Letra A.
O modelo cepalino faz uma crítica ao livre comércio. Como os países da periferia são majoritariamente exportadores de produtos primários e importadores de produtos manufaturados, há uma tendência de deterioração dos termos de troca, levando a um desequilíbrio comercial entre os países do centro (ricos/desenvolvidos) e os da periferia (subdesenvolvidos).
Prebisch acredita, nesse sentido, que o livre comércio não é a melhor alternativa para os países periféricos, mas sim o protecionismo alfandegário, para que possa haver desenvolvimento industrial e se diminua a dependência de importações.
Sobre o processo de industrialização brasileiro e o debate acerca do desenvolvimentismo cepalino, julgue as afirmativas abaixo, identificando a opção CORRETA.
A
A deterioração dos termos de troca e a perspectiva do desenvolvimento desigual na difusão do progresso técnico foram críticas da Cepal à doutrina que defendia o livre comércio. Neste sentido, a estratégia desenvolvimentista dos anos 1950 propôs que a industrialização seria o meio de superar a pobreza ou de reduzir a diferença entre países periféricos e os países centrais. CORRETA
B
Do lado das forças apoiadoras da estratégia desenvolvimentista, posicionavam-se as oligarquias agrário-exportadoras (perderiam com a mudança de foco, de agrário para industrial), a burguesia comercial importadora e exportadora, além do capital comercial e financeiro internacional.
C
O desenvolvimento desigual do progresso técnico decorria da existência de estruturas produtivas homogêneas entre o centro, com suas estruturas especializadas, e a periferia, com estruturas diversificadas, onde através do comércio internacional o centro não apenas conservava os incrementos de produtividade, como se apropriava de parte do progresso técnico da periferia. (inverteram na questão as características)
D
Na perspectiva cepalina, o ritmo de incorporação do progresso técnico e o aumento de produtividade seriam significativamente menores nas economias industriais (centro) do que nas economias especializadas em produtos primários (periferia).inverteram na questão as características
E
O desequilíbrio externo tendia a ser recorrente nas economias da América Latina, tanto em razão da inelasticidade de suas importações quanto da necessidade de exportar (importar)bens de capital e insumos intermediários não disponíveis internamente.