SóProvas


ID
2668654
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão abaixo, considere o texto abaixo.


    Vou falar da palavra pessoa, que persona lembra. Acho que aprendi o que vou contar com meu pai. Quando elogiavam demais alguém, ele resumia sóbrio e calmo: é, ele é uma pessoa. Até hoje digo, como se fosse o máximo que se pode dizer de alguém que venceu numa luta, e digo com o coração orgulhoso de pertencer à humanidade: ele, ele é um homem.

    Persona. Tenho pouca memória, por isso já não sei se era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em cena, pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir.

    Bem sei que uma das qualidades de um ator está nas mutações sensíveis de seu rosto, e que a máscara as esconde. Por que então me agrada tanto a ideia de atores entrarem no palco sem rosto próprio? Quem sabe, eu acho que a máscara é um dar-se tão importane quanto o dar-se pela dor do rosto. Inclusive os adolescentes, estes que são puro rosto, à medida que vão vivendo fabricam a própria máscara. E com muita dor. Porque saber que de então em diante se vai passar a representar um papel é uma surpresa amedrontadora. É a liberdade horrível de não ser. E a hora da escolha.

    Mesmo sem ser atriz nem ter pertencido ao teatro grego – uso uma máscara. Aquela mesma que nos partos de adolescência se escolhe para não se ficar desnudo para o resto da luta. Não, não é que se faça mal em deixar o próprio rosto exposto à sensibilidade. Mas é que esse rosto que estava nu poderia, ao ferir-se, fechar-se sozinho em súbita máscara involuntária e terrível. É, pois, menos perigoso escolher sozinho ser uma pessoa. Escolher a própria máscara é o primeiro gesto involuntário humano. E solitário. Mas quando enfim se afivela a máscara daquilo que se escolheu para representar o mundo, o corpo ganha uma nova firmeza, a cabeça ergue-se altiva como a de quem superou um obstáculo. A pessoa é.

    Se bem que pode acontecer uma coisa que me humilha contar.

    É que depois de anos de verdadeiro sucesso com a máscara, de repente – ah, menos que de repente, por causa de um olhar passageiro ou uma palavra ouvida – de repente a máscara de guerra de vida cresta-se toda no rosto como lama seca, e os pedaços irregulares caem com um ruído oco no chão. Eis o rosto agora nu, maduro, sensível quando já não era mais para ser. E ele chora em silêncio para não morrer. Pois nessa certeza sou implacável: este ser morrerá. A menos que renasça até que dele se possa dizer “esta é uma pessoa”.


(Adaptado de: LISPECTOR, Clarice. “Persona”, em Clarice na cabeceira: crônicas. Rio de Janeiro, Rocco Digital, 2015)

... era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em cena, pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir. (2o parágrafo)

Fazendo-se as devidas alterações na frase acima, caso o segmento uma máscara seja transformado em sujeito da oração a que pertence, o verbo por ele regido deverá assumir a seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C.

     

     

    ... era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em cena, pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir. (2ª parágrafo)

     

     

    Primeiro para haver passagem de voz ativa para passiva ou vice-versa é preciso que o verbo seja transitivo direto ( verbo que exije complemento sem preposição) ou transitivo direto e indireto (verbo que exije complemento sem preposição e um com preposição).

    Vejam que quem Pregava: Pregava ( verbo transitivo direto) algo ou alguma coisa

                                               Pregava ( Verbo transitivo indireto)-Ligar uma coisa a outra_com algo ou com alguma coisa

     

    Passando para a voz passiva analítica: o objeto direto vira sujeito, o sujeito vira agente da passiva e o verbo vira uma locução verbal ( normalmente, ser + particípio), mantendo-se o tempo e o modo verbal.

     

    os atores .... pregavam.Em relação ao tempo e ao modo verbal: pregavam ( está no Pretérito imperfeito do Indicativo) logo na locução verbal o verbo auxiliar (ser) ficará nesse tempo seguido do particípio do verbo pregar).

     

     

     

    Uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir era pregada no rosto antes de entrar em cena pelos atores no antigo teatro grego.

     

    Uma máscara .... era pregada. Observem que o verbo auxiliar era (está no Pretérito imperfeito do Indicativo) e pregada (está no particípio) no feminino concordando com "uma máscara".

     

  • Letra (c)

     

    Tudo que é imperfeito merece um: VA-IA-NHA-ERA

     

     

  • Galerinha, vamos direto ao ponto. Sem lenga lenga e sem textão.

     

    Nesse tipo de questão você deve se atentar a três coisas: tempo verbal e flexão de gênero e número. 

     

    No caso do texto, transformamos "uma máscara" em sujeito, portanto, uma máscará é feminino e singular e o tempo verbal é pretérito imperfeito

     

    a) Errada. Está no plural "pregravaM-se" além de outros erros..

     

    b) Errada. Está no futuro do pretério "seria"

     

    c) Gabarito. "Era pregada" singular, pretérito imperfeito e o particípio no feminino.

     

    d) Errada. Está no plural e no masculino. 

     

    e) Errada. Está em tempo composto, muda a semântica. 

     

     

  • Pregavam - pretérito imperfeito 

    Ser - no pretérito imperfeito  - Era ou eram

    Uma máscara singular - era 

    Uma máscara era pregada ..... 

  • Em outras palavras, "transpondo-se para a voz passiva, a forma verbal resuntante será..."

  • c-

    Sujeito no singular. Logo, verbo principal tambem singular. Eliminam-se 'a' & 'd'. Na voz passiva em português brasileiro, o tempo verbal deve ser mantido. Se estava no pretérito imperfeito, continua nele: logo:era pregada

    Corrigido. Agradeço o toque

  • Gloomy Gulch, desculpe, mas acho que você queria dizer pretérito imperfeito, não é?

