SóProvas


ID
2293345
Banca
FCC
Órgão
AL-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Serviço público 

   Entre os serviços oferecidos pelo Estado (com recursos provenientes da arrecadação de impostos) e a população (sobretudo os que dependem inteiramente da qualidade desses serviços), está a figura do servidor público. Para fazer essa importante mediação, costuma-se garantir ao servidor a estabilidade e o salário que lhe permitam exercer sua função com a independência e a dignidade de quem não pode e não deve se submeter a troca de favores ou de vantagens que não as da legislação que rege seu contrato de trabalho. 
    Não convém esquecer que entre os servidores públicos, além dos que se entregam ao cumprimento da burocracia, estão aqueles que têm importância fundamental em áreas vitais como a Educação, a Saúde, a Segurança, o controle do meio ambiente e outras que concorrem diretamente para qualificar nosso nível de vida. Há quem julgue que todos os empreendimentos sociais deveriam regular-se pelo Mercado, e não pelo Estado. Para quem assim pensa, a figura do servidor público surge não como um cidadão operoso e eficiente, mas como um entrave à excelência dos negócios, que se regulamentariam por si mesmos.
    É nessa ordem de coisas que professores, médicos, agentes de segurança e tantos outros profissionais do setor público precisam tomar em suas mãos a responsabilidade de quem estabelece, na prática, o vínculo entre o cidadão e o Estado, o indivíduo e sua cidadania. O contato entre o servidor e a população deve espelhar uma relação de confiança em que, cidadãos ambos, reconhecem-se como integrantes de uma mesma ordem social mediada pelo direito público e não pelo privilégio privado. O equilíbrio entre o que o Estado tem o dever de oferecer e o Mercado tem o interesse em vender e comprar é um desafio a ser enfrentado pela sociedade moderna. A figura do servidor público é não apenas emblemática: é a encarnação do vínculo profissional e humano entre os direitos do povo e os deveres do Estado.



(Josimar Castelo, inédito

Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa D.

    a) A arrecadação de recursos que deve beneficiar os contribuintes através de serviços públicos não podem sofrer qualquer desvio de sua propícia finalidade.  

    b) Quando um servidor público é respeitado e se faz respeitar pelo bom atendimento, é que se justifica as razões mesmas de sua função e importância. 

    c) O ideal seria que Estado e Mercado pudessem participar mutuamente dos mesmos interesses, desde que agindo em nome do bem comum, que não se admite contestação. 

    e) No caso que apenas o Mercado ingerisse os assuntos de ordem pública, ainda assim quem se encarregaria de ver cumprido os interesses e os direitos da população? 

     

  • Mônica, eu acho que os erros poderiam ser outros (deixei em vermelho os que eu penso que seriam a forma correta)

     

    a) A arrecadação de recursos que devem beneficiar os contribuintes através de serviços públicos não pode sofrer qualquer desvio de sua propícia finalidade.  

    c) O ideal seria que Estado e Mercado pudessem participar mutuamente dos mesmos interesses, desde que agindo em nome do bem comum, o qual não se admite contestação. 

    e) No caso se apenas o Mercado ingerisse os assuntos de ordem pública, ainda assim quem se encarregaria de ver cumprido os interesses e os direitos da população? 

     

    Gabarito D.

     

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    "Se não buscarmos o impossível, acabamos por não realizar o possível". 

  • Uma dica sobre o pronome onde: ele só pode ser usado para se referir a LUGAR FÍSICO. 

  • Por acaso na alternativa E falta uma virgula depois de ainda assim? Fiquei na dúvida

  • Na letra E, o uso do verbo "ingerir" c/ sentido de interferir, intrometer-se, geralmente é pronominal (ingerir-se), e transitivo INdireto necessariamente (pra diferenciar de "ingerir" com sentido de "comer", que é VTD: eu ingeri... alguma coisa).

    Sugestão de correção:

     

    a)  A arrecadação de recursos que devem beneficiar os contribuintes através de serviços públicos não pode sofrer qualquer desvio de sua propícia finalidade. (a arrecadação não pode sofrer)  

    b) Quando um servidor público é respeitado e se faz respeitar pelo bom atendimento, então se justificam as razões mesmas de sua função e importância. (as razões são justificadas) 

    c) O ideal seria que Estado e Mercado pudessem participar mutuamente dos mesmos interesses, desde que agindo em nome do bem comum, o qual não admite contestação. 

    d) GABARITO

    e) No caso de que apenas o Mercado ingerisse nos assuntos de ordem pública, ainda assim quem se encarregaria de ver cumpridos os interesses e os direitos da população? 

  • Sobre o pronome "Cujo" : 

    Ao construir orações, nem sempre os pronomes relativos (que, quem, qual, onde, quanto e cujo) são empregados adequadamente. Além disso, o pronome “cujo” é um dos que mais geram dúvidas na hora da escrita. Seguem explicações sobre como utilizá-lo adequadamente.

    “Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”.

    Ex: O projeto, cujo funcionário responsável está viajando, já está pronto.

