SóProvas


ID
2147122
Banca
IDECAN
Órgão
Câmara de Pancas - ES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Insegurança e tédio nas cidades grandes 

    O que tem uma cidade grande, como São Paulo, a oferecer às pessoas? Muitos falariam das opções culturais, como teatros, museus, casas de espetáculos, alguns parques e... shoppings centers. Mas como as pessoas fazem uso da “cidade”? O que quero dizer com isso é que, assim como diz Zygmunt Bauman, [...] é que a cidade grande está perdendo os atrativos da vida urbana como a espontaneidade e a exibilidade, por exemplo.

    Andar nas ruas, a não ser para se locomover de um lugar a outro, parece uma ação descabida. Sentar em um banco das (poucas) praças que existem nas grandes cidades não parece ser uma opção. Ou seja, as pessoas não utilizam, não aproveitam, não ocupam as áreas externas da cidade. E parece estar instaurado no inconsciente coletivo que o natural é se prender em locais fechados. É claro que a violência e, consequentemente, a insegurança são motivos aparentes e justificáveis. A insegurança que alimenta o medo, aliás. O problema, entretanto, é a falta de consciência crítica a respeito, ou seja, não se utilizar da cidade é considerado algo normal. O resultado disso, conforme continua Bauman, muitas vezes, é o tédio, “a alternativa à insegurança não é a beatitude da tranquilidade, mas a maldição do tédio. É possível derrotar o medo e ao mesmo tempo suprimir o tédio?”. Essa é minha questão também.

    E, como um dos resultados dessa ferida, vemos hoje o fenômeno dos “rolezinhos” [...]. Onde estão as opções de lazer, cultura, de uma boa educação? Por que muitas pessoas se incomodam com isso e denominam “invasão”, como se não fosse resultado de uma ferida causada também pelo desequilíbrio oriundo do capitalismo? Essa é uma importante reflexão.

(Paula Felix Palma. Filosofia, ciência & vida. Abril de 2014. Adaptado.)

Em “O problema, entretanto, é a falta de consciência crítica a respeito, ou seja, não se utilizar da cidade é considerado algo normal.” (2º§), a conjunção destacada pode ser corretamente substituída por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    /

    Conjunções Coordenativas

    São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

    1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.

    Por exemplo:

    A sua pesquisa é clara e objetiva.

     

    Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

    2) Adversativasligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante.

    Por exemplo:

    Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

     

    3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

    Por exemplo:

    Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

     

    4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

    Por exemplo:

    Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

     

    5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

    Por exemplo:

    Não demore, que o filme já vai começar.

     

    Saiba que:

    a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quandosão adversativas quando equivalem a "mas".

    Por exemplo:

    Carlos fala, e não faz.
    O bom educador não proíbe, antes orienta.
    Sou muito bom; agora, bobo não sou.
    Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

     

    b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim".

    Por exemplo:

    Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

     

    c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.

    Por exemplo:

    Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
    Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

     

    d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.

    Por exemplo:

    Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.

     

    Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence.

    Por exemplo:

    Não tenha receio, pois eu a protegerei.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php

  • entretanto = ADVERSATIVA

    a) todavia. = ADVERSATIVA

    b) portanto. = CONCLUSIVA

    c) porquanto. =EXPLICATIVA

    d) senão também. = ADITIVA

    e) por conseguinte. =CONCLUSIVA

  • ADVERSATIVA OPÓSIÇÃO. TODAVIA,PORÉM, CONTUDO,MAS,ENTRETANTO.NO ENTANTO

  • CONJUNÇÕES COORDENATIVAS ADVERSATIVAS

     

    mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, não obstante, todavia

  • Para responder a questão é preciso saber o valor semântico da conjunção "entretanto". "Entretanto" é conjunção coordenativa adversativa com valor semântico de oposição, contraste, ressalva. Analisemos as alternativas.

    A todavia.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva... 

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)... 

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas. 

    B portanto.

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização... 

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte... 

    Ex.: Estudamos muito, portanto passaremos no concurso. 

    C porquanto.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão... 

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que... 

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde. 

    D senão também.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo... 

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, outrossim... 

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso. 

    E por conseguinte.

    Conjunção coordenativa conclusiva

    Gabarito: Letra A