SóProvas


ID
2668660
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão abaixo, considere o texto abaixo.


    Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que em nossos dias há o enaltecimento de uma cultura global, a cultura-mundo, que, apoiando-se no apagamento das fronteiras, cria denominadores culturais dos quais participam sociedades e indivíduos, apesar das diferentes tradições, crenças e línguas que lhes são próprias.

    Embora seja um estudo perspicaz, algumas afirmações me parecem discutíveis. Uma que se diria pouco procedente consiste em supor-se que, em vista de milhões de turistas visitarem locais como a Acrópole e os anfiteatros gregos da Sicília, a cultura não perdeu valor em nosso tempo. Mas as visitas de multidões a grandes museus e monumentos históricos não representam um interesse genuíno pela “alta cultura” (assim a chamam), visto que isso faz parte da obrigação do turista. Em vez de despertar seu interesse pelo passado e pela arte, exonera-o de conhecê-los a fundo. Essas visitas dos turistas “em busca de distrações” desnaturam o significado real desses museus e monumentos.

    Um estudo recente do sociólogo Frédéric Martel mostra que tal “cultura-mundo” de que falavam Lipovetsky e Serroy já ficou para trás, defasada pela voragem de nosso tempo.

    As reportagens e os testemunhos coligidos por Martel são representativos de uma realidade que a sociologia e a filosofia ainda não tinham se atrevido a reconhecer. A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura que não seja aquela que, antes, era considerada passatempo, sem parentesco com as atividades intelectuais e artísticas que constituíam a cultura. O autor vê com simpatia essa transformação, porque, graças a ela, a cultura do grande público arrebatou a vida cultural à pequena minoria, que antes a monopolizava.

    A diferença essencial entre a cultura do passado e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam transcender o tempo presente, ao passo que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e desaparecer.

    Para essa nova cultura são essenciais a produção industrial maciça e o sucesso comercial. A distinção entre preço e valor se apagou. É bom o que tem sucesso; mau o que não conquista o público. O único valor existente é agora o fixado pelo mercado.


(Adaptado de: LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo: Uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. Edição digital)

O verbo que pode ser flexionado em uma forma do plural, sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra A.

     

     

    Lembrem-se em caso de dúvida: Perguntem ao verbo.

     

     

    a) Correta.

     

    A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura...

    Nesse caso podemos existem 2 formas de concordância:

     

    com "a maioria" ( de caráter partitivo) onde o verbo ficaria no singular ( consome)

                                                                 OU

    com "das pessoas" ( que é o especificador de maioria ) onde o verbo ficaria no plural (consomem)

     

     

    b) Errada.

     

    A distinção entre preço e valor se apagou.

    O que se apagou ?  Resposta: A distinção entre preço e valor.Observem que "a distinção" é o núcleo do sujeito desse modo o verbo fica no singular.

     

    c) Errada.

     

    ... a cultura do grande público arrebatou a vida cultural à pequena minoria... 

    O que arrebatou a vida cultural à pequena minoria ?  Resposta:a cultura do grande público.Observem que "a cultura" é o núcleo do sujeito desse modo o verbo fica no singular.

     

     

    d) Errada.

     

    Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que...

    O que defende-se a ideia de que ?  Resposta :Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy.Observem que "Em um trabalho" é o núcleo do sujeito desse modo o verbo fica no singular.

     

     

    e) Errada.

     

    ... a cultura-mundo, que (...) cria denominadores culturais... 

    Nesse caso,o que funciona como pronome relativo retomando o termo "a cultura-mundo" por isso o verbo fica no singular.

     

     

  • GRANDE PARTE DE/GRANDE NÚMERO DE/A MAIOR PARTE DE/A MAIORIA DE: O verbo concorda com o núcleo dessas expressões OU com o termo preposicionado que as sucede.

    Ex.: grande parte deles vive/vivem em condições desumanas.

  • Letra (a)

     

    As expressões partitivas acompanhadas de adjunto adnominal no plural, fazem o verbo concordar com o núcleo do sujeito ou com o especificador.

     

    A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura... -> concordância literal.

    A maioria das pessoas não consomem hoje outra forma de cultura... -> vários autores concordam que terá mais clareza se concordar com o adjunto adnominal.

     

    Obs. Isso não significa que sempre serão núcleo do sujeito.

  • GABARITO A

     

    O verbo consumir, na frase, pode concordar com "a maioria" ou com "pessoas", sem alterar a correção gramatical e o sentido da frase. 