    A empresa, cuja fachada foi destruída pelo fogo, será reformada em breve.

    Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome.

    A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado)

    Os artigos devem ser unidos ao “cujo”: cujo + o = cujo / cujo + a = cuja / cujo +os = cujos / cujo + as = cujas.

    Exs: A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto)

    Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs: Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

    Atenção, portanto, ao uso do pronome relativo “cujo”.

    http://escreverbem.com.br/saiba-usar-corretamente-o-pronome-relativo-cujo/

  • "É fundamental que se garantam condições ideais de trabalho a um servidor público, a quem cabe a responsabilidade de ser um mediador entre o Estado e os cidadãos."

    Tinha entendido: "se garantam"  como VTDI e seu complementos respectivos "condições ideais de trabalho" - OD e "a um servidor público" - OI

    Quem garante alguma coisa, garante alguma coisa a alguém.... Dessa forma considerei esse "se" de "se garantam" como índice de inderteminação do sujeito, portanto deveria estar no singular - "se garanta". 

    Alguém pensou a mesma coisa?

  • o que é fundamental ?   ISSO = que se garantam condições ideais de trabalho a um servidor público

    AO SERVIDOR  cabe a responsabilidade de ser um mediador entre o Estado e os cidadãos. 
    Regras de concordância foram respeitadas 
    Texto correto gramaticalmente 
    Resposta : D

  • Alternativa "C": O ideal seria que Estado e Mercado pudessem participar mutuamente dos mesmos interesses, desde que agindo em nome do bem comum, de cujo não se admite contestação.

    INCORRETA. O termo "cujo" deve ser empregado para indicar posse na seguinte construção: [possuidor] CUJO [objeto possuído]. Na frase acima, o sentido de posse não é coerente. Assim, devemos empregar o conectivo "o qual", retomando "bem comum".

    Correção: O ideal seria que Estado e Mercado pudessem participar mutuamente dos mesmos interesses, desde que agindo em nome do bem comum, do qual não se admite contestação.

    Alternativa "D": É fundamental que se garantam condições ideais de trabalho a um servidor público, a quem cabe a responsabilidade de ser um mediador entre o Estado e os cidadãos.

    CORRETA. O "se" é pronome apassivador que forma a voz passiva sintética com o verbo transitivo direto "garantir". Assim, o verbo foi corretamente flexionado no plural, concordando com o sujeito paciente "condições ideais de trabalho".

    O conectivo "quem" retoma corretamente a expressão "servidor público". A preposição "a" é exigida pelo verbo transitivo direto e indireto "caber" (caber algo a alguém).

     Alternativa "E": No caso de que apenas o Mercado ingerisse os assuntos de ordem pública, ainda assim quem se encarregaria de ver cumprido os interesses e os direitos da população?

    INCORRETA. O verbo "ingerir" significa "engolir; introduzir na boca". NEsse caso, podemos notar claramente que o correto seria empregar o verbo "gerir" (administrar).

    O termo "cumprido" refere-se a "os interesses e os direitos da população", portanto devemos flexioná-lo no plural.

    Correção: No caso de que apenas o Mercado gerisse os assuntos de ordem pública, ainda assim quem se encarregaria de ver cumpridos os interesses e os direitos da população?

     

    FONTE: Professora Denise Carneiro

  • Alternativa "A": A arrecadação de recursos que devem beneficiar os contribuintes através de serviços públicos não podem sofrer qualquer desvio de sua propícia finalidade.

    INCORRETA. Regra geral, os verbos devem concordar com o núcleo do sujeito. O sujeito do verbo "poder" é "A arrecadação de recursos", com o substantivo "arrecadação" como núcleo. Assim, o verbo deve flexionar-se no singular. Além disso, recomenda-se que o termo "através" seja empregado apenas quando houver sentido de "atravessar". Quando não houver essa ideia, devemos preferir as expressões "por meio de", "por intermédio de" e outras semelhantes, dependendo do contexto.

    Correção: A arrecadação de recursos que devem beneficiar os contribuintes por meio de serviços públicos não pode sofrer qualquer desvio de sua propícia finalidade.

     Alternativa "B": Quando um servidor público é respeitado e se faz respeitar pelo bom atendimento, é onde se justifica as razões mesmas de sua função e importância.

    INCORRETA. O termo "onde" só deve ser empregado para indicar lugar físico. Não havendo essa ideia de lugar, devemos empregar "em que", "no qual" e conectivos semelhantes, dependendo da situação. Nesse caso, essas expressões são dispensáveis, pois o segmento após a vírgula é a oração principal. O segmento "Quando um servidor público é respeitado e se faz respeitar pelo bom atendimento" é uma oração subordinada adverbial temporal.

    Além disso, em "se justifica", o "se" é pronome apassivador que forma a voz passiva sintética com o verbo transitivo direto "justificar". Nesse caso, o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito paciente, que é "razões". Assim, o verbo deve flexionar-se no plural.

    Correção: Quando um servidor público é respeitado e se faz respeitar pelo bom atendimento, justificam-se as razões mesmas de sua função e importância.

     

    CONTINUA...