Deve-se dizer que a noção de caráter é central na obra de Reich. Isso se dá por diversas razões. Em primeiro lugar, por ela estar presente nas três técnicas terapêuticas por ele organizadas: análise do caráter, vegetoterapia carátero-analítica e orgonoterapia; além disso, por ser uma noção que, no pensamento desse autor, perpassa a dimensão educacional e clínica, visto que as mesmas contribuem para a formação e transformação do caráter. Esse conceito articula, ainda, para Reich, as perspectivas psicológicas e sociopolíticas. As reflexões psicológicas ganham um matiz histórico, sociológico e político com base na marca que o caráter traz em si de sua época. Já as análises sociológicas ganham maior consistência psicológica ao remeterem à construção do caráter como um fator social e político relevante. Por fim, esse conceito carrega ainda uma dimensão ética, pois, como referência teórica e técnica, estrutura práticas e concepções sobre o ser humano.
FONTE: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000200010
Bioenergia
Em seu trabalho sobre Couraça Muscular, Reich descobriu que a perda da rigidez crônica dos músculos resultava freqüentemente em sensações físicas particulares, em sentimentos de calor e frio, formigamento, coceira e uma espécie de despertar emocional. Ele concluiu que essas sensações eram devidas a movimentos de uma energia vegetativa ou biológica liberada.
Energia Orgônica
Aos poucos Reich estendeu seu interesse pelo funcionamento físico dos pacientes à pesquisa de laboratório em Fisiologia e Biologia e, finalmente dedicou-se à pesquisa em Física. Ele chegou a acreditar que a bioenergia no organismo individual não é nada mais do que um aspecto de uma energia universal, presente em todas as coisas. Ele derivou o termo energia "orgônica" a partir de organismo e orgasmo. Dizia que a Energia Orgônica cósmica funciona no organismo vivo como energia biológica específica. Assim sendo, governa o organismo total e se expressa nas emoções e nos movimentos puramente biofísicos dos órgãos.
FONTE: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=191