     

    A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura. (verbo no singular)

     

    A maioria das pessoas não consomem hoje outra forma de cultura. (verbo flexionado no plural)

     

     

  •  

    A maioria das pessoas não consome (ou consomem) hoje outra forma de cultura... (Gabarito)

     

     

    A distinção entre preço e valor se apagou.

     

     

    ... a cultura do grande público arrebatou a vida cultural à pequena minoria...

     

     

    Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que...

     

     

    ... a cultura-mundo, que (...) cria denominadores culturais... 

  • Alguém  faz um comentário da letra D? 

  • Galera sobre a D ,  o  núcleo do sujeito não seria "ideia" , e o trecho "em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy" um adjunto adverbial de lugar?

    Ademais , se for sujeito a frase está errada , pois tem uma vírgula entre o sujeito e o verbo ...

     

     

    Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que em nossos dias há o enaltecimento de uma cultura global.

     

    Passando para a voz ativa e rearrumando o trecho:

     

    A ideia de que em nossos tempos há o enaltecimento de uma cultura global é defendida em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy.

     

     

    Neste caso o verbo está concordando com o NÚCLEO do sujeito "ideia" ,  e a parte do trabalho seria um adjunto adverbial de lugar  (aonde a ideia é defendida)

  • Em negrito, sujeito e verbo.

     

    A - A maioria das pessoas não consome (ou consomem) hoje outra forma de cultura... (Gabarito)

     

    B - A distinção entre preço e valor se apagou.

     

    C - ... a cultura do grande público arrebatou a vida cultural à pequena minoria...

     

    D - Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se A IDEIA de que...

     

    O sujeito é A IDEIA. Por isso, o verbo DEFENDER fica no singular. 

    A  frase está na voz passiva sintética. 

    O SE é uma partícula apassivadora e a A IDEIA o sujeito paciente. O verbo DEFENDER, neste caso, é VTD (Defende o que?). 

    Transformando para a voz passiva analítica, fica fácIl perceber.

     

    A ideia de que em nossos dias há o enaltecimento de uma cultura global É DEFENDIDA  em um trabalho de G.L e J.S. (...).

     

    E - ... a cultura-mundo, que (...) cria denominadores culturais... 

  • Expressões partitivas como: Metade de, a maioria, a minoria , parte de,o verbo admite a concordância cm o mais próximo ou cm o conjunto.

     

    ___________________________________________________________________

    Metade das pessoas não sabem (sabe) estudar.

    A maioria dos homens choram (chora) no banheiro. 

    Parte das pessoas querem  (quer) um cargo público, mas nem todas se esforçam o suficiente!

    ___________________________________________________________________

  • a) A maioria das pessoas não consome/consomem hoje outra forma de cultura... (especificado)

    A maioria consome hoje... (não especificado = não varia)

     

    b) A distinção entre preço e valor se apagou.

     

    c) ... a cultura do grande público arrebatou a vida cultural à pequena minoria... 

     

    d) Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que...

     

    e) ... a cultura-mundo, que (...) cria denominadores culturais... 

  • Coletivo Partitivo:

    A) A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura...

    Consome = concorda com a maioria (singular)

    Consomem = concordaria com pessoas (plural)

    O mais indicado é deixar no singular.

  • Cuidado! Vi alguns erros nos comentários! !!

     d)Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que...

    A letra d vi alguns colegas equivocadamente afirmando que o sujeito é a ideia ou em um trabalho e não é  . Ideia é objeto direto e em um trabalho é locução adverbial. Na verdade o sujeito,  ao meu ver, é indeterminado. 

  • Adjunto adnominal  --  A maioria das , grande parte das .. etc  PLURAL OU SINGULAR. 

  • Expressão partitiva>plural ou singular!

  • A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura...

    A maioria das pessoas não consomem hoje outra forma de cultura...

  • Comentário. A questão resolve-se pela regra do sujeito partitivo – aquele que envolve parte e todo – por exemplo, maioria, minoria, maior parte, menor parte; ou seja, pode haver duas concordâncias ao verbo, tanto pela parte quanto pelo todo, assim, correta letra “a”.

  • Errei por sequer entender o enunciado da questão.

    Mas a preparação é pra isso, caindo na próxima prova já saberei!!

  • eai galera...

     

    A maioria dos candidatos desistiu. / A maioria dos candidatos desistiram.

  • A regra geral de concordância verbal é que o verbo deve concordar com o sujeito, em número (singular/plural) e pessoa (1a. , 2ª. ou 3ª. pessoa). Mas, como o uso da língua é muito amplo, existem algumas regras específicas.  Esse é o caso da concordância em orações em que há expressões partitivas, como “a maioria”, “a minoria”, “grande parte de”, “mais da metade”.

