SóProvas


ID
2592046
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Porto Ferreira - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem concluir um curso universitário.

      A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais, que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil.

      Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cumprindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – acabaram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de notícias positivas.

      Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução. Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos, pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.

                                                       (Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)

Observe as passagens:


• ... a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo nacional, concluiu sua tela Operários... (1° parágrafo);

•  ... com o objetivo de abrir as portas das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres... (2° parágrafo);

•  As cotas, raciais ou sociais, são portanto um atalho... (4° parágrafo);

•  O desejável, mesmo, é que elas sejam temporárias... (4° parágrafo).


Nas passagens transcritas, emprega-se a vírgula, correta e respectivamente, para:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

  • VÍRGULA                             macete
    (DEEEIS)
    Desloca
    Enumera
    Enfatiza
    Explica
    Isola, intercala ou inverte
    Separa

    CORRETA ---> A 

  • Pessoal : só um ponto importante  as vírgulas empregadas na III  expandem as informações :

     

    Geralmente, as vírgulas, quando empregadas em uma oração adjetiva ou aposto  ,  são usadas para restringir uma informação , mas observe que quando nos referimos às cotas subentende-se a ideia de ''cotas raciais '' , ao empregar as vírgulas e ''cotas , raciais ou sociais'' , a autora expande essa informação( não somente raciais , mas sim raciais ou sociais)

     

     

    Seria diferente de : As provas , da Vunesp e da Cespe, são bem elaboradas. Nesse caso , eu estaria restringindo o termo ''provas ''.Sútil diferença.