A primeira passagem do arquiteto pelo Brasil foi em 1929, visitando as capitais, Rio de Janeiro e São Paulo. A viagem teve início em Buenos Aires, Argentina, e percorreu outras cidades da América do Sul. O contato com o mercado e com profissionais estrangeiros se deu a partir da vontade do franco-suíço em focar projetos de paisagismo e urbanismo. Projetos residenciais, como a Villa Savoye, já o tornava reconhecido por arquitetos em todo o mundo e, para expandir os horizontes, o arquiteto se voltou para projetos de construção e reconstrução de cidades.
As diversas publicações do arquiteto tiveram contribuição imensa para o campo teórico e são peças notáveis até hoje.
Os 5 pontos da Nova Arquitetura são princípios fundamentais para compreender as obras do arquiteto. Em 1926, na revista L’Esprit Nouveau, Le Corbusier publicou a forma final da teoria, composta pelos pontos: planta livre, fachada livre, pilotis, terraço jardim e janelas em fita.
Planta livre diz respeito à livre movimentação e possibilidade das paredes, que seguindo as técnicas construtivas do arquiteto, deixam de exercer função estrutural.
Fachada livre, também devido à independência da estrutura, é um espaço sem impedimentos que pode ser projetado com vários arranjos.
Pilotis é formado pelo sistema de pilares sem impedimentos que permite a livre circulação no espaço térreo das construções, melhor visibilidade e sensação de segurança.
O terraço-jardim é uma das formas de utilizar a cobertura, muitas vezes pouco aproveitada nos edifícios, além de reintegrar o espaço verde que foi perdido pela construção.
Janelas em fita são, talvez, a característica mais marcante, possibilitadas pela variedade de arranjos da estrutura. Podem seguir a orientação solar para melhor iluminação e aproveitamento da vista e da paisagem.
O livro já citado, “Vers une Architecture” (“Por uma arquitetura”), conta com outras publicações de grande importância para o campo. Entre eles, ensaios escritos por Corbu expondo teorias da ação da arquitetura, a visão do arquiteto sobre o modernismo e críticas à arquitetura da época, por exemplo.
Bons estudos!