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ID
2555656
Banca
PUC-PR
Órgão
TJ-MS
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em uma conferência que escreveu sobre o destino da literatura, Lima Barreto afirmava: “Entrando no segredo das vidas e das coisas, a literatura reforça nosso natural sentimento de solidariedade com nossos semelhantes, explicando-lhes os defeitos, realçando-lhes as qualidades e zombando dos fúteis motivos que nos separam uns dos outros. Ela tende a obrigar a todos nós a nos tolerarmos e a nos compreendermos; e, por aí, nós nos chegaremos a amar mais perfeitamente na superfície do planeta que rola pelos espaços sem fim”.


A ideia de que a arte pode ter uma função na sociedade, seja como elemento de união entre os homens, seja pelo potencial de transformação da sociedade, era cara ao escritor carioca, homenageado da 15.ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Sua literatura incluía os suburbanos, negros, despossuídos de toda sorte e, nesse sentido, promovia um olhar da elite letrada sobre tais personagens esquecidos na trama urbana, bem como abarcava seus temas e reivindicações. Um tipo de arte que perdeu o sentido por longas décadas na história da literatura brasileira, mas que nos últimos anos tem mostrado sua pertinência atemporal.

     Disponível em:<http://epoca.globo.com/cultura/noticia/2017/07.htmll> . Acesso em: 14/08/17. 

Sobre os mecanismos sintáticos destacados no texto, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A) Incorreto. Apenas no primeiro caso. No segundo, funciona como adjunto adnominal, pois tem sentido possessivo.

    B) Incorreto. Não haveria paralelismo, pois não haveria duas estruturas semelhantes e paralelas, já que a primeira seria “seja “ e a segunda seria “ou”. O paralelismo seria mantido se as expressões fossem iguais.

    C) Incorreto. O nexo “bem como” expressa relação de adição.

    D) Incorreto. A preposição “de” antes da conjunção integrante “que” não poderia ser omitida, já que seu uso é obrigatório, segundo a gramática tradicional majoritária.

    Contudo, entendo que aqui cabe recurso, pois diversos gramáticos, como Bechara, Cegalla, José Carlos de Azeredo e Claudio Cezar Henriques, entendem que é opcional a preposição diante de orações substantivas que funcionem como objeto indireto ou complemento nominal.

    Veja o trecho retirado da Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla:

    “As completivas nominais são regidas de preposição, a qual em certos casos rode ser omitida, como neste exemplo: “Zé Grande tinha a impressão que estava voltando a ser criança.” (HAROLDO BRUNO).”

    Observe que “impressão” pede complemento nominal, assim como a palavra no texto original, “ideia”.

    Veja também as palavras de Evanildo Bechara, em sua Moderna Gramática da Língua Portuguesa, página 398:

    “Observações:

    1.ª) Continuamos a insistir no termo necessária (preposição necessária), porque ela pode aparecer, esporadicamente, em lugares que a não exigem, como omitir-se onde seria esperada. Assim, pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou completiva nominal”

    Então, a questão deve ser anulada, pois toca em divergência gramatical com sólidas opiniões em sentidos contrários.

    E) Correto. Diante de pronomes “quem” ou “todos”, a preposição “a” é empregada, mesmo sendo esses pronomes objetos diretos. Trata-se de objeto direto preposicionado.

    Gabarito letra E, MAS DEVERIA SER ANULADA!

    Fonte: Professor Felipe Luccas. Estratégia Concursos.

     

  • GAB A