinada final.