    Seguem exemplos de como podem ser conjugados os verbos:

    Exs:

    A maior parte dos colaboradores aderiu à greve. (singular)

    Mais da metade dos funcionários não compareceram à reunião (plural)

    Na primeira oração, o verbo está no singular; na segunda, está no plural. Vale ressaltar que ambas as frases estão corretas.

    A explicação para a ocorrência do verbo no singular ou no plural nesses casos é a seguinte: quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (“a maior parte”, “mais da metade”)  acompanhada de um especificador no plural (“dos colaboradores”, “dos funcionários”), o verbo pode ser conjugado das duas formas.

    Fonte: http://escreverbem.com.br/expressoes-partitivas-e-concordancia-verbal/

  • o comentário mais votado apresenta uma incorreção no que tange à análise da letra D.

    O comentário da colega LEILA MPT está perfeito. "Em um trabalho..." é adjunto adverbial e não o sujeito. 

  • de graça essa questão hein, imagina no trt sp 1 ponto garantido de 300 kkkkk

  • a maioria das pessoas consome....verbo concorda com "a maioria" e fica no singular

    a maioria das pessoas consomem...verbo concordando com " das pessoas" fica no plural.

     

    letrinha A

  • Gabarito: Letra A

  • A maioria das pessoas não consome/consomem hoje outra forma de cultura...

    →  Expressões partitivas + determinante (uma parte de, a metade de, uma porção de, boa parte, menos da metade, mais da metade, a maioria, a minoria etc.)

    O verbo pode concordar com o núcleo do sujeito (maioria) OU o núcleo da expressão que determina o núcleo (pessoas).

  • LETRA A.

    A questão busca a alternativa na qual o verbo tanto pode ficar no singular quanto no plural.

    a) Certo. O núcleo do sujeito é o vocábulo MAIORIA, mas como o núcleo é partitivo pode também concordar com pessoas, tanto no singular quanto no plural.  A maioria das pessoas não consome/consomem hoje outra forma de cultura...;

    b) Errado. O que apagou? A DISTINÇÃO ENTRE PREÇO E VALOR. O núcleo do sujeito é DISTINÇÃO, não se trata de nenhum núcleo especial, portanto o verbo no singular não poderia passar para o plural;

    c) Errado. O sujeito é CULTURA DO GRANDE PÚBLICO, o núcleo é CULTURA, não é núcleo especial, verbo no singular; d) Errado. O que se defende? A IDEIA é um sujeito paciente, A IDEIA É DEFENDIDA. Verbo no singular porque o sujeito está no singular;

    e) Errado. O QUE, pronome relativo retoma a cultura-mundo que é singular, portanto, verbo no singular.

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana

  • Letra A

    Expressões partitivas

    A explicação para a ocorrência do verbo no singular ou no plural nesses casos é a seguinte: quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (“a maior parte”, “mais da metade”) acompanhada de um especificador no plural (“dos colaboradores”, “dos funcionários”), o verbo pode ser conjugado das duas formas.

    Exs.:

    A menor parte dos participantes não gostou/gostaram do curso.

    Boa parte dos integrantes concorda/concordam com a política do grupo.

  • A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura...

    CASO ESPECIAL DE CONCORDÂNCIA COM O SUJEITO SIMPLES.

    SÃO AS DENOMINADAS EXPRESSÕES PARTITIVAS: a maior parte de, uma porção de, grande número de, a maioria de., etc.

    Exemplo: [A maior parte [do pesquisadores]] precisa/precisam de mais verbas.

    [Uma porção [de alunos]] faltou/faltaram à aula hoje.

  • ALTERNATIVA A: A expressão “A maioria de” é partitiva, permitindo que o verbo “consome” seja flexionado tanto no singular – concordando com “maioria” -, como no plural - concordando com “pessoas”. Alternativa correta, portanto, pois não precisa haver nenhuma modificação para que o verbo seja passado adequadamente ao plural.

    ALTERNATIVA B: Alternativa incorreta, já que “apagou” concorda com “distinção”.

     ALTERNATIVA C: Alternativa incorreta. O termo “cultura”, núcleo do sujeito, não permite outra flexão de “arrebatou” que não seja singular.

    ALTERNATIVA D: Alternativa também incorreta. O termo “a ideia” é sujeito passivo de “defende-se”, que deve ficar no singular enquanto o seu sujeito assim estiver flexionado.

    ALTERNATIVA E: Alternativa também incorreta, pois “cria” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual, por sua vez, toma a flexão singular de “cultura-mundo”.

  • Lembrar que coletivo especificado admite plural ou singular sem comprometer nada da oração.

    Caso seja apenas o coletivo, só admite o singular.