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ID
2293591
Banca
FCC
Órgão
AL-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Instituições e riscos

    Sem convívio não há vida, sem convívio não há civilização. Mas para conviver neste pequeno planeta, para se afastar da barbárie, os homens necessitam de princípios e de regras, em suas múltiplas formas de agrupamento. Orientados por tantos e tão diferentes interesses, premidos pelas mais diversas necessidades, organizamo-nos em associações, escolas, igrejas, sindicatos, corporações, clubes, empresas, assembleias, missões etc., confiando em que a força de um objetivo comum viabiliza a unificação de todos no corpo de uma instituição. É o sentido mesmo de uma coletividade organizada que legitima a existência e o funcionamento das instituições.

    Mas é preciso sempre alertar para o fato de que, criadas para permitir o convívio civilizado, as instituições também podem abrigar aqueles que se valem de seu significado coletivo para mascarar interesses particulares. A corrupção e a fraude podem tirar proveito do prestígio de uma instituição, alimentando-se de sua força como um parasita oportunista se aproveita do hospedeiro saudável. Não faltam exemplos de deturpações e desvios do bom caminho institucional, provocados exatamente por aqueles que deveriam promover a garantia do melhor roteiro. Por isso, não há como deixar de sermos vigilantes no acompanhamento das organizações todas que regem nossa vida: observemos sempre se são de fato os princípios do bem coletivo que estão orientando a ação institucional. Sem isso, deixaremos que a necessidade original de convívio, em vez de propiciar a saúde do empreendimento social, dê lugar ao atendimento do egoísmo mais primitivo.

(Teobaldo de Carvalho, inédito)

Na frase alimentando-se de sua força como um parasita oportunista se aproveita do hospedeiro saudável, o sentido do segmento sublinhado está formalmente correto e coerente nesta outra construção:

Alternativas
Comentários
  • Comparativas

    Indicam comparação. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais comparativas.

    como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos) que, (tão)…quão, feito, que nem, qual, se, etc…

     

    a) conquanto - concessiva 

    b) não é conjunção

    c) correta. OBSERVE QUE PODEMOS COLOCAR O TAL QUAL na frase que indica comparação!

    d) assim  como - comparativa (o erro está no uso do se que obriga PRÓCLISE)

    e) à medida que - indica PROPORÇÃO

  • Observa-se que a questão em discursão o verbo esta no presente do indicativo (aproveita) e a única alternativa em que o verbo esta no presente do indicativo é a alternativa "c".

    TENHO DITO!

  • Na frase alimentando-se de sua força como um parasita oportunista se aproveita do hospedeiro saudável, a oração apresentada depois da conjunção como tem valor de comparação. Portanto, a questão pede uma oração que possa substituí-la, mantendo sentido e correção. Vejamos:

     

     a) conquanto um oportunista parasita que se beneficiasse do seu saudável hóspede. Errado: como já dito pela colega acima, conquanto é conjunção com valor concessivo, portanto não pode seubstituir oração com valor comparativo;

     

     b) a exemplo da força de um hospedeiro saudável em que se aproveitasse um parasita. Errado: nesta construção há um erro de regência, embora seu valor seja de uma comparação. Para que houvesse correção neste item, ele deveria ser reescrito da seguinte forma:"...alimentando-se de sua força a exemplo da força de um hospedeiro saudável da qual se aproveitasse um parasita. (Entendem?! Quem se aproveita se aproveita de algo). 

     

     c) tal um oportunista parasita se vale da boa saúde do hospedeiro. Este é o item correto: a palavra tal  tem significado de semelhante. Portanto, a frase estabelece uma relação de comparação.

     

     

     d) assim como um parasita tem aproveitado-se da saúde do hospedeiro. Errado, embora a locução conjuntiva "assim como" no início da frase apresente uma oraçao com valor de comparação, há um erro na frase que é a colocação do pronome após o verbo no particípio. Tia Norminha proíbe a ênclise depois de particípio.

     

     e) à medida que um oportuno parasita venha a ter proveito ao saudável hospedeiro. Errado, em geral, a locução conjuntiva "à medida que" tem valor de proporcionalidade, além disso um parasita nunca pode ser oportuno; ele pode ser oportunista e é sempre inoportuno, portanto há erro de coerência. E por fim, mais um erro se encontra na regência da locução verbal "ter poveito"; quem tem proveito tem proveito de algo.  

  • A regra é clara: verbo no futuro e no particípio??? NÃO ADMITEM ÊNCLISE!!!! JAMAIS!!!!