SóProvas


ID
2390860
Banca
VUNESP
Órgão
ODAC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Por que achamos que ser magro é bonito?


      Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?

      A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

      Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.

      Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

No contexto do terceiro parágrafo, o uso das aspas em – “perfeição” – sinaliza que esse ideal

Alternativas
Comentários
  • O padrão de beleza modifica-se conforme a época conforme diz o texto: “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

  • GABARITO

    D

    é relativo, ou seja, varia conforme a época ou os indivíduos.

  • Sempre erro essa questão =(

  • Candidato precisa se ater ao comando da questão. Questão diz:  No contexto do terceiro parágrafo. Ora, o 3º parágrafo já se inicia com "quando", ou seja, uma subordinada adverbial temporal. Dentre as alternativas, apenas a D retrata a temporalidade.

  • Antigamente um corpo gordinho era "perfeição", hoje o magro. Por isso o valor de perfeição é relativo/mutável, segundo o texto.

  • Boa colocação, Hallyson.

  • As aspas foram utilizadas com o intuito de relativizar a palavra “perfeição”.

     

    Veja quais são as outras funções das aspas:

     

    Antes e depois de citações ou transcrições textuais

    “Não pode haver ligação de almas onde não exista identidade de ideias, de crenças e de costumes.”

    (Eça de Queirós).

     

    Para destacar uma palavra ou expressão

    Foi você que “solucionou” o quebra-cabeça?

     

    Para evidenciar estrangeirismos, neologismos, expressões populares, gírias e até mesmo ironia

    Essa prova estava “hardcore”.

     

    Para representar nome de livros ou legendas

    Tolkien escreveu: “O Senhor dos Anéis”.

     

    Gabarito: D

     

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  • leia o texto desde o começo, então fará sentido ... o erro do candidato é ler somente o parágrafo