SóProvas


ID
2356384
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mentes livres 


    Atualmente, já está muito claro que nossas experiências mentais estão sempre criando estruturas cerebrais que facilitam a resposta rápida a futuras demandas semelhantes. O tema mais importante, no entanto, não é que as estruturas se ampliem sempre, é a liberdade natural da mente, que opera além das estruturas.

    Um motorista não é seu carro, nem por onde circula. Ele tem a liberdade de deixar o carro e seguir por outros meios e também de repensar seus trajetos. Ainda assim, se as estradas ficarem bloqueadas ou o carro quebrar, ele terá dificuldade em andar a pé e usará o tempo arrumando o carro ou colocando a estrada em condições de uso. Só ao final de um tempo ele conseguirá ultrapassar as fixações estruturais internas e refazer suas opções.

    Em verdade, a liberdade do motorista é tal que nem mesmo motorista ele é. Ele é um ser livre. A prática espiritual profunda conduz a essa liberdade, naturalmente presente. As fixações são o carma. As experiências comuns no mundo, eventos maiores e menores, vão se consolidando como trajetos e redes neurais internas e estruturas cármicas que balizam a operação da mente, estruturando recursos limitados como se fossem as únicas opções, ainda que, essencialmente, a mente siga livre.

    As estruturas grosseiras como os espaços das cidades, as ruas físicas, e em um sentido mais amplo tudo o que aciona nossos sentidos físicos, surgem também como resultado das atividades mentais repetitivas, assim como a circulação da energia interna, que é o aspecto sutil. Um automobilista precisa de uma transformação interna e externa complexa para se tornar um ciclista; não é fácil. Já o tripulante do sofá tem dificuldade em incluir exercícios, novos hábitos de alimentação e mudanças na autoimagem – os desafios são idênticos.

   Nossos melhores pensamentos constroem mundos melhores e também cérebros melhores. Já os pensamentos aflitivos constroem mundos piores e cérebros com estruturas que conduzem à aflição e à doença.

   Tanto os aspectos grosseiros como os sutis flutuam; é visível. A única expressão incessantemente presente e disponível é a liberdade natural silenciosa dentro de nós mesmos. É dessa natureza que surge a energia que, livre de condicionamentos, cria novos caminhos neurais e novas configurações de mundo. Os mestres de sabedoria apontam-na como sempre disponível, mesmo durante experiências como a doença e a morte. É dessa região inabalável que irradiam sua sabedoria, compaixão e destemor.

                                (SAMTEN, Padma – Revista “Vida simples” – agosto 2014 – Ed. Abril.) 

À frente das frases citadas a seguir, está indicado o tipo de circunstância que elas expressam no texto. A indicação está correta em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

     

    Trecho do texto: "Um automobilista precisa de uma transformação interna e externa complexa para se tornar um ciclista; não é fácil".

     

    O "para" é empregado com sentido de finalidade.

     

  • Para que, a fim de - finalidade 

  • Por que a D está errada?

  • VALOR SEMÂNTICO DE FINALIDADE .EX:“O Estado democrático estabelece o direito, a fim de que o limite da liberdade de cada um seja a liberdade dos outros.” ( ) A expressão “a fim de que” pode sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido original do período ser substituída por qualquer uma das seguintes: para que, com o objetivo de que, conquanto que.

     

     (uma transformação interna e externa complexa para se tornar um ciclista;) (finalidade) 

  • Eluana Mokwa , entendo que a letra "D" está errada, porque está  no sentido de comparação e não conformidade.

  • se as estradas ficarem bloqueadas..

     

    A palavra "SE" em português pode pertencer a várias categorias gramaticais, podendo ser:

     

    ·         1. Conjunção: quando relaciona entre si duas orações. Neste caso, não exerce função sintática. Enquanto conjunção a palavra SE pode ser:

    1.1. Conjunção subordinativa INTEGRANTE: quando inicia uma oração subordinada substantiva.


    Ex.      Perguntei se ela estava bem.

     


    1.2. Conjunção subordinada CONDICIONAL: quando inicia uma oração subordinada adverbial condicional.


    Ex.:       Se todos tivessem estudado, as notas seriam altas.

  • a) “... para se tornar um ciclista;...” (4º§) – (finalidade) 

     

    Para, expressa um sentido de finalidade e pode ser substituída pela conjunção final: afim de que

     

    b)“… que nem mesmo motorista ele é.” (3º§) – (causa) 

     

    Que, possui uma função de explicação e pode ser faclmente substituída por outras conjunções coordenativas explicativas: porque, porquanto

     

    vale ressaltar que a diferença entre uma conjunção coordenada explicativa e uma subordinada causal está no contexto da frase, nesse caso na frase "   Em verdade, a liberdade do motorista é tal que nem mesmo motorista ele é" vemos claramente que nao temos uma relação de causa entre a sua liberdade e o fato de nao ser motorista, mas sim uma explicação.

     

     c) “… se as estradas ficarem bloqueadas...” (2º§) – (concessão) 

     

    Se, conjunção subordinativa condicional, expressa uma condição, podendo ser substituída por "caso"

     

    d)“... como se fossem as únicas opções,...” (3º§) – (conformidade) 

     

    como, oração subordinada comparativa

     

    Bons estudos

  • Errei essa, concluo que necessito de um café e um copo de água. rs

    Boa sorte a todos

  • Letra B 

    tal que - conjunção consecutiva!!! 

    Voltem ao texto!!!!

  • Gabarito: LETRA A

    Quem não é assinante, cuidado com o gabarito errado que alguns colegas colocam nos comentários.

     

     

     

     

     

     

  • Sempre que vir para + infinitivo ou a fim  de + infinitivo = finalidade SEMPRE

  • "para" terá sentido de finalidade quando vier anteposto ao verbo:
    ex: fui na rua para comprar pão.

  • a) Finalidade -> a fim de... (CORRETA)

    b) Causa (INCORRETA) -> Consecutiva: "tal que..." voltando ao texto da para perceber claramente a ideia de consequência

    c) Consequência (INCORRETA) -> Condicional: "se" -> substitua por "caso"

    d) Conformidade (INCORRETA) -> Comparativa: "como" -> substitua por "igual a"

  • A + infinitivo = condição - SE

    AO + infinitivo = tempo - QUANDO

    POR + infinitivo = causa -  PORQUE

    PARA + infinitivo = finalidade 

  • Bizu:

    Causa - indica motivo

    Explicação - indica evidência