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ID
2670067
Banca
FCC
Órgão
ALESE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Considere:


A maioria dos sites jornalísticos surgiram como meros reprodutores do conteúdo publicado em papel. Apenas numa etapa posterior é que começaram a surgir veículos realmente interativos e personalizados. [...] A Web começou, assim, a moldar produtos editoriais interativos com qualidades convidativas: custo zero, grande abrangência de temas e personalização.

(Adaptado de: FERRARI, Pollyana. Jornalismo digital. São Paulo: Editora Contexto, 2003)


Avalie as proposições abaixo:


I. O modelo de negócio dos portais de notícia acostumou o público com acesso gratuito ao conteúdo e agora as empresas têm dificuldade de estabelecer planos de assinatura.

II. A interatividade acontece também quando o internauta pode personalizar os itens de menu que quer acessar. Ele passa, dessa forma, a ser um coautor do conteúdo.

III. O custo zero de acesso foi possível no início da popularização da Internet graças a formas mais eficientes de publicidade, como os banners e pop up customizados de acordo com o IP de acesso.


Está correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • A banca indicar que alguém é "coautor" de conteúdo só por personalizar o menu de editorias é absurdo. Se alguém entrou com recurso e foi atendido, por favor postar aqui. 

  • O hipertexto digital opera com a virtualização. O leitor/navegador participa da estrutura do texto que, neste contexto, torna-se apenas uma parte desta formação. Para Fachinetto (2005), ele vira coautor, à medida que escolhe os links aos quais irá  percorrer e cria novos que farão sentido para ele, mas que para o criador do hiperdocumento talvez não tenha sido imaginado. Acrescentar e modificar os nós deste sistema, conectar um trecho a outro, transformando diversos textos, imagens e sons, antes separados, em um único documento.

    https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/1506/1/2016JessicaRibeiroMallmann.pdf

     

     

  • O erro do item III está em dizer que o custo zero se refere a publicidade de pop-ups e banners. Quando na verdade o custo zero dessa época se refere ao fato de que os veículos já dispunham de toda equipe de produção jornalística. O jornal impresso já era feito diariamente. Portanto, transportar o conteúdo da versão impressa para a versão online não tinha custo para os jornais!

  • Como assim "coautor" só por personalizar o menu?

  • Absurdo isto sobre "COAUTOR"

  • Acho que coautor no sentido de ver aquilo que quer ao personalizar o menu. De alguma forma, a preferência nos assuntos gera mais e menos tipos de conteúdo e assim ele passa a colaborar com a produção, sem necessariamente escrever sobre.

  • Respondendo aos colegas que reclamaram sobre a questão de o receptor ser considerado coautor: alguns teóricos tem esse entendimento, que é seguido por algumas bancas de concurso, pois elas usam esses autores como referência. Um dos autores que consideram os receptores como coutor é Lúcia Santaella. Segundo, ela "Através das ações associativas e interativas do receptor, essas partes vão se juntando, transmutando-se em incontáveis versões virtuais que brotam na medida mesma em que o receptor se coloca em posição de coautor. Isso só é possível devido à estrutura de caráter hiper, não sequencial, multidimensional que dá suporte às infinitas opções do “leitor imersivo” (SANTAELLA, p. 121)

    Fonte: Comunicação Ubíqua: repercussões na cultura e na educação. Lúcia Santaella

  • Outra autora que tem o mesmo entendimento sobre essa questão:

    "O leitor torna-se co-autor da narrativa jornalística na medida em que, a partir de suas escolhas (dentre as possibilidades oferecidas pelo hipertexto), ele vai construir a sua narrativa individualizada, elegendo as células informativas que se apresentam como as mais importantes, de acordo com suas necessidades de obter informações" (Mielniczuk. p; 12)

    Fonte: A Pirâmide Invertida na época do Webjornalismo: tema para debate. Luciana Mielniczuk