SóProvas


ID
2555665
Banca
PUC-PR
Órgão
TJ-MS
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A esfinge, um monstro mitológico alado, com a cabeça de uma mulher e o corpo de um leão, assolava a cidade de Tebas na Grécia. Emboscava jovens em um lugar ermo e os desafiava (“Decifra-me ou devoro-te!”) com o enigma: “Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois e à tarde tem três?”


O único que decifrou a charada foi Édipo, ao responder “O homem, que na infância engatinha usando quatro membros, na vida adulta anda sobre dois pés, mas na velhice precisa de um cajado como apoio”. Por ter resolvido o enigma, Édipo acabou tornando-se rei de Tebas, casando-se, sem saber, com sua mãe, Jocasta, e sofrendo um fim infeliz, como bem descrito por Sófocles em sua tragédia Édipo Rei.


A resposta de Édipo bem descreve o arco de vida dos seres humanos, que se inicia na infância e termina na decadência da velhice e na morte. Tal trajetória é a inevitável consequência da impossibilidade de manter, indefinidamente, o estado de baixa entropia que caracteriza o organismo vivente. Tudo no universo está sujeito à segunda lei da termodinâmica, que determina o fluxo do tempo e traz a velhice.

O que sempre me impressionou na história do Édipo é o fato de tantos outros jovens antes dele terem morrido por serem incapazes de responder a uma pergunta tão elementar. Talvez eles não lembrassem mais da infância e não percebessem que um dia envelheceriam. De fato, a humanidade há séculos vive tentando negar a inexorabilidade da morte, fantasiando sobre como escapar dela.


Daí vem a busca incessante pela mítica “fonte da juventude”, cujas águas seriam capazes de rejuvenescer aqueles que as bebessem. Tal fonte certamente não existe, mas, independentemente disso, a humanidade tem conseguido aumentar consideravelmente a sua expectativa de vida, através de melhor nutrição, saneamento básico, antibióticos e outros progressos da medicina.

Disponível em:<http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4315/n/tempus_fugit> . Acesso em: 14/08/17. 

Em qual dos trechos a seguir, retirados do texto, há uma INADEQUAÇÃO de regência verbal, tomadas as normas da gramática tradicional como padrão de correção?

Alternativas
Comentários
  • REGÊNCIA DO VERBO LEMBRAR

     

    > Transito indireto: quando ele for pronominal > lemrar-se.

    > Transitivo direito: quando ele não for pronominal > lembrar

     

    Na questão percebe-se que o verbo lembrar não é pronominal, logo é um VTD. Não poderia ter a preposição na frase.

    Talvez eles não lembrassem mais da infância

     

    GABARITO D

  • GABARITO: D

     

    Estava com dificuldades para entender essa questão, então pedi ajuda e o Cassiano Messias me explicou (muito bem, por sinal). 

    Deixarei o comentário dele e meus agradecimentos. =D

     

    -> quem lembra , lembra ALGO. 

    -> quem SE LEMBRA , se lembra DE ALGO.

     

    COMO TORNAR O ITEM CORRETO?

     

    Talvez eles não lembrassem mais a infância . [CORRETO]

    Talvez eles não se lembrassem mais da infância [CORRETO]

     

    Resumo : Quando não há pronome átono (SE) , ele é transitivo direto.

    Com preposição, com pronome

    Sem preposição, sem pronome

     

    Todo crédito para ele.

    Bons estudos, pessoal

  • GABARITO: D

    "Quem ESQUECE/LEMBRA, ESQUECE/LEMBRA alguma coisa"
    ERRADO: Talvez eles não lembrassem mais da infância [...]. 

    CORRETO: Talvez eles não se lembrassem mais da infância [...].