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O objeto da Psicologia são os fenômenos psicológicos, entendidos como processos que ocorrem no mundo interno dos indivíduos, continuamente, permitindo-lhes pensar e sentir o mundo, além de se adaptarem à realidade e transformá-la.
Em seu livro "A invenção do psicológico", Figueiredo (1994) trata da produção histórica desta dimensão de existência subjetiva ligada aos jogos do conhecimento moderno, que designa um campo de experiências do sujeito, apontando que antes do nascimento das psicologias a experiência psicológica não existia, bem como não existiam a própria materialidade da "substância psíquica", a existência psicológica e a percepção de si mesmo como ente subjetivo, que dão forma ao campo de experiências do sujeito moderno, compondo sensações de privacidade e intimidade que ele vivencia como "reais" e "naturais".
Ainda, conforme o mesmo autor, alguns acontecimentos sociais constituem condições históricas para o nascimento deste sujeito psicológico remetido a uma instância de subjetividade2, correlativamente ao surgimento de um discurso psicológico na modernidade: a emergência do humanismo renascentista nas artes e na filosofia dos séculos XIV e XV; a reforma pastoral da Igreja Católica no século XVI; e o centramento da cultura moderna na figura do "homem" a partir do século XVII com o Iluminismo, resultando numa recorrente problematização moderna do sujeito na filosofia, nas ciências, mas também na vida cotidiana.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822007000300003
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(c0ntinuação) Algumas instâncias mais "integradas" ganham visibilidade a partir de 1940: a consciência, o comportamento; mas também a personalidade (como decorrência da emergência das teorias do desenvolvimento), a individualidade, a identidade – objeto por excelência da psicologia social dos anos 1980 – bem como a subjetividade e a singularidade, problematizadas de uma perspectiva social, histórica e política a partir desta mesma década de 1980.
Em verdade o conceito de subjetividade passa do campo da psicanálise para os domínios das psicologias na primeira metade do século passado, mas é somente no seu final que ele se despe de um sentido naturalizado e substancializado de interioridade, passando a ser pensado em termos históricos, sociais e políticos – como produção de subjetividade – apresentando-se contemporaneamente como objeto possível para muitas psicologias de cunho crítico, como alternativa a uma problematização da "identidade", exatamente por buscar dar conta das diferenças. Esta perspectiva histórico-política da subjetividade ganha destaque neste momento em decorrência do declínio do conceito de identidade, que se esgota numa exaltação ao "idêntico": este movimento de se repetir, de se fazer idêntico a si mesmo para facilitar a visibilidade social e permitir a localização e captura pelos poderes. Visibilidade de duas vias: do sujeito que se repete e se reconhece idêntico a si mesmo, e que neste movimento se expõe à vista dos outros, tornando-se identificável e capturável pela lei, pela norma, pela moral. Questão política esta, portanto, ligada a práticas de individualização e identificação social de sujeitos, envolvendo jogos de normalização, formas de reconhecimento de si e dos outros, além de modos de subjetivação, que exigem posicionamento crítico e resistência a uma certa "política das identidades" exercida pelo Estado contemporâneo.
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qual é a questão correta?
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Gabarito: C
São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
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1. O conceito de espaço vital foi elaborado por Kurt Lewin, entendido como a totalidade dos fatos que determinam o comportamento do indivíduo em um certo momento. [correta]
2. O objeto da Psicologia são os fenômenos psicológicos, entendidos como processos que ocorrem no mundo interno dos indivíduos, continuamente, permitindo-lhes pensar e sentir o mundo, além de se adaptarem à realidade e transformá-la. [correta]
3. A descoberta de que a grande maioria dos pensamentos e desejos reprimidos se referia a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, deve- -se a W. Reich. [Foi o Freud e não o Reich]
4. A tese da existência de diferentes necessidades, originadas das condições da vida humana, como a necessidade de relacionamento, a de segurança e a de orientação, foi formulada por J. B. Watson, nos primórdios de suas contribuições sobre o behaviorismo. [Foi o Maslow e não o Watson]
5. A história da Psicologia tem como um de seus marcos fundantes os experimentos de Wundt no Laboratório de Leipzig, na Alemanha, na segunda metade do século XIX, sendo esse autor considerado o fundador da psicologia como ciência experimental. [correta]
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Objetividade sempre... não basta saber, tem que ser rápido!
a 3, todo mundo sabe(eu acho que sabe por ser o b-a-ba de toda graduação de psicologia) que foi Freud. Assim você só fica entre B e C e espaço vital eu já citei em várias questões como palavra-chave para Kurt Lewin. Acabou a questão.
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Muito boa explanação Renata. Apenas um detalhe - que soube há pouco tempo - a teoria de necessidades básicas que incluem necessidade de relacionamento, de segurança e de orientação, foi formulada por Erich Fromm.