  • Questão semelhante

    2015 - FCC - TCM GO - Auditor

    Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal
    (A) era alardeado (GABARITO).

    _____________________________

    • Pretérito imperfeito = VA - IA - NHA - ERA

    • Pretérito mais-que-perfeito = RA

    • Futuro do presente = REI - RÁ 

    • Futuro do pretérito = RIA

     

    LETRA C

  • GABARITO: C

    ...pregavam ao rosto uma máscara...  (Uma máscara é objeto direto)

    ... uma máscara era pregada ao rosto... (Uma máscara é sujeito paciente)

    A técnica usada: hove uma alteração de voz ativa para passiva. O verbo principal (ser) da oração na voz PASSIVA deve mater o mesmo tempo e modo do verbo da oração da voz ATIVA. Nesse caso, prtérito imperfeito.

     

  • O verber sempre tem que concordar com o Sujeito. Logo se o Sujeito é singular, nesse caso, o verbo terá que estar no singular

  • Preste atenção, nesse tipo de questão ,  no tempo verbal!

  • Resumão

     

    Eu compro o resumo do Bruno-> voz ativa

    Compram-se os resumos do bruno -> Voz passiva sintética

    Os resumos do bruno são comprados -> Voz passiva analítica

    Vocês têm que decorar isso que eu falei ai em cima. Sério mesmo. É OBRIGATÓRIO.

  • ... era no antigo teatro grego que os atores, antes de entrar em cena, pregavam ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir. 

     

    De acordo com o que a questão pediu, eu reescreveria da seguinte maneira: ... era no antigo teatro grego que, antes de entrar em cena, uma máscara era pregada no rosto dos atores, representando a expressão que o papel de cada um deles iria exprimir. 

  • Questão que trabalha flexão de vozes verbais.

  • O que (era apregada) ao rosto?

    R=Uma máscara.

    Gabatito letra C) ERA PREGADA ao rosto uma máscara que representava pela expressão o que o papel de cada um deles iria exprimir.

     

  • a) Errada. Está no plural "pregravaM-se" além de outros erros..

    b) Errada. Está no futuro do pretério "seria"

    c) Gabarito. "Era pregada" singular, pretérito imperfeito e o particípio no feminino.

    d) Errada. Está no plural e no masculino. 

    e) Errada. Está em tempo composto, muda a semântica. 

  • A questão quer que seja feita a passagem da voz ativa para a voz passiva. Nesse caso:

    aquilo que é objeto na voz ativa, passa a ser sujeito na voz passiva;

    aquilo que era sujeito na voz ativa, passa a ser o agente da passiva na voz passiva;

     

    Na oração "os atores (trata-se de um sujeito oculto) pregavam ao rosto uma máscara", o segmento "uma máscara" como já dito na questão, passa a ser o sujeito. Sabendo que a oração passiva pode ser analítica ou sintética, haveria 2 formas corretas de fazer essa transformação, observadas as regras gramaticais, vejamos:

     

    sintética: "uma máscara pregava-se ao rosto dos atores"

    analítica: "uma máscara era pregada ao rosto dos atores"

     

    Encontramos a segunda opção na assertiva C

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: C

  • ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta. A reescrita deveria apresentar “uma máscara” como sujeito paciente. Sendo assim, o emprego de “pregavam-se” é incorreto, pois o verbo não concorda em número com “máscara”.

    ALTERNATIVA B: Mais uma alternativa incorreta, pois se mudaria o tempo verbal do trecho e sua ideia de certeza, mudando para uma hipótese, expressa pelo futuro do pretérito do indicativo.

    ALTERNATIVA C: Alternativa correta, pois é a única que mantém o tempo e a concordância adequada.

    ALTERNATIVA D: Alternativa incorreta, pois há incorreção quanto à flexão do verbo, que está no plural.

    ALTERNATIVA E: Mais uma incorreta, pois a locução está no pretérito mais-que-perfeito, não mantendo a originalidade do trecho.

    Resposta: C

  • Era não é pretérito mais que perfeito ?
  • José Maria | Direção Concursos

    07/11/2019 às 11:39

    ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta. A reescrita deveria apresentar “uma máscara” como sujeito paciente. Sendo assim, o emprego de “pregavam-se” é incorreto, pois o verbo não concorda em número com “máscara”.

    ALTERNATIVA B: Mais uma alternativa incorreta, pois se mudaria o tempo verbal do trecho e sua ideia de certeza, mudando para uma hipótese, expressa pelo futuro do pretérito do indicativo.

    ALTERNATIVA C: Alternativa correta, pois é a única que mantém o tempo e a concordância adequada.

    ALTERNATIVA D: Alternativa incorreta, pois há incorreção quanto à flexão do verbo, que está no plural.

    ALTERNATIVA E: Mais uma incorreta, pois a locução está no pretérito mais-que-perfeito, não mantendo a originalidade do trecho.

    Resposta: C

  • Temos analisar o TEMPO VERBAL.

    Mesmo que a questão não peça diretamente para passarmos para voz passiva, ao obervarmos as opções, fica evidente que é isso que a questão quer.

    Observe que o verbo pragar ( pregavam) está no pretérito imperfeito, logo, ao passá-lo para estrutura da voz passiva analítica ( ser + particípio), a estrutura também tem que estar no nesmo tempo verbal, o pretérito imperfeito. Nesse caso, o verbo Ser ficará= ERA ( prete.imperfeito) + PARTICÍPIO ( pregada)