Leia a crônica “A perigosa aventura de escrever” para responder à questão.
A PERIGOSA AVENTURA DE ESCREVER
“Minhas intuições se tornam mais claras ao esforço de transpô-las em palavras”. Isso eu
escrevi uma vez. Mas está errado, pois que, ao escrever, grudada e colada, está a intuição.
É perigoso porque nunca se sabe o que virá — se se for sincero. Pode vir o aviso de uma
destruição, de uma autodestruição por meio de palavras. Podem vir lembranças que jamais se
queria vê-las à tona. O clima pode se tornar apocalíptico. O coração tem que estar puro para que
a intuição venha. E quando, meu Deus, pode-se dizer que o coração está puro? Porque é difícil
apurar a pureza: às vezes no amor ilícito está toda a pureza do corpo e alma, não abençoado
por um padre, mas abençoado pelo próprio amor. E tudo isso pode-se chegar a ver — e ter visto
é irrevogável. Não se brinca com a intuição, não se brinca com o escrever: a caça pode ferir
mortalmente o caçador.
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)
O assunto “Regência” representa a relação, principalmente, de dois termos. Um é regente, e
o outro, regido, numa frase. Um conectivo entra na história para unir as duas ideias. Esse conectivo
é específico, e ele imprime um sentido espacial à palavra regente. De uma forma geral, três
noções se misturam nesse momento.
Qual opção seguinte mostra que o conectivo destacado não compõe um caso de regência?
Qual opção seguinte mostra que o conectivo destacado não compõe um caso de regência?