Tal dominação não mais é realizada pelo poder coercitivo, e sim pela sedução que abarca os profissionais a dedicarem-se de corpo e alma aos interesses da empresa. A sedução, caracterizada também como uma estratégia de controle e de dominação sobre o trabalhador, é para Vieira (2014, p. 252) um fenômeno que se localiza nas entrelinhas, nas insinuações, nos espaços subentendidos, nos códigos, na linguagem subjacente, naquilo que aguça a curiosidade. Trata-se de um aspecto discursivo.
A dominação envolve a possibilidade de que certo ordenamento seja acatado por um grupo como se fora a sua própria vontade. Isso implica disciplina e obediência. Torna-se uma dominação carismática, na medida em que há uma devoção, uma santidade específica ao heroísmo e ao caráter de um indivíduo, bem como às estruturas normativas por ele estabelecidas.
http://www.unihorizontes.br/mestrado2/wp-content/uploads/2016/08/SILVANA-EVANGELISTA-DA-SILVA.pdf